terça-feira, 30 de junho de 2015

Feira do Livro em Copacabana - RIO - em 2000


UMA VIAGEM INOLVIDÁVEL III

IALMAR PIO SCHNEIDER

         Para dar continuação ao relato sobre a excursão realizada há um mês, cuja primeira parte já publiquei quinze dias atrás, volto ao assunto agora, pretendendo concluí-lo.
         Voltando de Petrópolis, pernoitamos no Rio e na manhã seguinte nos dirigimos a Cabo Frio e Búzios, atravessando a moderna Ponte Rio/Niterói. Ao chegarmos, presenciamos inúmeras salinas desativadas, porque o sal deixou de ser um negócio lucrativo, dada à concorrência do Nordeste, e sua exploração se tornou antieconômica, levando os investidores a aplicar seus recursos na área do turismo. A par de modesta vila de pescadores existem luxuosas residências de lazer ao longo das numerosas praias de águas cristalinas azuis e esverdeadas e areias brancas e luzidias. São freqüentadas por turistas de todo o mundo, além de atores e jogadores de futebol famosos que lá têm suas mansões. Aproveitamos para caminhar à beira-mar dentro da água pelas praias de Peró e das Conchas.
         Depois de permanecer o dia inteiro apreciando aqueles lugares paradisíacos, retornamos no final da tarde para o hotel onde estávamos hospedados. Sendo o próximo dia livre e havendo uma feira de livros próxima, numa pequena praça, adquiri diversos exemplares, entre os quais o Febeapá 1, de Stanislaw Ponte Preta, Anedotário da Rua da Praia 2, de Renato Maciel de Sá Júnior, Contos e Lendas, de Rebelo da Silva, e O Linguado, de Günter Grass (Prêmio Nobel do ano passado), etc.

JORNAL DE NOVO HAMBURGO

em 2.9.2010

segunda-feira, 29 de junho de 2015

São Pedro - Dia de São Pedro -             29 de junho 



SONETO A SÃO PEDRO – Patrono dos pescadores

Ialmar Pio Schneider

São Pedro, Protetor dos pescadores,
Ouvi a prece de todos que lutam,
Lançando as redes às águas, labutam
Desde o nascer do sol em seus albores...

Em busca de alimentos, só escutam
O marulhar constante e sonhadores
Vogam no mar... são os trabalhadores
Que apenas com a natureza disputam...

Voltam à casa, após a longa viagem,
Em que enfrentaram ondas com a coragem,
Que Deus lhes dá e o santo os protegeu...

Trazem os peixes que alimentam lares,
Por que trabalham percorrendo os mares...
Foi para isto que o pescador nasceu !

Porto Alegre, RS, 29 de junho de 2010-06-28


EM 29.06.2010

sexta-feira, 26 de junho de 2015


Visita ao Maracanã - RIO 2000

UMA VIAGEM INOLVIDÁVEL II

IALMAR PIO SCHNEIDER


 Ele nos falou da construção do estádio e da derrota da seleção brasileira para os uruguaios em 1950, por ocasião da Copa do Mundo daquele ano. Prosseguimos pela Av. Niemayer, Leblon, Ipanema, Copacabana e fomos ao Morro da Urca, onde subimos pelo bondinho até o Pão de Açúcar, onde mais uma vez nos deslumbramos com a vista inigualável e fantástica da Cidade Maravilhosa. Acrescento que vimos a extensão da lagoa Rodrigo de Freitas e o Hipódramo da Gávea, além do Cemitério São João Batista onde estão enterrados os grandes vultos do Rio de Janeiro.
         No dia seguinte fomos à cidade imperial de Petrópolis, onde  existia o Cassino Quitandinha, desativado por ocasião do governo do Presidente Dutra, que proibiu o jogo no país, cujos apartamentos foram vendidos a particulares, hoje aberto à visitação pública, através de ingresso;  e depois podemos conhecer o Palácio de Cristal, a Catedral São Pedro de Alcântara, o Museu Imperial e a Casa de Santos Dumont, que também cobram ingressos, excluindo a Catedral e o Palácio de Cristal. Lembrei-me que nessa cidade nasceu o insuperável poeta Raul de Leôni, mas não tive oportunidade de procurar se havia alguma casa que reverenciasse o seu nome. Nem o guia local soube me explicar a respeito, restringindo-se a dizer-me que existe uma rua com o nome do grande literato da cidade.
         Pretendo continuar na próxima crônica, se Deus quiser; e vai querer; e os santos ajudarem. Até lá.
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  Poeta e cronista
  Publicado em 09 de agosto de 2000 - no Diário de Canoas.


