Musa
SONETO DA SAUDADE
Ialmar Pio Schneider
Sinto-a que chega quando a noite desce
e fala-me de ti com persistência;
uma incerteza os olhos me entristece
fazendo-me chorar a tua ausência.
Fito depois a estrela que aparece,
crendo até que por uma coincidência
talvez murmures também tua prece
por alguém que precisas na existência.
Se leres estes versos, olha os astros
que povoam ao longe o firmamento
e sonha que eles sejam quais os mastros
das naus alvissareiras da ventura;
e assim unidos pelo pensamento
consigamos juntar-nos lá na altura.
Canoas, 12-10-84
CANOAS, 19-10-84 - O TIMONEIRO - Pág. 19
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EM 13.11.2009
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em 27.6.2011
quinta-feira, 30 de junho de 2011
Soneto de Ialmar Pio - Imagem: musa na Internet
Musa
S O N E T O
_________________________________________________
Ialmar Pio Schneider
De minha parte fora covardia
esconder estes versos que compus
inspirados somente em tua luz
quando te amava muito e te queria...
Nem sei onde o destino me conduz
mas estou mergulhado em nostalgia.
O tempo foi passando... eu te perdia
e tenho que levar a minha cruz.
Hei de querer-te sempre... não importa
que vivas, meu amor, fechando a porta
ao sentimento que nasceu comigo.
Eu não te esqueço mais; isto é fatal,
pois finalmente p’ra meu bem ou mal
nesta existência foste meu castigo...
Canoas 30.09.84
RADAR-Variedades - 11 de outubro de 1984 - página 9
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EM 9.11.09
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S O N E T O
_________________________________________________
Ialmar Pio Schneider
De minha parte fora covardia
esconder estes versos que compus
inspirados somente em tua luz
quando te amava muito e te queria...
Nem sei onde o destino me conduz
mas estou mergulhado em nostalgia.
O tempo foi passando... eu te perdia
e tenho que levar a minha cruz.
Hei de querer-te sempre... não importa
que vivas, meu amor, fechando a porta
ao sentimento que nasceu comigo.
Eu não te esqueço mais; isto é fatal,
pois finalmente p’ra meu bem ou mal
nesta existência foste meu castigo...
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quarta-feira, 29 de junho de 2011
Soneto de Ialmar Pio - Imagem: musa na Internet
Musa
DOS CONTRASTES...
Ialmar Pio Schneider
Como saber se és anjo, se demônio ?!
e assim me quedo nesta conjuntura...
Vives total no verso que componho
com gosto de pecado e de candura.
Às vezes pesadelo, às vezes sonho,
no dia límpido ou na noite escura,
toda minha esperança em ti deponho
p’ra ter felicidade ou desventura...
Procuro te querer e te dispenso
com a mesma intensidade, todavia;
embora isto pareça um contra-senso.
Estejas num palácio ou espelunca,
és minha na tristeza e na alegria
e quem sabe te queira sempre... ou nunca.
Pág. 22 - O TIMONEIRO - CANOAS, 5.10.84
http://ialmar.pio.schneider.zip.net/
EM 5.11.09
http://ialmar.pio.schneider.zip.net/
em 2.10.2010
Jornal de Novo Hamburgo
em 2.10.2010
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em 25.6.2011
DOS CONTRASTES...
Ialmar Pio Schneider
Como saber se és anjo, se demônio ?!
e assim me quedo nesta conjuntura...
Vives total no verso que componho
com gosto de pecado e de candura.
Às vezes pesadelo, às vezes sonho,
no dia límpido ou na noite escura,
toda minha esperança em ti deponho
p’ra ter felicidade ou desventura...
Procuro te querer e te dispenso
com a mesma intensidade, todavia;
embora isto pareça um contra-senso.
Estejas num palácio ou espelunca,
és minha na tristeza e na alegria
e quem sabe te queira sempre... ou nunca.
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Soneto de Ialmar Pio - Imagem: musa na Internet
Musa
DESILUSÃO
Ialmar Pio Schneider
Quantos anos passaram - nem sei quantos !
e continuei te amando sempre mais
como se não vivesse os desencantos
de ver murcharem flóreos ideais.
Na solidão, vivias em meus cantos,
quando ainda compunha madrigais,
tão fascinado pelos teus encantos
que hoje talvez não me fascinem mais.
Nunca soube por que nos separamos
sem razão aparente ao meu alcance,
e vejo com pesar que fracassamos
em nosso bem-querer, triste castigo;
um capítulo apenas do romance
que procuro olvidar mas não consigo.
Pág. 20 - O TIMONEIRO - CANOAS, 14.9.84
_______________________________________________________________________
http://ialmar.pio.schneider.zip.net/
EM 27.10.09
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DESILUSÃO
Ialmar Pio Schneider
Quantos anos passaram - nem sei quantos !
e continuei te amando sempre mais
como se não vivesse os desencantos
de ver murcharem flóreos ideais.
