terça-feira, 29 de outubro de 2013


Imagem de biblioteca na Internet


DIA NACIONAL DO LIVRO




Ialmar Pio Schneider





Por ter ocorrido em 29 de outubro de 1810 a fundação da Biblioteca Nacional, esta data é comemorada como o Dia Nacional do Livro.

Ocorreu-me escrever algo a respeito do livro, este amigo mudo mas sábio que me acompanha desde que me conheço por gente. O pouco que sei nesta vida pacata que levo, além dos mestres que me ensinaram, estão os livros como fonte de conhecimentos onde procurei sempre a aprendizagem e o lazer, apesar da mortificante televisão cuja tentação não tenho resistido.

Também não posso deixar de referir-me ao leitor para o qual compus um soneto: Ao leitor - Quando escrevo me assalta um pensamento/ indeciso de não saber a quem/ possa atingir meu louco sentimento/ e duvidar assim não me faz bem...// Espero apenas que o meu sofrimento/ não vá prejudicar... ferir ninguém.../ Ponho aqui realidade e fingimento/ para a escolha daqueles que me lêem.// Segue junto comigo se te apraz/ conhecer solidão e fantasia,/ às vezes desespero, às vezes paz:/ meus “Sonetos e Cânticos Dispersos”,/ dizendo que no mundo da poesia/ cada qual é o poeta dos seus versos...

Pode parecer estranho que quase sempre me socorro da poesia para escrever o meu texto aqui, buscando divulgar os autores, os mais diversos. É uma maneira de despertar o interesse para a arte poética pois sempre vejo nela uma tábua de salvação à realidade cruel que presenciamos no dia-a-dia. Nunca é demais lembrar: “Um país se faz com homens e livros”. Monteiro Lobato (1882-1948). Então, façamos deles os nossos fiéis e constantes companheiros para enfrentar a vida.



http://ialmarpioschneider.blogspot.com/

em 29.10.2010

JNH – idem.


segunda-feira, 21 de outubro de 2013


SONETO A ALPHONSE DE LAMARTINE – Nascimento do poeta em 21.10.1790 – In Memoriam - Porto Alegre – RS, 21.10.2011, às 17h55min. – Bairro Tristeza.- . -




Recordo-me do seu poema “Outono”,

que o Irmão Érico, enfaticamente,

lia alto, na aula, com tamanho entono,

que despertava a comoção na gente...



Saudava a natureza, tristemente,

como se a visse ficar no abandono

pela queda das folhas, de repente,

ao reclinar pra o derradeiro sono!



Nesse cálice em que bebia a vida,

talvez, houvesse uma gota de mel,

após ter sorvido néctar e fel...



Na multidão uma alma desconhecida,

quem sabe, o compreendesse com bondade

e lhe desse, afinal, felicidade !...



IALMAR PIO SCHNEIDER



terça-feira, 15 de outubro de 2013




TROVA PREMIADA COMO MENÇÃO HONROSA - TROFÉU RECEBIDO




V Concurso Estadual de Trovas-UBT Caxias do Sul



Tema: Segredo(s) (L/F)

Duas coisas levo medo,...

faço pouco e até duvido:

mulher que guarde segredo,

livro ao dono devolvido!

-IALMAR PIO SCHNEIDER



Tema: Segredo(s) (L/F)

Amor platônico, medo

de não ser correspondido;

quando alguém ama em segredo,

depois fica arrependido...

-IALMAR PIO SCHNEIDER



Tema: Segredo(s) (L/F)

Quem há de saber do enredo

de um romance fracassado,

se tudo fica em segredo

e nenhum quer ser culpado?!

-IALMAR PIO SCHNEIDER



Tema: Relógio(s) (H)

Chega em casa quando quer,

mas o dia já raiou,

e vai dizendo à mulher:

- O meu relógio parou!

-IALMAR PIO SCHNEIDER



Tema: Relógio(s) (H)

A desculpa não aceites

de que o relógio parou,

pois na cabeça os enfeites

foi ela que te botou.

-IALMAR PIO SCHNEIDER



Tema: Relógio(s) (H)

O meu relógio é um esmero,

marca horas com precisão,

porém não é o exagero

do relógio do Faustão!

-IALMAR PIO SCHNEIDER



***

Uma destas trovas acima foi a premiada com o troféu.Ver mais  

Dia do Professor - 15 de outubro -


SONETO AO PROFESSOR – 15 de outubro




Aos professores Helena, Ana Cristina e André Ricardo,

esta Homenagem ao Dia do Professor.



