quarta-feira, 28 de junho de 2017

CRÔNICA de Ialmar Pio Schneider

. Lá pelos idos do ano de 1967, quando cheguei em Canoas, recordo-me, ainda que vagamente, de duas bancas instaladas na praça da Emancipação em frente ao prédio dos Correios e Telégrafos, vendendo livros de literatura em geral. Como naquele tempo até hoje, a poesia fizesse parte de minha vida, adquiri, entre outros, três volumes de uma coleção que se chamava Panorama da Poesia Brasileira, ou seja, o Romantismo, o Parnasianismo e o Pré-Modernismo, apresentada por autores de renome quais Edgard Cavalheiro, Péricles Eugênio da Silva Ramos e Fernando Góes.  Mas o que mais me tocou sentimentalmente, por motivos de foro íntimo, foi um opúsculo de poesias românticas de Paul Géraldy, intitulado Eu e Você, traduzido por Guilherme de Almeida, cujo dístico inicial em francês diz: “Si tu m’aimais, et si je t’aimais, / comme je t’amerais!”, ou seja, “Se tu me amasses, e se eu te amasse, / como eu te amaria !” Desculpem-me a tradução literal, apesar do trocadilho italiano traduttori traditori (tradutor traidor).
         Mais tarde comporia um Soneto à Canoas, com os seguintes versos: Altaneira cidade do progresso / rumo ao destino imenso te projetas; / das indústrias, fenomenal complexo, / exemplo de trabalho em tuas metas ! // E irás rompendo curvas pelas retas / do amanhã promissor e do sucesso, / a fim de proclamarem os poetas / que em teu avanço não terás regresso... //
Jovem ainda, contas com o vigor / de teus filhos natos e adotivos, / cada qual dedicado ao seu labor / para te verem mais engrandecida / em teus empreendimentos e atrativos; / e onde transcorra normalmente a vida.
         Foi composto e publicado em 1982 e consta do meu livro Poesias Esparsas Reunidas.
     Desejo uma ótima Feira do Livro neste ano e meus parabéns a todos os participantes e leitores.

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quinta-feira, 15 de junho de 2017


SONETO DE MINHA AUTORIA PUBLICADO NA ZERO HORA DE 14.6.2017



quinta-feira, 16 de março de 2017


IALMAR PIO SCHNEIDER – TROVAS    http://ialmar.pio.schneider.zip.net/ 

51
"Quem ama sempre perdoa..."
diz um dito popular,
mas o desprezo magoa
por mais que se queira amar.
52
Eu faço trovas sentidas
nestas noites de luar:
são as "paixões recolhidas"
que não consigo olvidar.
53
"C'est la vie !", diz o francês
em meio do burburinho...
"Time is money !", diz o inglês
ao seguir o seu caminho...
54
Vamos em frente, vencendo
as agruras da jornada
e estaremos compreendendo
que não lutamos por nada.
55
Esperava o teu sorriso
em teus lábios e nos olhos;
quase perdi o juízo
quando me lançaste abrolhos...
56
Deve a trova ser singela
e atingir os corações;
quanto mais simples mais bela,
embora tenha "chavões".
57
Meus versos estão presentes
na tristeza e na alegria,
e nisso são procedentes
da luta do dia-a-dia.
58
Por que será que a saudade
traz tanta contradição ?!
Pode ser felicidade
e também desilusão...
59
A minha infância tão pobre
com tantas dificuldades,
mas não deixou de ser nobre,
pois dela sinto saudades.
60
Quem ler meus versos verá
que procurei ser feliz;
e afinal entenderá

que nunca tive o que quis.


sábado, 19 de novembro de 2016




Dia da Bandeira - 19 de novembro - Poesia esrita aos 14 anos em Getúlio Vargas - RS, na 2ª série ginasial em 1957.
Versos muito antigos, escritos dos l3 aos l6 anos de idade do autor, quando estudava em Getúlio Vargas (RS), no internato do Ginásio Cristo Rei, dos Irmãos Maristas, e fazia o curso ginasial do ano de l956 a l959, durante quatro anos.
A BANDEIRA DO BRASIL
I
Bandeira bela de cores,
Não posso te descrever,
Pois és mais bela que as flores,
Mais linda que o amanhecer.
II
Teu verde é parte maior,
Porque exprime florestas;
E campos cheios de amor,
Onde gaúchos têm festas.
III
A cor que exprime teu sol,
Também exprime teu ouro,
Que amarelo é o arrebol
E declina cor de ouro.
IV
Azul tão lindo o teu véu,
Tão lindo quanto este anil,
Que tinge este imenso céu
O céu deste meu Brasil.
V
Tua cor branca é candura
E exprime uma paz que existe
Em nossa terra tão pura
Que nunca pode estar triste.
VI
São estas cores mimosas,
Farrapo ideal e singelo,
As esperanças e as rosas
De um futuro grande e belo.
VII
Escuta meu pobre canto,
Dar-lhe mais brilho não posso,
Pois demais é o teu encanto
Que neste papel não o esboço.
VIII
Bandeira bela de cores
Não posso te descrever,
Pois és mais bela que as flores
Mais linda que o amanhecer.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016




Nascimento do escritor José Saramago em 16.11.1922 - Imagem da Internet
SONETO A JOSÉ SARAMAGO – Faleceu em 18.06.2010, ouvi a notícia pela televisão no intervalo do jogo da Alemanha e Sérvia, às 9h27min., desta data.
Ialmar Pio Schneider
Nobre escritor, poeta e romancista,
Em cujas páginas busquei seguir,
Seu ideal de enfático humanista,
Pelo qual labutava a refletir...
Com o Chico Buarque, na entrevista
Que dava ao Jô Soares, fez sentir
A sua indignação de socialista,
Ao perguntar: Por quê? Ao assistir
Os acampados da Reforma Agrária,
Que sob à lona preta sem conforto,
Sonhavam com um pedaço deste chão
Pra formar uma gleba societária.
E assim, permanecendo mais absorto,
Era o retrato da desilusão !
Porto Alegre, RS, Tristeza –
Às 10h12min de 18 de junho de 2010-06-18


terça-feira, 15 de novembro de 2016

AVE-MARIA

Ialmar Pio Schneider

Os sinos choram nestas tardes frias


O povo todo se recolhe e ora
Ouvindo esta voz que plange e chora
Todos se lembram das Ave-Marias.

Somente os ímpios estas almas frias
Nem se comovem com a voz que chora
E nem se importam co´o povo que ora
E reza à Virgem as Ave-Marias.

Ave Maria na terra doce luz
És a nossa bendita devoção.
Ave Maria todos ao céu conduz

Pela graça celeste divinal.
Ave Maria Sagrado Coração
Cheio de luz, nosso feliz fanal.

Getúlio Vargas (RS), junho de l959.