quarta-feira, 30 de dezembro de 2015









SONETO PARA O ANO-NOVO
IALMAR PIO SCHNEIDER
Há quanto tempo não escrevo um verso,
De amor ardente ou de filosofia…
Quem me dera, fazê-lo neste dia
De Ano-Novo no esplêndido Universo !
Vede a luz que dos céus tanto irradia
Raios difusos quando me disperso
Em pensamentos e me vejo imerso
No mar azul da linda fantasia !…
E quem sinto povoar-me a solidão,
nessas horas em que o sol vai se pôr ?!
– Posso dizer que é uma grande paixão !
E aquela que a causou não vou falar,
Talvez nem saiba compreender o ardor
De minh´alma… Terá que adivinhar !
***
Publicado no Almanaque Gaúcho da ZERO HORA, de hoje, 29 de dezembro de 2015.
***

terça-feira, 22 de dezembro de 2015


Presépio no Santuário Nossa Senhora da Salette em Marcelino Ramos - RS 


Soneto publicado no Almanaque Gaúcho do jornal Z|ero Hora  -


Feliz Natal e próspero ano novo de 2016


terça-feira, 8 de dezembro de 2015



SONETO à Florbela Espanca – Data de aniversário e morte da divina poetisa portuguesa, *8.12.1894  - +8.12.1930

IALMAR PIO SCHNEIDER

Foi amando teus versos que aprendi
a soluçar também o mal do amor,
nos desencontros e no frenesi
que envolveram meu estro sonhador...

Soubeste extravasar todo o calor
que sentias, assim como senti,
das paixões que me fazem ser cantor
dos mesmos temas que provêm de ti.

Ó divina poetisa, os teus tormentos
expressos na poesia e nos lamentos,
que soluçaste, fazem-te imortal...

Ninguém foi tão sincera e tão brilhante,
fazendo versos de mulher e amante,
enaltecendo sempre Portugal !

Porto Alegre, RS, Tristeza,
em 28.6.2010 às 13h10min.

em 8.12.2010

em 8.12.2010


em 8.12.2011


quinta-feira, 3 de dezembro de 2015







SOBRE ‘PHOTOPLASMA’ DE CHARLES KIEFER

IALMAR PIO SCHNEIDER

         O texto abaixo foi confeccionado em preleção ministrada pela professora Maria Luíza Bonorino Machado - Mestre em Literatura/UFRGS, na Oficina Literária - O conto gaúcho, em 10 de julho de 2002, no Centro Municipal de Cultura - Biblioteca Pública Municipal Josué Guimarães, à Av. Érico Veríssimo, 307 - P. Alegre, em cima do conto e autor à epígrafe.
         Aparecera aquela fotografia em meio aos papéis antigos que ele guardara em seu arquivo. A pessoa que estava retratada nela ostentava um bigode largo. Apesar de ter praticado um crime medonho, aparentava uns traços fidalgos. Recordou-se que ao chegar ao paço, havia um preto de libré no conto de Machado de Assis. Por que ficar tantas tardes vazias a vasculhar esses papéis velhos ?  Se não fosse por isto acreditaria que se tratava de uma casa de loucos.
         Naquele tempo passavam-se as noites em saraus e bordados até altas horas. Lembrou-se de que o braço esquerdo havia sido destroncado e agora o tinha em uma tipóia. Pensou que fora um pequeno acidente e distante estava ainda o sarcasmo da morte. Por isso, apesar de certo temor, desatou num riso inconsciente. Desejou tomar algo e não o fez, pois teve receio de que havia veneno no leite que se encontrava num litro na cozinha.

