sábado, 31 de outubro de 2009

TROVAS de IALMAR - AQUARELA de ÂNGELA

Aquarela de Ângela Ponsi



TROVAS DE IALMAR PIO
SCHNEIDER
XXV
És a força que eu preciso
para deixar de sofrer.
Oh! querida, toma juízo
e vem comigo viver !
XXVI
Já faz tempo, era eu criança,
minha mãe me disse um dia:
- Nunca percas a esperança
pois ela nos alivia !
XXVII
A mágoa que em mim existe
é fruto de uma saudade
que me transforma num triste
no seio da sociedade.
XXVIII
Seja pobre ou seja rica
a rima é uma canção,
a saudade sempre fica
depois que os versos se vão.


Publicadas na Pág. 14 de O TIMONEIRO - 2.7.82 de CANOAS (RS)


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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

DIA NACIONAL DO LIVRO - 29 de outubro

Imagem: arquivo



N O I T E

D E

I N S Ô N I A

Ialmar Pio Schneider

Quanto quisera te olvidar agora
antes que seja tarde em demasia,
pois novamente vai romper a aurora
e teremos à frente um novo dia !

Eu te verei passar então lá fora
e me verás também na companhia
dos meus livros, amigos de toda hora,
procurando compor qualquer poesia.

Irás esbelta como sempre estás
seguindo jovialmente teu caminho
sem olhar um instante para trás...

Eu seguirei teus passos de mansinho
com meus olhos cansados e sem paz
lamentando esta vida de sozinho.

CANOAS, 11-1-85 - O TIMONEIRO - PÁG. 6
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terça-feira, 27 de outubro de 2009

TROVAS de IALMAR - AQUARELA de ÂNGELA

Aquarela de Ângela Ponsi



TROVAS DE IALMAR PIO
SCHNEIDER

XXII
Simples trova mensageira
de tanto amor e emoção,
estarás a vida inteira
dentro do meu coração.
XXIII
Loucura ! quando te digo
que fazes parte de mim,
pois corro sempre o perigo
que não me ames até o fim !
XXIV
Eu quis compor uma trova
tendo por tema canção;
` que me desse vida nova
e nasceste em mim, então !

Publicadas na Pág. 22 de O TIMONEIRO - 25.6.82 de CANOAS(RS)


sábado, 24 de outubro de 2009

TROVAS de IALMAR PIO

MUSA



TROVAS
Ialmar Pio Schneider

XVII
Conforme o verso comprova,
nada de mais popular
que a beleza de uma trova
dita ao clarão do luar.
XVIII
Posso até andar sozinho,
no entanto, comigo estás;
eu recordo teu carinho
sem ele não tenho paz.
XIX
Saibas, enfim, que te quero
no prazer e na amargura,
quem sofre, sendo sincero,
ama até na desventura.
` XX
Amor que vem e que vai
pelos caminhos da vida...
Amor que amando não trai
a pessoa preferida...
XXI
- Não repele mas atrai
e contente nos convida...
É uma voz que diz: “Amai,
sem pensar em despedida !”

Publicadas na Pág. 10 de O TIMONEIRO - 18.6.82 - CANOAS (RS)


sexta-feira, 23 de outubro de 2009

foto

S O N E T O de IALMAR PIO - IMAGEM: arquivo


SONETO
(em 31/5/65 - Soledade - RS)
Na frustração dos sonhos desvalidos
senti saudade de vivê-los mais;
porém, agora em versos desiguais
a própria dor transborda em mil gemidos...
Talvez a música com sustenidos
e bemóis possa evaporar caudais
em ondas agitadas e formais
de anseios rápidos e incompreendidos.
Castigo sem clemência, inveterado
no mar perdido e fátuo do passado
onde navega uma ilusão falida...
Não é recalque nem talvez complexo
o desajuste vário e desconexo
que vem chorando se alojar à vida.