Ialmar Pio Schneider



Lembremos a pessoa de valor,

neste dia, com muita seriedade,

que deu à nossa vida qualidade,

nosso ilustre e abnegado professor...



Vivemos já desde a mais tenra idade,

obtendo ensinamentos com amor

de nossos pais e do batalhador

mestre-escola, com rara habilidade.



Depois, ao longo de nossos caminhos,

vamos seguir quase sempre sozinhos,

mas com o que ficou em nossa mente.



Aquelas lições que recebemos,

eu bem sei que jamais esqueceremos,

que o ensino é um legado permanente !





Porto Alegre – RS, 15 de outubro de 2011,

às 9h30min. – Bairro Tristeza.







http://ialmarpioschneider.blogspot.com/





http://www.sonetos.com.br/sonetos.php?n=19594



em 15.10.2011



 

sábado, 12 de outubro de 2013

Fonte: do livro A Maldição do Padre de Camilo Simon




Vila Sertão, distrito do município de Passo Fundo - RS, nos primórdios de sua fundação. Minha terra natal onde nasci e vivi até aos 13 anos de idade, quando fui estudar o ginásio em Getúlio Vargas - RS.


SONETO A SERTÃO

(Minha terra natal)



Oh! terra onde nasci, berço de minha infância,

que sempre levarei dentro do coração

batendo com ardor, em serena constância,

lembrando os tempos bons que já bem longe vão !...



Teu nome a recordar saudades e distância

flores silvestres e quem sabe solidão,

há de permanecer tal suave fragrância

cá dentro de minh’alma, oh! saudosa Sertão !



Se assim Deus o quiser, em teu solo bendito

reviverei um dia o passado aos pedaços,

como o filho que volta ao lar: cansado, aflito...



Porém que, em retornando ao seu torrão natal,

lugar onde ensaiou os seus primeiros passos,

consegue um elixir pra curar o seu mal...

___________________________

IALMAR PIO SCHNEIDER





http://ialmarpioschneider.blogspot.com/

em 5.11.2010

http://www.diariodecanoas.com.br/site/interativo/interativo_blog5,ed-105,ct-99.htm

EM 3.8.09

 

sexta-feira, 11 de outubro de 2013


Falecimento do escritor Fernando Sabino em 11.10.2004 - Imagem da Internet

O ROMANCE PICARESCO DE FERNANDO SABINO




IALMAR PIO SCHNEIDER



No dia 11 do corrente faleceu o escritor Fernando Sabino, às vésperas de completar 80 anos de idade. Naquele dia procurei reler um dos seus livros, que adquiri no ano de 1984, quando veraneava na praia do Pinhal, hoje Balneário Pinhal. Foi em fevereiro. Lembro-me que lá conheci também o poeta e artista plástico Pedro Geraldo Escosteguy, de saudosa memória, sobre o qual já escrevi uma crônica quando seus trabalhos estiveram expostos no MARGS. Mas o livro em pauta, trata-se de o Grande Mentecapto, a história do Viramundo, que depois virou filme tendo como protagonista o ator Diogo Vilela. Aconteceu que o proprietário do Hotel Casino, onde me hospedava, um senhor uruguaio de meia idade, perguntou-me, vendo o livro, o que significava “mentecapto”, ao que eu lhe disse, é o Grande Louco.

Ah !... concordou...

Inicialmente, há o incidente do trem, em que Geraldo Viramundo – assim nomeado, numa de suas diabruras de menino, resolveu fazer parar a locomotiva, postando-se sobre os trilhos, com os bracinhos erguidos, enquanto seu irmão Bernardo, gritava: - Sai, Geraldo ! Sai ! Por sorte, depois do desespero do maquinista, a máquina parou. Abriu-se assim um precedente perigoso e outro menino, por apelido “Pingolinha”, filho do sapateiro Gervásio, resolveu fazer o mesmo. Só que dessa vez o trem não conseguiu evitar que a criança de uns 5 ou 6 anos, fosse esmigalhada. E desta maneira, o autor escreve, a tragédia, à pg. 24 do livro: “Uma hora mais tarde o sapateiro voltava pela picada, caminhando devagar, como um autômato, e seguido pelos outros como numa pequena procissão, a carregar nos braços, enrolado no próprio avental, o que restava do corpo do Pingolinha. Não via nada, olhos imóveis e saltados, não ouvia nada, embora os outros falassem baixinho com ele, tentando consolá-lo, tirar-lhe o filho dos braços”.