A crônica de um conto

         Solicitam-me que escreva um conto sobre um dos seguintes temas: Uma Estrada no Bosque ou Um Caçador contemplando uma fogueira. Ambos para minha verve são difíceis, apesar de já haver percorrido, num tempo remoto da minha infância, nas matas de minha terra natal, cujo nome diz tudo - Sertão - algumas trilhas, justamente na condição de caçador de passarinhos. Mas ficar contemplando uma fogueira ?  Nunca presenciei tal cena, somente em filmes tenho a impressão... Faz muito tempo, inclusive.
         São aquelas estórias de Robin Hood ou Tarzã (quem sabe !) que me atraíam sobremaneira no rústico cinema de aldeia em que nós assistíamos às fitas referidas, nos fins de semana. Apareciam as selvas com rios enormes e cipós gigantescos. Entretanto, em minha memória isso está quase apagado. A vida foi passando repleta de outras agruras que não aquelas de menino aventureiro e solitário. Nem fui um caçador contemplando uma fogueira, apesar de haver percorrido uma estrada no bosque, digamos, preferindo outras modalidades de caça. Apenas andei desfiando alguns versos que constituem a mochila que me acompanha, qual o soneto: “Consolação  - ‘Os meus versos não servem mais pra nada; / quero jogá-los fora, pobres versos, / foram meus companheiros de jornada / nos momentos felizes ou adversos ! // Muitos escritos pela madrugada, / tristes soluços na paixão imersos / parecem uma história inacabada / com fragmentos avulsos e dispersos... // Entretanto, por que jogá-los fora ? / se nasceram do fundo de minh’alma / e já não servem pra mais nada, agora ? ! // São versos pobres, versos, enfim, tristes, / mas fazem que eu mantenha a minha calma / e me dizem que tu neles existes...’”
         Pode que não seja um conto o que acabo de escrever. Entretanto, esforcei-me para que o fosse - bem sei - é um pedaço desta existência, quiçá de contista frustrado. Ou devo insistir e não abandonar o barco em que navego por águas ainda desconhecidas ? -  (desculpem os clichês - foram inevitáveis).  Espero não sofrer um naufrágio e ancorar em porto seguro...
_____________________________
   Cronista e poeta
   Publicado em 07 de agosto de 2002 - no Diário de Canoas.
EM 04.07.2009
EM 04.07.2009
29.05.2010
em 14.10.2010
em 25.4.2011




quarta-feira, 2 de dezembro de 2015




Nas Águas Termais em Marcelino Ramos - RS, de 26 a 30 de novembro de 2015 - em frente ao hotel e na piscina do balneário.


domingo, 15 de novembro de 2015



Feira do Livro de Porto Alegre - RS, em 13.11.2015 - às 18h20min. Recebendo autógrafo na Coletânea Horizontes, da Glaura. Obrigado.


sábado, 14 de novembro de 2015


Na Feira do Livro de Porto Alegre - RS, em 13 de novembro de 2015 adquirindo livros.


quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Dia Nacional da Cultura - 5 de novembro - 

Nascimento em 5 de novembro de 1849 - Imagem da Internet
A RUI BARBOSA - em Getúlio Vargas - RS - Junho de 1959
Rui Barbosa
Literato
Foi de fato
Rei da Prosa.
Escritor
Mui correto
Tão dileto
Prosador.
Assombrou
C´o saber
Tão profundo...
Pois honrou
Seu dever
Neste mundo.
IALMAR PIO SCHNEIDER
***

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Trovas premiadas nos Jogos Florais de Porto Alegre - 2015 publicadas no Almanaque Gaúcho da Zero Hora de Porto Alegre em 2.11.2015




terça-feira, 27 de outubro de 2015

Recebendo os troféus e diplomas pelas trovas premiadas
pela UBT no XXIII Jogos Florais de Porto Alegre - 2025,
na noite de 24 de outubro de 2015, no Auditório 
Ana Terra na Câmara Municipal de Vereadores. 





sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Foto do autor




AMOR ANTIGO

                     Ialmar Pio Schneider

Eu quis fazer um verso de saudade
que me trouxesse os dias já vividos;
e pensei nos caminhos percorridos
quando te amei demais, na mocidade.

Mas, hoje mergulhado na ansiedade,
só me atormentam sonhos reprimidos,
como se fossem cânticos perdidos
que me negaram a felicidade.

Aquela que cruzou o meu destino
e só me fez cantar inutilmente
os seus dotes de rara exuberância,

matou pra sempre os sonhos de menino
que povoavam então a minha mente
de todos os amores sem constância...