CRÔNICA LITERÁRIA

Sigmund Freud




VICISSITUDES DE SIGMUNDO FREUD

IALMAR PIO SCHNEIDER

O dia 6 de maio de l856, portanto, há 153 anos, foi a data de nascimento do médico austríaco, criador da Psicanálise, a que chamam também de “ciência da alma”, Sigmundo Freud, na cidade de Freiberg, Morávia. Seus estudos a respeito do comportamento humano vieram revolucionar a psicologia até então existente. Nesta área pode-se dizer que é antes e depois de Freud. Iniciou sua aprendizagem em Viena, no Spert-Gymnasium, obtendo as melhores notas da classe. Admirava as personalidades de Aníbal e de Napoleão, o que, conforme algumas opiniões, deu-lhe um temperamento forte ao caráter. Escreveu, mais tarde, sobre a sua admiração infantil por Aníbal e Roma, dizendo que ambos “simbolizavam a oposição entre a tenacidade do judaísmo e a organização da Igreja Católica. Compreendi as conseqüências de pertencer a uma raça alheia ao país, e fui forçado, diante do sentimento anti-semítico reinante entre meus condiscípulos, a assumir posição resoluta, como a do caudilho semita.”
Quando ingressou na Universidade de Viena, onde viria a se formar em medicina em 1881, passou alguns vexames devido à sua condição de judeu pobre. Entretanto, sobressaiu-se pelo seu talento excepcional. Conseguiu distinguir-se em matéria de investigação fisiológica, com demonstrações notáveis, junto com seu mestre Ernesto von Brücke.
Concluído o curso médico, tendo trabalhado algum tempo no Hospital Geral de Viena, resolveu em 1885, empreender uma viagem a Paris a fim de estudar com Jean-Martin Charcot, eminente professor e famoso por suas contribuições em matéria de doenças nervosas, que realizava experiências através do emprego do hipnotismo, demonstrando que as enfermidades corporais tinham origem no espírito da pessoa. Regressou a Viena e expôs as teorias de Charcot à Sociedade Médica local, mas foi recebido com chacota pela maioria dos médicos presentes. Um deles, porém, admitiu sua explanação. Tratava-se do seu velho amigo José Breuer, que já havia empregado com êxito a hipnose num tratamento de caso de histeria. Ambos, então, Freud e Breuer, se envolveram durante 9 anos no mesmo objetivo. Durante este período Freud realizou uma segunda viagem a Paris, para verificar “in loco”, aplicações realizadas com sucesso por Hipólito Bernheim. Contudo, depois disso, Freud abandonou o método hipnótico no tratamento das neuroses e resolveu seguir seu próprio caminho. Havia publicado, conjuntamente com seu mestre e colaborador Breuer, a obra “Estudos sobre a histeria”, no ano de 1895.
Dispensa a colaboração de Breuer, naquele mesmo ano, e voltado para a concepção dos impulsos sexuais, publica um estudo intitulado “Neurose da angústia”, em que lançou ao mundo incrédulo as bases da doutrina da psinanálise, ou psicologia abissal, das “profundidades”. Consta que a psicanálise foi recebida com hostilidade e repugnância, e o próprio Freud com todo o desprezo. Mas ele não se deixou vencer pelo preconceito e continuou a labutar em seus objetivos, apesar das vicissitudes, e publicou incontinenti, as obras: “Interpretação dos sonhos” e a “Psicopatologia da vida cotidiana”, em que estabeleceu os conflitos criados pela “alma” humana. Estavam lançadas as bases da sua doutrina. Observe-se que em “Conceitos Básicos da Psicanálise – Um diálogo”, Freud escreve: “Não se esqueça do que disse certa vez o poeta-filósofo Schiller: “Enquanto a filosofia sublime/ Rege, supremamente, o curso do tempo/ O Mundo, seguindo o velho costume,/ Se move pela fome e pela paixão.” Fome e Paixão – são dois agentes poderosos ! Às necessidades do nosso corpo que estimulam o espírito à ação, chamamos impulsos instintivos.””
Finalizo o presente esboço modesto, com o simples intuito de atentar para o que Freud explica, não obstante a expressão corrente de surpresa, por vezes empregada: nem Freud explica.
Até outra oportunidade...
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Cronista e poeta

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

TROVAS de IALMAR - AQUARELA de ÂNGELA


Aquarela A Bailarina de Ângela Ponsi


TROVAS De IALMAR PIO
SCHNEIDER

IX
Quis te fazer um poema,
de meu amor uma prova.
Mas esbarrei num dilema
e então te fiz uma trova.
X
Quantos versos escrevi
sem que pudesse entendê-los...
Agora me encontro aqui
a lembrar os teus desvelos.
XI
O poeta é um visionário
mas quanta verdade encerra;
mesmo sendo um solitário
ele abrange toda a Terra !
XII
Na cadência de uma trova
vou embalar meu desejo.
Minha vida se renova
quando te abraço e te beijo.
XIII
Quatro linhas bem rimadas
encerrando um pensamento
das almas apaixonadas...
Eis a trova de talento !
XIV
A poesia se renova
ao sabor da evolução.
No entanto, porém, a trova
conserva sua tradição.
XV
Para te amar mais e mais
resolvi ser trovador;
aquele que trovas faz
sempre vive um grande amor.
XVI
Seja rica, seja pobre,
a rima de uma trovinha
ela sempre será nobre,
pois se veste de rainha.