A par de ser um relato, por assim dizer, cômico, principia trágico, o que poderia ser classificado de tragi-comédia.

O romance é uma história picaresca, plena de lances hilariantes, que vai atraindo a atenção do leitor e chega-se a percorrer junto com o personagem aquelas cidades mineiras por onde ele passou. Prosseguindo, quando esteve no Seminário de Mariana, criou uma confusão dos diabos ao esconder-se em um confessionário e passar-se, ou melhor, ser confundido com o Pe.Tibério e ouvir a confissão da Vva. Correia Lopes, apelidada de Dna. Peidolina. Sem que se soubesse por que a história da confissão da viúva Correia Lopes, logo foi se espalhando por toda a cidade. Alguns moradores resolveram se postar em frente à sua casa a fim de desfeiteá-la, o que virou numa troca de impropérios. A cada um que lhe dirigia algum deboche ela respondia dizendo-lhes particularidades das relações que tivera com eles. Foi uma assuada geral.

E o que dizer de quando engajado no quartel, no 4º pelotão da Cavalaria no Exército, o viramundo se afeiçoa a um cavalo com quem começa a conversar ?

Não é meu intento aqui relatar o acontecido ao longo do relato das aventuras, por vezes constrangedoras, do mentecapto e sim apenas mencioná-las a fim de que se desperte o interesse para sua leitura.

Nas próprias palavras do escritor que assim finaliza: “Pedindo licença aos leitores, gostaria de encerrar o meu trabalho com uma citação, no idioma original, de uma errata encontrada num livro de autor espanhol, a qual bem exprime o sentimento geral que procurei captar ao longo do meu trabalho: Donde leese por la fuerza de las cosas, lease: por la debilidad de los hombres.”

Ao ensejo da aproximação da 50ª Feira do Livro de Porto Alegre, segundo ouvi dizer, vão prestar-lhe (ao autor falecido recentemente), uma justa homenagem por tudo que representou para as letras de nosso País.



Poeta e cronista – E-mail: menestrel@brturbo.com

Publicado em 27 de outubro de 2004 – no Diário de Canoas.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013


Nascimento do músico Giuseppe Verdi em 10.10.1813 há 200 anos - Imagem da Internet

GIUSEPPE VERDI – SONETO – In Memoriam




Ialmar Pio Schneider



Hoje quero escrever um verso nobre

que celebre o genial compositor;

advindo de uma infância humilde e pobre,

à sua arte dedica todo o amor...



Bem cedo, sua vocação descobre

e põe-se à luta com viril ardor;

por isso, a enfrenta, sem que força sobre

para desempenhar outro labor !



Giuseppe Verdi, de Nabuco e Aída,

Rigoletto e Traviata, Trovatore,

as quais glorificaram sua vida...



Ninguém atinge tanto aos corações,

como essas óperas pienas d´ amore,

suscitando as mais altas emoções...





Porto Alegre – RS, 17 de julho de 2011-07-17

às 22h35min. – Tristeza.



http://www.sonetos.com.br/sonetos.php?n=18902

em 18.7.2011



http://ialmar.blog.terra.com.br/

em 10.10.2011


quarta-feira, 2 de outubro de 2013


Foto de Ialmar Pio Schneider quando da conclusão do Curso Primário na Escola Pio X, das freiras, de Sertão, na época distrito do município de Passo Fundo - RS, aos 12 anos em 1954.





M E N S A G E M A O P O E T A



Ialmar Pio Schneider



Vai em frente, segue a estrada

sem muito esperar da glória;

vida simples, devotada...

Se alguém ouvir tua estória,

nostálgica e merencória,

canta sempre, até por nada !...



Faze como o passarinho

que saúda a natureza,

enquanto busca um raminho,

com afã e singeleza,

p’ra construir o seu ninho:

- maior prova de beleza.



Sejam teus versos cantigas

que a gente escuta na rua;

pobres canções, mas amigas

como as estrelas e a lua;

pois a terra será tua,

longe de dor e fadigas...



Não temas crítica austera

e nem te afastes do tema,

sempre alcança quem espera...

Prosseguir ! seja o teu lema

e verás a primavera

cingir-te com seu diadema !...