Porto Alegre - RS, 26 de maio de 2002

EM 7.1.2010
DIÁRIO DE CANOAS – VIRTUAL
EM 7.1.2010
EM 22.05.2009
EM 20.05.2010

em 3.4.2011

em 2.10.2011

em 9.12.2011





quinta-feira, 1 de outubro de 2015


                            SONETO À CIDADE DE ANTÔNIO PRADO

                                               Ialmar Pio Schneider

                   Aqui nestes penhascos e rochedos
                   onde o imigrante audaz veio habitar,
                   formando seus riquíssimos vinhedos
                   e construir com fé seu novo lar,

                   existe a paz e o canto de arvoredos...
                   - doce harmonia para meditar;
                   e as estrelas envoltas em segredos,
                   tiritando longínquas ao luar...

                   Desce a noite na calma dos caminhos...
                   e quando surge a aurora no nascente,
                   despertam a cantar os passarinhos,
        
                   gorjeando sem cessar pela floresta;
                   acalentando o coração da gente:
                   - da natureza a matinal orquestra !...


1978
EM 01.06.2010
Em 25.6.2011


- Foto na praça da cidade vendo-se ao fundo a igreja matriz.




sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Soneto de minha autoria publicado hoje, 18 de setembro de 2015, no Almanaque Gaúcho da ZERO HORA, tendo em vista a comemoração da Semana Farroupilha, que culmina com 20 de setembro, Dia do Gaúcho. Agradeço aos que curtirem, comentarem, lerem ou apreciarem a poesia. Obrigado.









sábado, 12 de setembro de 2015

Imagem do poeta na Internet 

SONETO A ÁLVARES DE AZEVEDO - Nascimento do poeta em 12.9.1831 - há 180 anos - In Memoriam - P. Alegre - RS - 12.9.2011 - . - Imagem da Internet
Romântico poeta de vinte anos,
que nos deixou os versos juvenis
de um´alma cândida com desenganos,
que apenas em seus sonhos foi feliz...
Extravasou seus íntimos arcanos
p´ra virgem musa que ele tanto quis,
e projetando sempre novos planos,
partiu ainda sendo um aprendiz.
E Machado de Assis, o mestre augusto,
imaginou aonde chegaria
um talento tão jovem e robusto,
se tivesse atingido mais idade;
mas aí ´stá sua genial poesia
plena de solidão e de ansiedade...
IALMAR PIO SCHNEIDER

Em 12.9.2011

terça-feira, 8 de setembro de 2015


A O L E I T O R

____________________________

Ialmar Pio Schneider

Quando escrevo me assalta um pensamento

indeciso de não saber a quem

possa atingir meu louco sentimento

e duvidar assim não me faz bem...



Espero apenas que o meu sofrimento

não vá prejudicar... ferir ninguém...

Ponho aqui realidade e fingimento

para a escolha daqueles que me leem.



Segue junto comigo se te apraz

conhecer solidão e fantasia,

às vezes desespero, às vezes paz:



meus "Sonetos e Cânticos Dispersos"

dizendo que no mundo da poesia

cada qual é o poeta dos seus versos...

***

Oi, tudo bem ? Obrigado pela sua atenção. Abaixo relaciono os blogs e sites onde se encontram minhas poesias e crônicas. Agradeço de coração a visita. Recebo críticas boas ou ruins. Despeço-me com Saudações Poéticas - Ialmar Pio



http://ialmarpioschneider.blogspot.com/



http://www.sonetos.com.br/meulivro.php?a=44&x=5&y=8



http://ialmar.pio.schneider.zip.net/







sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Imagem de São Pio X na Internet 

SONETO A SÃO PIO X - 21 de agosto 2011 - data da comemoração. - .

Eu lembro da longínqua infância,
de minha mãe a devoção,
Papa Pio Décimo, então
Beato, com fé e constância...

Uma graça pede em sua ânsia
de conseguir a solução,
com as preces e gratidão,
a um problema, mesmo à distância.

Parece-me vê-la rezando,
co´a imagem que ganhou da freira,
para o bem de nossa família.

E a vida foi se harmonizando,
mais feliz e mais verdadeira,
embora humilde em sua trilha.