Publicadas na pág. 14 de O TIMONEIRO DE 4.6.82 de CANOAS (RS)


terça-feira, 20 de outubro de 2009

CRÔNICA LITERÁRIA - DIA NACIONAL DO POETA - 20 de outubro

Aquarela de Ângela Ponsi

SOBRE A POESIA MARGINAL

IALMAR PIO SCHNEIDER

Estava assistindo a um programa de TV no Canal TV Câmara, em que se falava em poesia. A pessoa que estava declamando alguns versos soltos, percebi que se chamava Chacal e conversou alguns momentos com uma mulher de nome Heloísa Buarque de Hollanda. Então, lembrei-me de um livro que havia adquirido faz muitos anos cujo título é O que é poesia marginal, de Glauco Mattoso, Editora Brasiliense, 2ª edição, 1982, que encontrei sem mais delongas em uma prateleira de minha biblioteca, onde os livros estão enumerados por ordem de autor e de que também tenho uma relação por títulos. Facilmente encontrei-o.
Daí fiquei sabendo que se tratava de um movimento que surgiu nos idos de 1970 e que agrupava indivíduos que apregoavam uma nova forma de poesia, ou seja, mais livre e coloquial – “o poema não é bom nem ruim/ o poema é uma idéia (Marcelo Dolabela, no livrinho Coração malasarte)”. E como não tinham respaldo de editoras para publicarem seus livros, faziam-no artesanalmente em mimeógrafos , incluindo livrinhos impressos em offset, ilustrados, bem acabados. Assim “em 71, Chacal e Charles lançavam seus primeiros trabalhos mimeografados em tiragem de 100 exemplares, e em Brasília circulava o jornal Tribo, que foi até o terceiro número”.
Ilustrando o que significava aquela incursão na nova escola de poesia, chamada marginal, assim a qualificavam os pesquisadores Heloísa Buarque de Hollanda e Carlos Alberto Pereira, “a poesia marginal, literariamente falando, consiste no estilo coloquial encontrado na maioria dos autores da geração-mimeógrafo, caracterizado pelo emprego de um vocabulário baseado na gíria e no chulo, e de uma sintaxe isenta das regras de gramática, tal como no linguajar falado: qualé o lance? (Ronaldo Santos) – a cana tá brava a vida tá dura (Bernardo Vilhena) – a mão rápida do pivete agarrou a bolsa da velha/ a velha teve um troço & caiu babando na rua (Adauto de Souza Santos) – um orfeu fudido sem ficha nem ninguém pra ligar (Chacal) – a fumaceira fudida veste a cidade grande (Charles) – tem tanto tempo não faz um som (idem) – ano que vem eu compro um fusca (Nicolas Behr) – me manda embora antes das oito/ mas só me traia depois das dez (idem) – o hippie/ foi no shopping/ e feliz, deu um chiliqui (Marcelo Dolabela).
“Tal gênero de poesia seria marginal justamente por representar uma recusa de todos os modelos estéticos rigorosos, sejam eles tradicionais ou de vanguarda, isto é, por ser uma atitude antiintelectual e portanto antiliterária.
“Heloísa, que qualificou esse estilo como uma “retomada” do modernismo de 22, acrescenta que a diferença está na postura, que em 22 teria sido intencional, premeditada, e na poesia marginal seria espontânea e inconsciente.
“Quando saiu a antologia 26 poetas hoje, alguns dos autores tidos como marginais se reuniram com críticos, professores e alunos de literatura para debater teoricamente o “fenômeno poético” do momento. Nessas ocasiões empregavam-se terminologias eruditas ( do tipo espontaneismo, irracionalista, anticabralino) e levantavam-se questões como a de que os novos poetas estavam querendo “matar” Cabral. Puro desperdício de energia, pois, na verdade, o único Cabral morto na história seria o Pedro Álvares, e junto com ele o estilo arcaico da carta de Caminha. Quanto a João Cabral, nada sabia ele dessa “morte”, assim como poucos dos marginais sabiam de sua vida.”(...) (pgs. 32, 33 e 34 do livro O que é Poesia Marginal, de Glauco Mattoso).
De tempos em tempos, sabe-se, surgem manifestações inovadoras na arte poética, quando já a velha forma esteja desgastada. O ser humano tem o dom inerente da criação e a espontaneidade desse movimento, acredito, continuará como abrindo um caminho interminável de renovação para futuros poetas...
Cronista e poeta

