quinta-feira, 30 de junho de 2016

CHICO XAVIER - 14 anos de sua passagem para o Mundo Espiritual.


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Pensamento:
Deus nos concede, a cada dia, uma página de vida nova no livro do tempo. Aquilo que colocarmos nela, corre por nossa conta."Chico Xavier
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SONETO A CHICO XAVIER – Passagem em 30.6.2002 –
Quando Chico Xavier desencarnou,
ficamos, todos nós, mais vulneráveis,
mas ele muitos livros nos deixou
com mensagens sublimes e louváveis...
Leiamos suas frases tão amáveis,
que sempre aos sofredores consolou,
pois são ensinamentos confortáveis,
plenos da caridade que pregou...
Tenhamos como exemplo de conduta,
sua existência humilde e compreensiva
de tanta abnegação e de labuta.
E com certeza hoje ele vive Além,
enviando sua bênção compassiva
para sermos discípulos do Bem !
IALMAR PIO SCHNEIDER
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30 de junho de 2012-06-30
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quarta-feira, 29 de junho de 2016

DIA DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO E DO PESCADOR - 29 DE JUNHO DE 2016


SONETO A SÃO PEDRO – Patrono dos pescadores -
Ialmar Pio Schneider
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São Pedro, Protetor dos pescadores,
Ouvi a prece de todos que lutam,
Lançando as redes às águas, labutam
Desde o nascer do sol em seus albores...


Em busca de alimentos, só escutam
O marulhar constante e sonhadores
Vogam no mar... são os trabalhadores
Que apenas com a natureza disputam...


Voltam à casa, após a longa viagem,
Em que enfrentaram ondas com a coragem,
Que Deus lhes dá e o santo os protegeu...


Trazem os peixes que alimentam lares,
Por que trabalham percorrendo os mares...
Foi para isto que o pescador nasceu !


Porto Alegre, RS, 29 de junho de 2010-06-28


http://ialmarpioschneider.blogspot.com/
EM 29.06.2010



segunda-feira, 27 de junho de 2016

DIA DE CANOAS - RS - 27.6.16 - 77 ANOS


.6.16 - 77 ANOS


DIA DE CANOAS - RS 27.6.2016 = 77 ANOS - VISTA AÉREA DA INTERNET


 

ANIVERSÁRIO DE CANOAS

 

IALMAR PIO SCHNEIDER

 

     Estamos em plena semana da comemoração do 71º aniversário da criação do município de Canoas, ocorrida em 27 de junho de 1939, conforme Decreto nº 7839 (Pequena História de Canoas - João Palmas da Silva - pág. 93), e a par deste evento foi realizada a 26ª Feira do Livro, promovida pelo Departamento de Cultura da SMDCJ. Lembro-me de quando cheguei em Canoas no distante ano de 1967 houve em frente aos Correios, duas bancas que vendiam livros, sendo, talvez, o embrião do nascimento da Feira. Adquiri diversos livros, um dos quais, Panorama da Poesia Brasileira - volume V - O Pré-Modernismo, organizado por Fernando Góes e nele encontrei uma pequena biografia e alguns poemas do escritor paulista de Cubatão (considerada a cidade mais poluída de São Paulo), em que constatei que ele nasceu em 29 de junho de 1890, aniversariando, portanto, neste mês, não obstante, tenha falecido em 1964. Consta que ele levou uma vida aventureira, tendo viajado clandestinamente para a Europa em um vapor que zarpava para lá, vagabundeando por Portugal e Espanha. Voltou ao Brasil e pouco tempo depois tornou a repetir a mesma aventura, dessa vez, indo para a Itália e chegando em Paris, onde exerceu estranhas profissões e só regressou a São Paulo, após jornadas de trabalho duro, graças ao auxílio do príncipe D. Luís de Bragança.

    De sua autoria, transcrevo abaixo, um poema, que traduz sua preocupação ao pequeno lavrador sem terra, cujo drama já vem desde longa data e que assim o descreveu: “Ao Bater das Enxadas - Afonso Schmidt - Revolve a terra, lavrador,/ Que anda por tudo o sol esparso/ Nessa explosão de vida e amor/ Que aos campos traz o mês de março !/ Florido enterro da semente/ No seio amigo de uma cova/ Para que surja viridente/ A planta e dê semente nova...// Mas, ai! Quando a Mãe Terra estremecer no parto/ E este húmus palpitar em fibra, em folha, em flor,/ Um outro colherá o que plantaste e farto/ Há de correr contigo, ó pobre lavrador !// Depois ao longo dos caminhos/ Órfão de amor, judeu sem lar,/ Errante como os passarinhos/ Que Junho-Mau faz emigrar,/ Verás o fruto abrindo em haste/ De um rubro sol ao doce banho.../ Fome terás, tu que plantaste/ E enriqueceste a algum estranho !// Não vás te revoltar contra essa dor suprema/ De ver teus filhos nus e ricos os ladrões;/ Dirão - “O mundo é assim, há quem cante e quem gema”/ Para os pobres somente ergueram-se as prisões !” (Janelas Abertas. Tip. A. Carvalho & Cia., S. Paulo, Dezembro, 1911, págs. 90-91.)