IALMAR PIO SCHNEIDER




terça-feira, 18 de agosto de 2015




O HOMEM E SEU DESTINO

IALMAR PIO SCHNEIDER

         Talvez seja impossível manipular-se o destino de um homem, mas existe o livre-arbítrio que, aliado à inteligência, pode até modificar, pelo conhecimento, a vida de alguém. Ao longo do tempo desvendaram-se os princípios da natureza e surgiram as ciências e as artes. Desde os primórdios do aparecimento do ser humano na face da terra, a preocupação principal é a descoberta rumo ao desconhecido. Passou-se da remota pedra lascada até pisar-se à lua. Mas para isso foram necessários muitos anos de pesquisas e estudo, que só o homo sapiens foi capaz de realizar.
         Hoje em dia a informática avança infinitamente rumo ao setor das comunicações, o que pouco tempo atrás não havia. Lembro-me de quando conheci o telex faz uns trinta anos e poucos, e me impressionava que se pudesse estar escrevendo a máquina aqui em Porto Alegre e ao mesmo tempo a mensagem sendo recebida lá no outro lado do mundo no Japão. Representava um grande avanço nas comunicações, substituindo o telégrafo, com tanta proficiência. Depois disso surgiu o fax e chegamos à Internet que hoje abrange todo o universo, como se fosse outra maravilha a ser acrescentada no rol das já existentes. De fato, neste setor, vivemos dias florescentes que nos demonstram a capacidade humana.
         Entretanto, se todo este progresso não contribuir para o entendimento entre os povos e a erradicação da miséria na face da terra, não há muito do que se vangloriar. Lembremo-nos de que estamos todos no mesmo barco e só é possível a convivência pacífica quando cada um fizer a sua parte nesta travessia que é a vida.

Jornal de NH
em 10.12.2010

Já disse um poeta que “a felicidade até existe” e podemos complementar que a questão é encontrá-la.
         Isto pode ser fácil ou difícil, depende da idiossincrasia do indivíduo, lançado neste mundo à mercê das controvérsias e ideologias, as mais diversas, procurando o caminho que o salvará das peripécias que surgirem no presente e no futuro. Não obstante, embora o passado esteja morto, deverá ser lembrado, pois é provável que poderá ajudar a fim de que se não repitam as falhas capazes de ocasionar lamentáveis catástrofes como as que aconteceram outrora.
         É possível que o altruísmo, contrapondo-se ao egoísmo daqueles que não veem no próximo um irmão, possa mitigar a carência dos excluídos que procuram um lugar ao sol e esbarram nas dificuldades intransponíveis por suas próprias forças. Sempre valerá a pena proporcionar oportunidades aos que delas necessitam, pois a recompensa virá, com certeza. Deus nunca nos decepcionará !
_________________________
  Poeta e cronista

  Publicado em 10 de junho de 2000 - no Diário de Canoas.