Na solidão, vivias em meus cantos,
quando ainda compunha madrigais,
tão fascinado pelos teus encantos
que hoje talvez não me fascinem mais.
Nunca soube por que nos separamos
sem razão aparente ao meu alcance,
e vejo com pesar que fracassamos
em nosso bem-querer, triste castigo;
um capítulo apenas do romance
que procuro olvidar mas não consigo.
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Soneto de Ialmar Pio - Imagem: Tela de Glaucia Scherer
Tela de Glaucia Scherer
DILETANTE
Ialmar Pio Schneider
Escrever versos como diletante,
numa tarde de sol, nas horas vagas,
a recordar alguém que está distante,
talvez em outros braços, n’outras plagas...
Sentir na própria carne a dor das chagas
e sem coragem de seguir adiante,
comprometer-se em previsões aziagas
de quem por tanto amar sofreu bastante...
E não esmorecer porque é preciso
muita força, também muita esperança,
para afinal não se perder o juízo;
mas cantar sendo embora um amador
que não esquece os sonhos de criança
nem as doidices do primeiro amor...
Pág. 22 - O TIMONEIRO - CANOAS, 31.8.84
http://ialmar.pio.schneider.zip.net/
EM 23.10.2009
http://ial123.blog.terra.com.br/
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em 26.6.2011
DILETANTE
Ialmar Pio Schneider
Escrever versos como diletante,
numa tarde de sol, nas horas vagas,
a recordar alguém que está distante,
talvez em outros braços, n’outras plagas...
Sentir na própria carne a dor das chagas
e sem coragem de seguir adiante,
comprometer-se em previsões aziagas
de quem por tanto amar sofreu bastante...
E não esmorecer porque é preciso
muita força, também muita esperança,
para afinal não se perder o juízo;
mas cantar sendo embora um amador
que não esquece os sonhos de criança
nem as doidices do primeiro amor...
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Soneto de Ialmar Pio - Imagem: musa na Internet
Musa
A PORTA QUE SE ABRIR...
Ialmar Pio Schneider
Ouvindo a música suave e mansa
eu passo as minhas horas solitárias...
Que difícil manter uma esperança
quando as próprias idéias são contrárias !
Como desejo ter uma mudança,
nestas ocasiões, tão necessárias;
penso na estrela que jamais se alcança
e na desgraça que recai nos párias...
Entretanto, procuro não cair,
porque os espíritos, enfim, reagem
mesmo perante a mais feroz tristeza...
Espero pela porta que se abrir
em meu destino e assim me dê passagem
p’ra conviver com a tua beleza...
Canoas, 23 de agosto de 1984 - RADAR- Variedades
_______________________________________________________________________
http://ialmarpioschneider.blogspot.com/
EM 17.08.2009
http://ialmar.pio.schneider.zip.net/
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em 25.6.2011
A PORTA QUE SE ABRIR...
Ialmar Pio Schneider
Ouvindo a música suave e mansa
eu passo as minhas horas solitárias...
Que difícil manter uma esperança
quando as próprias idéias são contrárias !
Como desejo ter uma mudança,
nestas ocasiões, tão necessárias;
penso na estrela que jamais se alcança
e na desgraça que recai nos párias...
Entretanto, procuro não cair,
porque os espíritos, enfim, reagem
mesmo perante a mais feroz tristeza...
Espero pela porta que se abrir
em meu destino e assim me dê passagem
p’ra conviver com a tua beleza...
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Poema de Ialmar Pio - Imagem: Aquarela de Ângela Ponsi
Aquarela de Ângela Ponsi
C Â N T I C O T R I S T E
____________________________
Ialmar Pio Schneider
____________________________
“Vai devagar... não queiras muito; aos poucos
alcançarás as tuas pretensões...
Não te aventures em desejos loucos !”
Assim falei com meus botões...
“O caminho que segues não tem volta,
como também não voltam ocasiões;
aproveita o que podes, sem revolta...”
Assim falei com meus botões...
“Alimenta com muito amor teus sonhos
embora já não tenhas ilusões,
que eles te ajudam, mesmo que tardonhos...”
Assim falei com meus botões...
“Depois desconsolado estava triste
a compor meus poemas e canções,
lembrando alguém que não me quer e existe...”
E me calei com meus botões...
Pág. 16 - O TIMONEIRO - CANOAS, 10.8.84
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C Â N T I C O T R I S T E
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Ialmar Pio Schneider
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“Vai devagar... não queiras muito; aos poucos
alcançarás as tuas pretensões...
Não te aventures em desejos loucos !”
Assim falei com meus botões...
“O caminho que segues não tem volta,
como também não voltam ocasiões;
aproveita o que podes, sem revolta...”