sábado, 17 de outubro de 2009

SONETO de IALMAR PIO - imagem - arquivo do autor

Capa do livro do saudoso poeta Clóvis Soares Siedler




SONETO PARA CLÓVIS SOARES SIEDLER
(Autor de: “Diante do Espelho”)
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Ialmar Pio Schneider
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Noite adentro estou lendo teus sonetos
que me falam do espelho em que te fitas,
e as imagens nascendo dos quartetos
vão se abrindo a composições aflitas...

Como fazendo súplicas contritas,
tuas páginas lembram amuletos
que demandam o além, quais infinitas
evocações clamando nos tercetos.

O teu verso a preencher-me as horas mortas,
o mesmo que em compondo te confortas,
também me encanta madrugada afora.

És um poeta cuja voz sentida
fala de amor...de solidão... da vida...
e quando cantas a tua alma chora !

PÁG. 18 - O TIMONEIRO - CANOAS, 15.6.84
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quinta-feira, 15 de outubro de 2009

CRÔNICA LITERÁRIA de IALMAR PIO

J. G. de Araújo Jorge


POR QUE NÃO LER OS BEST-SELLERS ?

IALMAR PIO SCHNEIDER

A leitura, segundo meu juízo, pode ser de instrução, de auto-ajuda, e também de entretenimento, entre outros. Então por que alguns intelectuais se indispõem em aceitar os best-sellers? Assistindo ao programa do Jô Soares que entrevistava o acadêmico imortal Lêdo Ivo, pelo lançamento do seu livro Poesia Completa, e por estar com 80 anos de idade, en passant, falaram sobre os autores que mais vendem e os que não. O poeta falou que é muito relativo este enfoque, uma vez que alguns fazem sucesso porque escrevem para determinada clientela ledora, mas ao mesmo tempo desaparecem na efemeridade das coisas passageiras. Eu, de minha parte, leio certos best-sellers e os tenho apreciado, geralmente. Acredito que o que faz a vendagem dos livros é a mídia. Já vi em página de revista num ônibus em Paris uma propaganda do livro de Paulo Coelho, Veronika decide morrer. Como ele tem um público cativo em quase todo o mundo, é sabido que é um dos maiores vendedores brasileiros de todos os tempos.
Voltando ao poeta Lêdo Ivo, enquanto assistia ao programa do Jô Soares, sendo entrevistado, procurei na prateleira um livro dele, Antologia Poética, com seleção de Walmir Ayala e introdução de Antônio Carlos Villaça, e me deliciei com o seguinte soneto, que reputo um dos melhores de sua verve: Soneto do Empinador de Papagaio – “A nada aceito, exceto a eternidade,/ nesta viagem ambígua que me leva/ ao altar absoluto que, na treva,/ espera pela minha inanidade.// O que sonhei, menino, hoje é verdade/ de alva estação que em meu silêncio neva/ o inverno de uma fábula primeva/ que foi sol, cego à própria claridade.// Na hora do fim de tudo, separados/ fiquem os dois comparsas do destino/ que sabe a cinza após o último alento.// E a morte guarde em cova os injuriados/ despojos do homem feito; que o menino/ empina o papagaio, vive ao vento.” – Ediouro – pg. 65. E o entrevistador caçoava dele, dizendo que continuava sendo um menino, embora octogenário. Mas, pelo que pude aquilatar, eles são leitores de best-sellers, pois quem não quer divulgar seus trabalhos e conquistar leitores?! Não sejamos hipócritas !
Venho de ler um dos maiores best-sellers da atualidade, O Código da Vinci, de Dan Brown, - dez milhões de livros vendidos em todo o mundo – na edição da Sextante. Trata-se de um romance policial, com poucas personagens para não atrapalhar a fluência na leitura, e pleno de lances inesperados. Tenho certeza de que o sucesso de venda deste livro, se deve à simplicidade e a desenvoltura da trama que aos poucos vai conquistando o leitor, sem muito academicismo e sofisticação intelectualista que só fazem afastá-lo. Assim como existem os leitores analfabetos funcionais, tão apregoados por alguns intelectuais, também há os escritores que escrevem só para si mesmos, não atingindo o homem comum do povo que é a maioria no mundo inteiro.
Na poesia, quem não se lembra de J. G. de Araújo Jorge, nas décadas de 50 a 70 ? com seus poemas românticos cativando os corações enamorados ?! Conheço diversas pessoas que se encontraram, se amaram e viveram felizes, lendo e ouvindo as poesias deste poeta que fabricava estes versos: “Uma hora de morrer... I – Uma hora de morrer é aquela em que,/ debruçado sobre teus olhos,/ me agarro a ti para salvar-me/ e sinto que afundamos juntos. – II – Uma hora de morrer/ é aquela em que nada dizes,/ em que apenas me olhas como agradecendo,/ e em que me guardas ainda contra ti,/ como se quisesses ter a certeza/ de que apesar de tudo/ ficamos na terra”. – do livro A Sós... 9ª edição – Editora Record – 1982 – na contracapa.
No meu modesto entender, toda a leitura que desperta a curiosidade do leitor de maneira simples e atinge os corações também, é válida, tanto na prosa quanto na poesia. O importante é que seja agradável, não deixando de ser instrutiva e iluminando as mentes das pessoas...
___________________________________________ Poeta e cronista – E-mail: menestrel@brtrubo.com===PUBLICADO NO DIÁRIO DE CANOAS.