em 10.12.2010


em 30.05.2010
EM 30.05.2010
EM 14.04.08
EM 27.08.09
EM 14.04.2010
em 8.9.2011






quarta-feira, 5 de agosto de 2015


Imagem da Internet e eu caminhando nas ruas do meu Bairro Tristeza 





 TÓPICOS A RESPEITO DA SAÚDE INDIVIDUAL

                                      Ialmar Pio Schneider

         Se prevenir é um ato de saúde, deve-se ter em mente que um check-up por ano faz parte desta prevenção, pois só assim é possível atentar-se para o que terá que ser corrigido através de tratamento adequado. Conforme o tempo vai passando (ou é nós que passamos ?!), e a idade vem chegando, como se diz vulgarmente, surgem também os problemas. Já cantava o insuperável poeta popular Catullo da Paixão Cearense (que de fato era maranhense) em seu poema O TREM DE FERRO: Pois, afinal, todos nós nos enganamos, / quando, todos os dias, exclamamos: / - “Como é que o tempo passa tão ligeiro !” / E nós é que passamos !” - Do livro: Fábulas e Alegorias  - 6ª ed. - pág. 91/92 - Coleção Caiçara - Editora A Noite - Rio.
         Tudo converge para que se busque o bem-estar imprescindível à uma vida o mais possível feliz, uma vez que a perfeição aqui não se encontra, dada à nossa condição humana.
         Embora sempre exista uma esperança, não se pode facilitar e dar chance ao azar. Quando o assunto é saúde, verificamos que tanto pode ser do corpo quanto do espírito. O velho brocardo latino nunca será descartado: “Mens sana in corpore sano.”; ou seja: “Convém rezar para ter um espírito são num corpo são.” Orandum est ut sit mens sana in corpore sano. Juvenal (60-140), Sátiras, X., pág. 616 do Dicionário Universal de CITAÇÕES de Paulo Rónai.
         Caminhadas diárias regulares, durante semanas, meses e anos - está comprovado - diminuem, sensivelmente, os riscos de infartos do miocárdio e derrames cerebrais, além de dar mais consistência aos músculos, afastando o estresse e proporcionando o prazer da contemplação e prolongamento da vida.
         O sedentarismo é o inimigo número um do homem moderno, pois além de ocasionar a obesidade, também dificulta a circulação do sangue e produz o aumento do colesterol. “É importante lembrar que tirar um cochilo, sentar-se à escrivaninha, deitar-se na poltrona, passear de carro ou de ônibus, trabalhar no computador, escrever ou ler, costurar, falar ao telefone sentado ou assistir televisão são algumas atividades sedentárias” (AE), cfe  o jornal - ABC - domingo - Estilo de vida  - Vida Saudável - pág. 4 de 22 de agosto de 1999.
         Assim sendo, é importante que se disponha de mais ou menos uma hora por dia para a prática de exercícios físicos, dependendo da idade, moderados e regulares, a fim de gastar o excesso de calorias, inclusive. Pode ser em uma esteira elétrica ou melhor ainda, caminhar em parques, ao ar livre, que também é mais agradável. Mas não é só.
         É necessário, por outro lado, adotar modos adequados quanto à alimentação, com emprego de frutas, legumes e verduras, ingerindo dois litros diários de água, evitando o uso do fumo e abuso do álcool, bem como de gorduras saturadas. Enfim, seguir a orientação de nutricionista competente sem descurar de suas prescrições.
         Por último, a conscientização de cada um é o fator primordial eficaz para se atingir a meta de uma saúde prolongada e de uma vida longeva.
__________________________
   Cronista colaborador
   Publicado em 17 de fevereiro de 20+00 - no Diário de Canoas.
em 31.03.2011
em 7.4.2011
EM 5.8.2010
EM 5.8.2010
DIÁRIO DE CANOAS VIRTUAL EM 29.12.2009

em 5.8.2011

em 5.8.2011



terça-feira, 4 de agosto de 2015

Dia do Padre - 4 de agosto - São João Batista Maria Vianney - Imagem da Internet 



O CURA D’ARS: UM EXEMPLO A SEGUIR...