     E escreve Fernando Góes, na biografia do poeta: “Esse gosto pela aventura não o largará para o resto da vida, na ânsia de não se prender a nada, de em nada se fixar a não ser em suas preocupações com a arte, que compreende e exerce em função do povo. “Não sou um intelectual que serve ao povo - disse um dia - mas um homem do povo mesmo, que tem a faculdade de se exprimir em arte”. E sua poesia é bem o reflexo dessa confissão. Poesia onde revela intensa preocupação social, seu amor aos humildes, aos párias, aos deserdados, e que o leva a apontar - sem revolta, antes com lírica melancolia - desigualdades e injustiças sociais”.

     Por isto, aqui presto esta humilde e justa homenagem ao literato do povo que foi Afonso Schmidt, quando se comemora a data de aniversário do seu nascimento em 29 de junho de 1890, portanto, há 120 anos.      

 


EM 25.06.2010



 

segunda-feira, 13 de junho de 2016



SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA, MEDIADOR DE GRAÇAS


IALMAR PIO SCHNEIDER


     Pela comemoração de Santo Antônio, no dia 13 do corrente, ocorreu-me lembrar que fui batizado em uma capela da qual o santo era o padroeiro. Vem daí uma grande devoção que sempre lhe dediquei ao longo dos anos, sendo que lá na distante adolescência, numa inspiração juvenil de fé e esperança, compus os seguintes versos, em forma de soneto em redondilha maior: Santo Antônio sois o santo/ Que eu venero com amor.../ Me cobri com vosso manto,/ Oh! Meu meigo protetor !// Se hoje cai o meu pranto,/ Por eu ser um pecador,/ Inspirai meu pobre canto,/ Com delícias do Senhor.// Sejais vós o meu fanal,/ Para a minha salvação./ Me livrai de todo o mal.// Me dai o vosso perdão/ Oh! Meu santo celestial/ Sois a minha devoção...
     Acrescento que muitas metas que projetei tiveram sucesso pelos pedidos que lhe fiz. Sou-lhe muito grato por isto. Tenho em mãos um livro intitulado Antônio de Pádua – Um santo também para você, de Giovanni M. Colasanti  -  franciscano conventual, cujo prefácio encerra assim: “Mino Milani escreve: “Giuseppe Ungaretti, jovem poeta, durante a primeira guerra mundial era soldado nas trincheiras da linha de frente. Suspenso entre a vida e a morte, estava imerso em tristeza, dúvidas, sofrimentos, e não sabia a quem recorrer. Mas um companheiro, camponês, estava sempre sereno, confiante. Certo Dia, Ungaretti descobriu o motivo daquela confiança e, então, escreveu numa poesia: Aquele camponês/ carregava uma medalha/ de Santo Antônio e prosseguia tranquilo. Alguém pode ter ou não a medalha de Santo Antônio; no pescoço mas se possui no íntimo do coração a consciência de que santo Antônio olha lá de cima protegendo-o, então sim ! Como aquele soldado camponês prosseguirá seguro.” Eis porque santo Antônio é, ou poderá ser, um santo também para você. – Frei Giovanni M. Colasanti – franciscano conventual – Pádua, 4 de outubro de 1984.””   Estou a reler e que descreve a vida deste servo do Senhor com muita sabedoria. Já de início da leitura encontro a seguinte oração: “A Difícil Escolha de um Caminho – Não ! Não quero ser militar/ como alguns de meus amigos,/ e menos ainda/ pretendo viver protegendo e aumentando/ o patrimônio de meu pai !/ Mas quero lutar por um ideal maior,/ que preencha plenamente/ meu coração e minha mente: quero ser monge ! Quem, há séculos falava assim com um amigo, num dia qualquer de final de setembro, era um jovem chamado Fernando de Bulhões, nascido em Lisboa, Portugal, entre 1191 e 1195.” – pg. 7 do livro acima citado.
     Quando ingressou na ordem dos franciscanos vindo dos agostinianos, foi que, digamos, atravessando uma crise de identidade, adotou o nome de frei Antônio, como ficaria sendo chamado pelo resto dos seus dias aqui na Terra. Muito culto, foi insuperável pregador da palavra de Deus, tendo percorrido diversas cidades da Europa e fixando-se, finalmente, em Pádua, na Itália, de onde  originou-se o nome pelo qual ficou conhecido e venerado. Estava sempre ao lado dos pobres e falava-lhes, observando lições da natureza, como é o caso de – “Imitando os grous (aves pernaltas que voam em bando). Dizia-lhes: “tomem os grous como exemplo. Durante longas migrações de um lugar para outro, um deles coloca-se à frente do bando para cortar os ares e, assim, tornar menos fatigante o voo dos demais. Quando um deles se cansa, outro toma seu lugar. Durante o voo, para manter o bando unido e animar-se mutuamente, fazem grande alarido batendo os longos bicos. E se algum não consegue resistir ao longo voo? Os companheiros que lhe estão próximos juntam-se mais, ombro a ombro, e voando bem perto uns dos outros o sustentam até que consiga recobrar as forças. Quando estão em terra, não são menos solidários e prestativos. Durante a noite, quando o bando inteiro dorme, um (sobre dez) vigia em rodízio para dar o alarme, se houver perigo à vista” – pg. 89 do citado livro.
     Tem-se aí um exemplo de solidariedade e amor que as pessoas deveriam seguir para o bem de todos. Muitas outras passagens relatava em suas pregações, exortando aos ouvintes para se amarem uns aos outros assim como Cristo os amou. Abençoava os jovens e os doentes com uma pequena cruz, olhando para o céu e rezando: “O Senhor os proteja e livre de todo mal”. Obrigado e até mais...

     Cronista e poeta - colaborador

   Publicado em 22 de junho de 2005 – no Diário de Canoas.