terça-feira, 13 de outubro de 2009

POEMA de IALMAR PIO - AQUARELA de ÂNGELA PONSI

Aquarela de Ângela Ponsi



NOSSO CAMINHO


Ialmar Pio Schneider


Envio-lhe estes versos com saudade

dos momentos felizes

de serenidade

ou deslizes...



Tudo é possível quando nos visita

uma paixão avassaladora,

inaudita

e sedutora...



Um sonho se descortina

em nosso caminho

e nos fascina

pelo carinho...



Quando estivermos juntos e unidos

vamos sempre lembrar

que fomos concebidos

para viver e amar...



PORTO ALEGRE – RS

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

INQUIETAÇÕES OCEÂNICAS - Ialmar Pio Schneider - 30 sonetos

Aquarela de Ângela Ponsi



Na Praia


Enquanto a vejo linda, ao sol deitada,
eu vou imaginando o que seria,
se vivesse com ela todo dia
e que fosse por mim apaixonada...


Talvez minha existência amargurada
com seu calor rejuvenesceria
e aportando na praia da alegria
não desejasse procurar mais nada.


Às vezes se levanta e fica a olhar,
por algum tempo, a vastidão do mar,
depois entra nas águas mansamente...


As ondas vem e voltam num balanço,
mas eu não tenho amor e não descanso...
parece que estou longe, estou ausente!




Tela de Glaucia Scherer

terça-feira, 6 de outubro de 2009

TROVAS de IALMAR PIO - TELA de GLAUCIA SCHERER

Tela de Glaucia Scherer


TROVAS De IALMAR PIO SCHNEIDER

V
Seresteiro e trovador,
ambos têm equivalência:
porque os dois fazem do amor
o motivo da existência.
VI
O vento leva o meu verso
- afinal nada o detém -
pelos confins do Universo
e pra quem me queira bem.
VII
Eu era ainda criança
e sempre quis ser poeta,
nunca perdi a esperança
de atingir a minha meta.
VIII
De tantas trovas que fiz
uma foi a mais ardente:
ouvindo-a foste feliz,
cantando-a fiquei contente !

Publicado na pág. 16 de O TIMONEIRO - 28.5.82 - CANOAS (RS)




segunda-feira, 5 de outubro de 2009

P O E M A de IALMAR PIO


D O L E I T O R

AO JORNAL “O TIMONEIRO”

Ialmar Pio Schneider

Navegando sempre alerta
Segue firme “O Timoneiro”
e leva a notícia certa
ao povo do vale inteiro.

Acompanhando os destinos
da cidade progressista,
no vale do Rio dos Sinos
mais e mais glórias conquista!

Percorrendo a trajetória
de quem nasce pra vencer,
há de cumprir sua história
sem jamais esmorecer.

pág. 2 - “O TIMONEIRO” - 5.10.81 - CANOAS (RS)