IALMAR PIO SCHNEIDER


     Já faz muitos anos, na minha pré-adolescência, lembro-me com certos resquícios de nostalgia, assisti a um filme que me impressionou deveras. Tratava-se da vida de São João Batista Maria Vianney, sacerdote francês, exemplo de fé, dedicação e altruísmo, conseguindo reunir milhares de pessoas que ouviam as suas pregações da palavra de Deus e acatavam seus ensinamentos com toda devoção.
     Aquelas cenas ainda estão vivas em minha memória, e penso que seres dessa magnificência foram ungidos para que não percamos a Esperança... Desde então, eu o elegi como um dos meus guias espirituais, a quem recorro, e também por ser hoje a data de seu passamento para a Vida Eterna, dedico-lhe estas despretensiosas linhas.
     Para ilustração, transcrevo abaixo, conforme a Enciclopédia Brasileira Mérito, Vol. 20 – pgs. 323, 324, sua minibiografia: “Sacerdote francês; n. em Dardilly, nas proximidades de Lião, em 8-5-1786; m. em Ars, em 4-8-1859. Ordenado em Grenoble  em 1815, tornou-se pároco de Écully e depois de Ars, na diocese de Belley, em 1818. Promoveu um reavivamento religioso na região e fundou organizações filantrópicas, transformando a cidade num centro de peregrinações de fiéis ao qual acorriam cerca de 20.000 indivíduos por ano. Canonizado em 1925, recebeu o título de patrono dos párocos em 1929”.
     Mas para conhecer melhor sua existência iluminada, li o livro João Maria Vianney – “O Cura d’Ars”, de Marc Joulin – 2ª Edição - Paulinas, de onde extraí estes tesouros de pensamentos: Palavras sobre o sacerdote: “O padre não é padre para si mesmo. Ele não se absolve, nem se administra sacramentos. Ele não existe para si mesmo, e sim para os outros.” – Palavras sobre o sofrimento: “Se amarmos a Deus, seremos felizes por sofrer por seu amor, Ele que tanto quis sofrer por nós.”  - Palavras sobre a pobreza:  “Você tem desejo de rezar ao bom Deus, de passar o dia na igreja; pense, porém, que seria mais útil trabalhar por alguns pobres que você conhece e que passam por grandes dificuldades; isso é bem mais agradável a Deus que o dia passado diante dos santos tabernáculos.” – Palavras sobre a oração: “Não são necessárias muitas palavras para rezar bem. Você sabe que o bom Deus lá está, no santo sacrário; abra a ele seu coração; alegre-se com sua santa presença. Eis a melhor oração”. Palavras sobre o amor de Deus: “Pobres pecadores, quando penso que há os que morrem sem haver saboreado, por uma hora que seja, a felicidade de amar a Deus...”  - Palavras sobre o perdão: “O Bom Deus tudo sabe. Para começar, ele sabe que, depois de você se confessar, você pecará de novo e, mesmo assim, ele lhe perdoa. Que amor o de nosso Deus, que chega a esquecer o futuro para nos perdoar !”
     Quanto aos pobres, assim se refere o seu biógrafo Marc Joulin: “Desde sua chegada a Ars, João Maria Vianney percebeu que algumas pessoas viviam na mais profunda miséria. Catarina Lassagne lembra: “Sua caridade jamais diminuía diante dos que vinham pedir-lhe esmolas; ele lhes levava, ou fazia chegar até eles, dinheiro, pão e trigo”.”
     A fim de dirimir dúvida sobre seu nome completo, consta em uma gravura à pg. 88 de sua biografia, acima e abaixo, de seu retrato, escrito em francês: “Veritable portrait du Cure D’Ars – né à Dardilly en 1786. (Verdadeiro retrato do Cura D’Ars – nascido em Dardilly em 1786) – Jean-Marie-Baptiste-Viannay)”.
      Eis algumas idéias expostas com tanta clarividência e honestidade pelo humilde servo de Deus, que pregou a solidariedade e a misericórdia entre os seres humanos. Nesta data em que se comemora o Dia do Pároco, invoquemos-lhe a memória para que surjam vocações sacerdotais a se espelharem em sua obra exemplar e humanitária.

   Cronista colaborador – publicado no DIÁRIO DE CANOAS – RS===========

4.8.2010
EM 4.8.2010


EM 03.08.2009
EM 03.08.2009
em 4.8.2011




quarta-feira, 29 de julho de 2015


Eu e a Helena na piscina do Oceano Hotel Copacabana em julho de 2000


UMA VIAGEM INOLVIDÁVEL I

IALMAR PIO SCHNEIDER

         Pedem-me que escreva algumas considerações a respeito da excursão de ônibus por dez dias que fizemos ao Rio de Janeiro, permanecendo  em Curitiba, para visitação aos principais pontos turísticos da cidade. Começamos pela viagem de trem até Morretes, através de túneis e viadutos, apreciando paisagens panorâmicas deslumbrantes. Acontece que nada anotei, mas ocorre-me no momento, que ao retornarmos, iniciamos  pelo Jardim Botânico, indo após ao Ópera de Arame, à Pedreira Paulo Leminski Filho, onde já cantou, entre outros, o grande tenor José Carreras; e mais dois outros parques, construídos sobre pedreiras desativadas que é uma maneira que fazem para aproveitá-las.
         No dia seguinte prosseguimos viagem rumo ao Rio, com uma parada no Santuário de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida do Norte, onde tivemos a oportunidade de adquirir alguns souvenirs e rezarmos à Padroeira do Brasil, pedindo sua bênção e proteção.
         Chegamos ao Rio à noite e nos hospedamos em hotel junto à praia de Copacabana. Na manhã seguinte iniciamos o city-tour indo ao Morro do Corcovado, onde subimos de trem e após a pé os degraus que levam à estátua do Cristo Redentor, de braços abertos abençoando a todos. A vista lá de cima é maravilhosa, assim como a própria cidade, que já detém esse epíteto que nenhuma outra possui, com justiça.
         Depois nos dirigimos ao maior estádio do mundo, o Maracanã, onde vimos o Romário que havia ido colocar os pés na calçada da fama. Tivemos uma palestra do velho zelador há 52 anos, o sr. Izaías Ambrósio (assim se chama, se não me falha a memória, hoje com 74 anos de idade),