EM 29.8.2010
Jornal Novo Hamburgo
em 31.8.2010




quinta-feira, 25 de junho de 2015

Em frente ao Jardim Botânico em Curitiba - PR



UMA VIAGEM INOLVIDÁVEL I

IALMAR PIO SCHNEIDER

         Pedem-me que escreva algumas considerações a respeito da excursão de ônibus por dez dias que fizemos ao Rio de Janeiro, permanecendo  em Curitiba, para visitação aos principais pontos turísticos da cidade. Começamos pela viagem de trem até Morretes, através de túneis e viadutos, apreciando paisagens panorâmicas deslumbrantes. Acontece que nada anotei, mas ocorre-me no momento, que ao retornarmos, iniciamos  pelo Jardim Botânico, indo após ao Ópera de Arame, à Pedreira Paulo Leminski Filho, onde já cantou, entre outros, o grande tenor José Carreras; e mais dois outros parques, construídos sobre pedreiras desativadas que é uma maneira que fazem para aproveitá-las.
         No dia seguinte prosseguimos viagem rumo ao Rio, com uma parada no Santuário de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida do Norte, onde tivemos a oportunidade de adquirir alguns souvenirs e rezarmos à Padroeira do Brasil, pedindo sua bênção e proteção.
         Chegamos ao Rio à noite e nos hospedamos em hotel junto à praia de Copacabana. Na manhã seguinte iniciamos o city-tour indo ao Morro do Corcovado, onde subimos de trem e após a pé os degraus que levam à estátua do Cristo Redentor, de braços abertos abençoando a todos. A vista lá de cima é maravilhosa, assim como a própria cidade, que já detém esse epíteto que nenhuma outra possui, com justiça.
         Depois nos dirigimos ao maior estádio do mundo, o Maracanã, onde vimos o Romário que havia ido colocar os pés na calçada da fama. Tivemos uma palestra do velho zelador há 52 anos, o sr. Izaías Ambrósio (assim se chama, se não me falha a memória, hoje com 74 anos de idade),

JORNAL DE NOVO HAMBURGO – 30.8.2010


quarta-feira, 24 de junho de 2015




COMEMORAÇÕES DE JUNHO

IALMAR PIO SCHNEIDER

     Por ocasião das Festas Juninas penso escrever algumas linhas sobre o assunto. De fato, constituem tradições arraigadas em nosso povo que as cultuam com muita dedicação. Há poucos dias comemoramos o dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro, tão estimado de todos. Lembro-me que em minha terra, alguns acendiam-lhe fogueiras, mas é sempre consagrado à distribuição de pãezinhos. Hoje é celebrado o dia de São João, que realmente é o santo das fogueiras e festanças caipiras.
     Ainda temos a data de 29 do corrente, em que celebramos São Pedro e São Paulo e em algumas localidades, como era o caso de minha aldeia natal, também com fogueiras. Ocorre-me lembrar que São Pedro é o Padroeiro de nosso Estado e vamos pedir seu olhar benigno para estas plagas.
     Festejemos com muita dança, pinhão, amendoim, quentão, mas cuidemos pra não nos lastimarmos, quero dizer, ferirmos com queimaduras de fogos de artifícios, notadamente os traiçoeiros foguetes. Que a alegria e a paz permaneçam em nossa querência como verdadeiro apanágio de um futuro promissor. Tenhamos confiança !
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em 23.06.2010
Em 23.06.2011






terça-feira, 23 de junho de 2015

 Noite no Bairro Tristeza e Selfie




SONETO BILAQUIANO
                     Ialmar Pio Schneider

Contemplo a noite... brilham as estrelas
e cada vez mais triste e sem carinho,
procuro amar alguém para entendê-las,
mas não a encontro e fico então sozinho.

À distância parecem tagarelas
e quase suas falas adivinho,
quando peço que afastem as procelas,
iluminando sempre o meu caminho...

E permaneço assim horas sem conta
a percorrer a via-láctea amada
com meus olhares súplices, sedentos...

Pouco mais minha vida desaponta,
porque mesmo que não alcance nada,
eu me deixo levar aos quatro ventos...

Canoas (RS, 06 de maio de 2000

Enviado ao Diário de Canoas em 20.11.09
EM 16.7.2010
EM 16.7.2010




domingo, 21 de junho de 2015

Visita no Atelier do Bonde na Rua Otto Niemeyer, Bairro Tristeza, Porto Alegre - RS, de minhas amigas Zilka Ponsi e Àngela Ponsi, respectivamente, mãe e filha.


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Soneto para pensar sobre o Meio Ambiente, preservação, a fim de evitar danos irreversíveis.

***


                                      S U P R E M A    D E S G R A Ç A

                                                                  Ialmar Pio Schneider

                            Despetalar as flores, na demência
                            do desespero horrendo dum delírio.
                            Nem ao menos poupar o branco lírio
                            e já não escutar a consciência.

                                      Arrasar o jardim desta existência
                                     na fúria dum remorso sem martírio.
                                      Perder a crença de encontrar o empíreo
                                      e sufocar a luz co’a própria ciência.

                            Depois olhar p’ra trás e ver ainda
                            um jardim florido e uma luz infinda,
                            e não ter forças p’ra voltar atrás...

                                      Mas ter somente uma opressão maldita,
                                      e ao lado nem ao menos ter a dita
                                      do perdão dos pecados e da paz.

                                                        CANOAS (RS), dezembro de 1999.
        
                   N.B. = Para enfrentar o bug do milênio, se por acaso houver algum       
                                    desastre nuclear, no ano de 2000.

em 5.8.2010


EM 16.7.2010