Assim falei com meus botões...
“Alimenta com muito amor teus sonhos
embora já não tenhas ilusões,
que eles te ajudam, mesmo que tardonhos...”
Assim falei com meus botões...
“Depois desconsolado estava triste
a compor meus poemas e canções,
lembrando alguém que não me quer e existe...”
E me calei com meus botões...
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Soneto de Ialmar Pio - Imagem: retrato de Camões na Internet
Camões
SONETO A CAMÕES
__________________________
Ialmar Pio Schneider
__________________________
Majestoso Camões, o teu engenho
aliado ao teu amor e à tua arte,
há de ficar cantando em toda parte
onde ao luso idioma houver empenho !
Eu que versejo humildemente, tenho
em teus sonetos mágico estandarte,
representando o nobre baluarte
que consagrou o teu excelso gênio.
Hoje o verso sem métrica e sem rima
já não levanta da epopéia o mastro,
nem pela forma e suavidade prima;
mas “Os Lusíadas” canta heróico e forte,
o episódio fatal de Inês de Castro:
- a Rainha coroada após a morte !
PÁG. 21 - O TIMONEIRO - CANOAS, 3.8.84
_______________________________________________________________________
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04.01.2009
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SONETO A CAMÕES
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Ialmar Pio Schneider
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Majestoso Camões, o teu engenho
aliado ao teu amor e à tua arte,
há de ficar cantando em toda parte
onde ao luso idioma houver empenho !
Eu que versejo humildemente, tenho
em teus sonetos mágico estandarte,
representando o nobre baluarte
que consagrou o teu excelso gênio.
Hoje o verso sem métrica e sem rima
já não levanta da epopéia o mastro,
nem pela forma e suavidade prima;
mas “Os Lusíadas” canta heróico e forte,
o episódio fatal de Inês de Castro:
- a Rainha coroada após a morte !
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Soneto de Ialmar Pio - Imagem: foto de Nelson Fachinelli
Nelson Fachinelli
SONETO À CASA
DO POETA RIOGRANDENSE
Para o Nelson Fachinelli
São Vinte Anos que a CASA DO POETA
RIOGRANDENSE festeja e comemora.
e será, dia a dia, mais concreta
congregando a Irmandade tempo afora...
Seja a Luz do Ideal a sua meta,
tal como o foi na Fundação outrora,
e que leve a mensagem predileta
ao coração que sofre... ou ama... ou chora...
Vinte e Quatro de Julho marca o início
de uma nova seara da Cultura
cuja semente achou solo propício...
Portanto, levantemos estandartes
p’ra saudar a Entidade que perdura:
A CASA DO POETA em prol das Artes...
Autor: Ialmar Pio Schneider
Canoas, 19 de julho de 1984 - Pág. 11 - R A D A R - Variedades
_______________________________________________________________________
http://ialmar.pio.schneider.zip.net/
em 24.7.2010
JORNAL de NH em 24.7.2010
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SONETO À CASA
DO POETA RIOGRANDENSE
Para o Nelson Fachinelli
São Vinte Anos que a CASA DO POETA
RIOGRANDENSE festeja e comemora.
e será, dia a dia, mais concreta
congregando a Irmandade tempo afora...
Seja a Luz do Ideal a sua meta,
tal como o foi na Fundação outrora,
e que leve a mensagem predileta
ao coração que sofre... ou ama... ou chora...
Vinte e Quatro de Julho marca o início
de uma nova seara da Cultura
cuja semente achou solo propício...
Portanto, levantemos estandartes
p’ra saudar a Entidade que perdura:
A CASA DO POETA em prol das Artes...
Autor: Ialmar Pio Schneider
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Soneto de Ialmar Pio - Imagem: Musa na Internet - Angellier-carícias
Angellier-carícias
D O C E C O N F I D E N T E
_______________________________
Ialmar Pio Schneider
_______________________________
Tu vens me visitar serenamente
e te recebo emocionado e mudo,
se soubesse que vinhas de repente
eu teria arrumado a casa... tudo.
Vieste assim tão tarde mas contente
do âmago de minh’alma te saúdo,
preciso de uma doce confidente
e tens na voz a maciez do veludo...
Nem outra houvera de querer agora,
nestas noites românticas do outono,
cheias de estrelas e que as leva a aurora.
Bem podes ver... eu vivo no abandono
e o desespero que meu ser devora
tudo me arranca, enfim... até o sono.
(Do livro “Sonetos e Cânticos Dispersos”, em preparo).
PÁG. 16 - O TIMONEIRO - CANOAS, 13.7.84
_______________________________________________________________________
http://ialmar.pio.schneider.zip.net/
EM 07.09.09
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26.6.2011
D O C E C O N F I D E N T E
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Ialmar Pio Schneider
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Tu vens me visitar serenamente
e te recebo emocionado e mudo,
se soubesse que vinhas de repente
eu teria arrumado a casa... tudo.