terça-feira, 28 de julho de 2015

Imagem da Internet - A Formiga e a Cigarra



CIGARRAS E FORMIGAS

IALMAR PIO SCHNEIDER

            Nos primeiros anos de escola primária, se não me falha a memória, no terceiro, aprendíamos a fábula  “A cigarra e a formiga”, de La Fontaine, traduzida pelo poeta português Belchior M. Curvo Semedo, expressa com as seguintes estrofes: Tendo a cigarra em cantigas / Folgado todo o verão, / Achou-se em penúria extrema / Na tormentosa estação. // Não lhe restando migalha / Que trincasse, a tagarela / Foi valer-se da formiga, / Que morava perto dela. // Rogou-lhe que lhe emprestasse, / Pois tinha riqueza e brio, / Algum grão com que manter-se / Té voltar o aceso estio. // “Amiga, (diz a cigarra) / Prometo, a fé d’animal, / Pagar-vos antes de agosto / Os juros e o principal.” // A formiga nunca empresta, / Nunca dá, por isso ajunta... / - No verão em que lidavas? “/ À pedinte ela pergunta.// Responde a outra: “Eu cantava / Noite e dia, a toda a hora.” / “Oh! Bravo! (torna a formiga) / Cantavas? pois dança agora!”
             Ensinavam-nos que se não fizéssemos nosso pé de meia no verão, quando chegasse o inverno iríamos ter dificuldades insuperáveis para nossa sobrevivência. De fato, aquela filosofia ficou impregnada em meu subconsciente por diversos anos até que, bem mais tarde, conheci os sonetos de Olegário Mariano, entre os quais o “Conselho de amigo”, que assim se expressa: Cigarra! Levo a ouvir-te o dia inteiro, / Gosto da tua frívola cantiga, / Mas vou dar-te um conselho, rapariga: / Trata de abastecer o teu celeiro. // Trabalha, segue o exemplo da formiga, / Aí vem o inverno, as chuvas, o nevoeiro, / E tu, não tendo um pouso hospitaleiro, / Pedirás... e é bem triste ser mendiga! // E ela, ouvindo os conselhos que eu lhe dava / (Quem dá conselhos sempre se consome...) / Continuava cantando... continuava...// Parece que no canto ela dizia: / - Se eu deixar de cantar morro de fome... / Que a cantiga é o meu pão de cada dia.   
            Foi deste modo que a literatura explicava-me por dois prismas como deveria ser encarada a existência das cigarras e das formigas. Comecei a aceitar que Deus as fez para que cumprissem seus destinos já traçados. Nem por isso julguei transpor ao homem esta fatalidade, pois este é dono do livre-arbítrio, o que o leva a diferenciar o certo de o errado, ou melhor dizendo, escolher o caminho que deverá trilhar para seu bem-estar e o de sua família. Estamos aqui de passagem, mas podemos discernir as coisas existentes ao nosso redor, sem fugir da responsabilidade que nos pesa.
            Se não conseguir realizar tudo o que desejava, por que me frustrar? Posso, contudo, desenvolver as atividades por mim exequíveis de acordo com as minhas forças. Dizem por aí que, nos dias atuais, empatando já é a conta.; outros falam em não deixar cair a peteca; e assim por diante. São expressões populares que despertam um sentimento de aceitação. Quero crer que é a maneira mais adequada de enfrentar a vida.
____________________________
   Poeta e cronista
   Publicado em 26 de julho de 2000 - no Diário de Canoas.
em 10.06.2010
EM 31.07.2009
em 14.8.2010
EM 14.8.2010




segunda-feira, 27 de julho de 2015


No Atelier do Bonde


SONETO

Ialmar Pio Schneider

Se às vezes não consigo me conter
Perante teus olhares sedutores,
Permaneço sonhando nos amores
Que nunca conseguiram florescer...

