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Declamando Petiço Zaino de aprendiz de tropeiro de Ialmar Pio Schneider - poesia já publicada e que foi premiada pela Estância da Poesia Crioula.quinta-feira, 24 de julho de 2014
sexta-feira, 18 de julho de 2014
SONETO A LUIZ OTÁVIO – In
Memoriam – Dia do Trovador – Nascimento do trovador em 18 de julho de 1916 –
Ialmar Pio Schneider
Luiz Otávio foi dos
trovadores,
o Príncipe que divulgou a
trova
e a revestiu de uma roupagem
nova,
para que fosse a das mais belas
flores...
Pois em cada ano sempre se
renova
e vai angariando admiradores
que curtem os seus mágicos
amores,
das ardentes paixões, vívida
prova !
Em dezoito de julho é
celebrado,
Dia do Trovador, sempre
lembrado,
pois nasceu Luiz Otávio,
nesse dia.
E todos aos que a trova têm
paixão,
podem prestar-lhe em forma de
oração,
a homenagem de sua
nostalgia...
Porto Alegre – RS, 17 de
julho de 2011-07-17
às 18h16min. – Tristeza.
em 18.7.2011
sexta-feira, 11 de julho de 2014
SONETO A GUILHERME DE ALMEIDA - homenagem póstuma
Foto da Internet
Por ocasião da data de falecimento do poeta que foi também Príncipe dos Poetas Brasileiros.
Tudo muda, tudo passa,
neste mundo de ilusão,
vai para o céu a fumaça,
fica na terra o carvão !
Guilherme de Almeida
***
SONETO PARA GUILHERME DE ALMEIDA – homenagem póstuma – falecimento em 11.07.1969
Ialmar Pio Schneider
Dos poetas maiores que conheço,
um deles despertou-me alta emoção,
sua poesia trouxe-me o começo
para amar a saudade e a solidão...
Cantou que neste mundo de ilusão,
têm horas de prazer e de tropeço,
falando da fumaça e do carvão,
nos versos simples que jamais esqueço...
Também foi príncipe dos menestréis,
respeitado por todos seus fiéis
leitores dos poemas preferidos;
ó Guilherme de Almeida, nobre vate,
que aceitando reunir, num arremate,
nos brindou com “Meus Versos mais Queridos”!
Porto Alegre, RS, Tristeza,
em 10/06/2010
às 17h20min.
quarta-feira, 2 de julho de 2014
Tela de Glaucia Scherer
Poesia Premiada - imagem: tela de Glaucia Scherer
PETIÇO
ZAINO DE APRENDIZ DE TROPEIRO de IALMAR PIO SCHNEIDER
Pseudônimo:
Chiru Serrano
Velho petiço que eu tive
nos meus tempos de guri,
hoje eu me lembro de ti
e vou sentindo saudade,
esta mágoa sem idade
que sempre nos acompanha,
pois não se afoga com canha
e nem o fogo destrói
porque quanto mais nos dói
menos sentimos a sanha.
E vou recordando
agora
quando te punha o
lombilho
e meio saco de milho
numa mala de garupa,
depois saía num upa
rumo ao moinho do
rincão
donde eu trazia
então
a farinha pra
polenta
o que tanto nos
sustenta
e até dá pra fazer
pão.
Não esqueço nunca mais
daquele petiço manso
que nunca teve descanso
e foi o meu companheiro,
quando aprendiz de tropeiro
adquiria experiência
de tudo quanto a existência
vai tramando com enleios,
velho amigo de rodeios
na minha xucra querência!
E depois vim pra cidade
viver no meio do povo,
pensando em ti me comovo,
pois sinto barbaridade,
uma dor que o peito invade
e me vai tomando conta,
como quem anda de ponta
com o destino caborteiro
que nos leva no entrevero
e tanta vez nos afronta.
Eras o orgulho que
eu tinha
quando em manhãs de
domingo
no meio de tanto
gringo,
eu ia assistir à
missa.
Troteavas sem
preguiça
no teu maior
otimismo
me levando ao
catecismo
onde a gente se
prepara
pra ter vergonha na
cara,
não praticar
banditismo.
Sempre foste meu amigo,
onde andasse bem ou mal,
até que a sina fatal
nos separou de repente.
Numa tarde de sol quente,
deixando o pago pra trás
me despedi de meus pais
e vim morar por aqui;
depois, nunca mais te vi,
nem me viste nunca mais!...
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