Vieste assim tão tarde mas contente
do âmago de minh’alma te saúdo,
preciso de uma doce confidente
e tens na voz a maciez do veludo...
Nem outra houvera de querer agora,
nestas noites românticas do outono,
cheias de estrelas e que as leva a aurora.
Bem podes ver... eu vivo no abandono
e o desespero que meu ser devora
tudo me arranca, enfim... até o sono.
(Do livro “Sonetos e Cânticos Dispersos”, em preparo).
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26.6.2011
Soneto de Ialmar Pio - Imagem: Capa do livro do poeta Clóvis Soares Siedler
SONETO PARA CLÓVIS SOARES SIEDLER
(Autor de: “Diante do Espelho”)
___________________________
Ialmar Pio Schneider
___________________________
Noite adentro estou lendo teus sonetos
que me falam do espelho em que te fitas,
e as imagens nascendo dos quartetos
vão se abrindo a composições aflitas...
Como fazendo súplicas contritas,
tuas páginas lembram amuletos
que demandam o além, quais infinitas
evocações clamando nos tercetos.
O teu verso a preencher-me as horas mortas,
o mesmo que em compondo te confortas,
também me encanta madrugada afora.
És um poeta cuja voz sentida
fala de amor...de solidão... da vida...
e quando cantas a tua alma chora !
PÁG. 18 - O TIMONEIRO - CANOAS, 15.6.84
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em 9.10.2010
Soneto de Ialmar Pio - Imagem: folhagem na Internet
Folhagem
S O N E T O
Ialmar Pio Schneider
Silêncio... apenas ouve-se da brisa
o leve sussurrar brandindo as folhas
das verdes árvores que a flor matiza
e as águas a correr formando bolhas.
A calma é necessária a quem precisa
pensar em tantas coisas vãs e tolas
de conceber a vida mais concisa
porque já lhe fugiram as escolhas.
“Nem tudo está perdido”, diz-me o sonho
“e aquilo que julgamos enfadonho
às vezes nos reduz o sofrimento;
pois quem aceita a vida de bom grado,
embora só, prossegue apaixonado
e menos infeliz no amor violento”.
R A D A R - Canoas, 14 de junho de 1984 - Página 7
_______________________________________________________________________
http://ialmar.pio.schneider.zip.net/
EM 05.10.2009
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S O N E T O
Ialmar Pio Schneider
Silêncio... apenas ouve-se da brisa
o leve sussurrar brandindo as folhas
das verdes árvores que a flor matiza
e as águas a correr formando bolhas.
A calma é necessária a quem precisa
pensar em tantas coisas vãs e tolas
de conceber a vida mais concisa
porque já lhe fugiram as escolhas.
“Nem tudo está perdido”, diz-me o sonho
“e aquilo que julgamos enfadonho
às vezes nos reduz o sofrimento;
pois quem aceita a vida de bom grado,
embora só, prossegue apaixonado
e menos infeliz no amor violento”.
R A D A R - Canoas, 14 de junho de 1984 - Página 7
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Soneto de Ialmar Pio - Imagem: musa na Internet
Musa
PARA A ELEITA
_________________________
Ialmar Pio Schneider
_________________________
Quando nasci, chorei... mas vim ao mundo
para depois cantar o nosso amor...
São cânticos que arranco bem ao fundo
deste meu coração de sonhador.
Escuta-os, pois... expressam todo o ardor
da minha vida e tanto me aprofundo
neste mister - romântico labor
que não posso esquecer nenhum segundo...
Se em toda parte a sombra me acompanha,
tu vais comigo, sem saber talvez...
És qual a flor no topo da montanha
que procuro galgar - pobre menino
sofrendo sem chorar e como vês
te dedicando todo o seu destino.
(Do livro em preparo: “Sonetos e Cânticos Dispersos”).
PÁG. 24 - O TIMONEIRO - CANOAS, 8.6.84
_________________________________________________________________________
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EM 22.08.2009
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PARA A ELEITA
_________________________
Ialmar Pio Schneider
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Quando nasci, chorei... mas vim ao mundo
para depois cantar o nosso amor...
São cânticos que arranco bem ao fundo
deste meu coração de sonhador.
Escuta-os, pois... expressam todo o ardor
da minha vida e tanto me aprofundo
neste mister - romântico labor
que não posso esquecer nenhum segundo...
Se em toda parte a sombra me acompanha,
tu vais comigo, sem saber talvez...
És qual a flor no topo da montanha
que procuro galgar - pobre menino
sofrendo sem chorar e como vês
te dedicando todo o seu destino.
(Do livro em preparo: “Sonetos e Cânticos Dispersos”).
PÁG. 24 - O TIMONEIRO - CANOAS, 8.6.84
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