Foste a presença, neste meu viver,
Que me trouxe, bem sei, alívio às dores,
Nos momentos de tantos dissabores,
Em dias longos, longe do prazer.

No entanto, não quiseste nada sério,
E me deixaste na desilusão
De amar-te tanto assim sem ser amado...

Minha vida precisa um refrigério
Para enfrentar a triste solidão
Que atinge agora um homem desprezado...

Porto Alegre – RS, 27.04.2010

Às 20h18min.
- Tristeza

em 8.10.2010


terça-feira, 14 de julho de 2015

Na sala do ape da Siqueira Campos - Centro Porto Alegre - RS 


REINÍCIO

Ialmar Pio Schneider

         De quando em vez se punha a pensar nas grandes obras que os mestres da Literatura Universal haviam criado e sentia-se, por assim dizer, diminuído, perante aqueles monumentos excelsos do pensamento, inteligência, arte e engenho humanos; isto porque sabia que jamais atingiria os píncaros daquela glória inaudita. De fato, ao se dar conta, os anos tinham passado e Otávio não havia produzido quase nada, apesar de que, outrora, quisera ser um notável escritor. Entretanto, desde cedo tivera que enfrentar o mercado de trabalho para viver, e ao conseguir certa posição na sociedade, quase que esquecera seu propósito, mas agora uma semente surgia no fundo do seu cérebro e ele, aposentado, procurava fazê-la germinar sem maiores pretensões, a não ser a de cumprir, enfim, o seu destino. Estava ciente de que possuía o livre-arbítrio, não obstante soubesse de suas limitações. Todavia, não iria seguir aquele caminho de Marcel Proust em “À Procura do Tempo Perdido”, mesmo porque já o havia ultrapassado em idade, e não demonstrava toda aquela excentricidade. Considerava-se um homem comum.
         Apesar de não haver seguido a carreira literária, sempre obtivera boas notas e elogios dos professores, em suas redações, quando cursara o ginásio e o científico dos Irmãos Maristas. Lembra-se de que certa vez, ao escrever uma dissertação, empregou a palavra “majestosa” com “g”, e ao receber a nota de 9,5, foi alertado com a seguinte expressão: “Cuidado !  Erro que parece fio de cabelo em sopa gostosa”.
         Hoje, ao lembrar essa advertência, Otávio procura reiniciar sua jornada rumo à prosa de ficção, sentindo como que um impulso alentador a fim de enfrentar esta tarefa para o resto de seus dias. Sabe, entretanto, que o caminho é árduo e inúmeras dificuldades se apresentarão à sua frente, considerando que a vida são degraus a galgar em etapas. O ofício a que se propõe requer a paciência de um Jó e a pertinácia de um Moisés, resguardadas as proporções. Ainda ontem ouviu um velho poeta dizer: “Escrever difícil é fácil, mas escrever simples é difícil.” 
         Talvez, quem sabe, amanhã possa acrescentar algo ao acervo cultural e repetir com Thomas Carlyle: “Nenhum grande Homem vive em vão. A história da Humanidade não é mais do que a biografia dos grandes Homens.”
         Assim pensa Otávio em seu recanto, reorganizando suas memórias, reunindo seus antigos rascunhos e recolhendo o que sobrou da voracidade do tempo.

                                            DC  (17-07-1998)


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segunda-feira, 6 de julho de 2015



Lendo no Atelier do Bonde e trovas autorais.


OT REVISTA
TROVAS Ialmar Pio Schneider
                           
                                               I
                            A trova é o verso que nasce
                            de um coração sonhador;
                            fica estampada na face
                            de quem vive um grande amor.
                                               II
                            Nunca digas que não gostas
                            de música e de poesia,
                            pois ambas foram compostas
                            na tristeza ou na alegria.
                                               III
                            Que bom seria se eu pudesse
                            em quatro linhas apenas,
                            dar consolo a quem padece
                            as amarguras terrenas.
                                               IV
                            Versos de amor, quando os faço,
                            me causam tanta emoção;
                            cada palavra é um pedaço
                            que arranco do coração.

Publicado na Pág. 14 de O TIMONEIRO de 21.5.82 de CANOAS (RS)

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