quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Crônica de Ialmar Pio - Feliz Ano Novo de 2012 - Imagens da Internet



PROMESSA DE ANO-NOVO






IALMAR PIO SCHNEIDER






Ao iniciar um novo ano voltam as promessas... que se as fazem sempre. Alguns prometem não mais fumar e outros que nem eu, invariavelmente, que vão emagrecer. Tenho adquirido os mais diversos livros neste sentido. Apenas para nomear alguns aqui: Só é Gordo Quem Quer, de João Uchôa Jr., Mantenha-se Saudável com o Dr. Minuzzi - obesidade - Programa de Emagrecimento Definitivo, de Antônio Carlos Minuzzi, Emagreça Comendo, Dr. Lair Ribeiro, e por último, um best-seller - (primeiro lugar na lista do The New York Times) - A Dieta de South Beach, de Arthur Agatston, M. D., e continuo obeso. Este ano, porém, faço um firme propósito de perder peso, não digo voltar aos meus 66 quilos, mas também não continuar com os meus 98 quilos, atualmente. Perguntar-se-ão: o que me faz explanar isto agora ? É um compromisso que me faço publicamente, diria eu, para conseguir meu intento há tanto tempo perseguido.


O que escreveu o Dr. Lair Ribeiro, já o vi gordo e depois magro, em programas de televisão, julguei de muito fundamento: “Se você pesa mais do que gostaria, está na hora de usar, corretamente, seu poder mental. Embora existam mais de 200 diferentes dietas no mercado, estudos americanos mostram que 95% das pessoas que “perdem peso” apenas através de dieta, num período de doze meses praticamente recuperam o peso perdido. Se você possui Estrutura Psicológica de gordo, não adianta torturar-se para emagrecer, porque o peso vai voltar. Algum dia você chegou a pensar que seu metabolismo pode ser modificado através de seu poder mental ?”(...) Na esteira desta informação vou procurar obter sucesso...


Sirvo-me de umas ideias que li e das quais compus o soneto abaixo, já faz alguns anos, e que é assim: Soneto da Libertação --- “Quero o caminho da libertação/ para seguir na vida mais confiante,/ se alimentava mórbida ilusão/ procurarei bani-la, doravante.// Preciso estar alerta a todo instante/ e suportar a humana condição,/ minha vigília deve ser constante/ neste mundo envolto em turbilhão...// Levo comigo a chama da esperança/ e apesar dos percalços da existência/ tenho fé, tenho amor, tenho confiança...// Não mais serei o náufrago perdido/ pelos mares da angústia e da impaciência,/ porque vencendo-me, terei vencido !” - Canoas - 29-01.85 - Consta de meu livro Poesias Esparsas Reunidas, pg. 133. Socorro-me deste pensamento para libertar-me da obesidade, ao menos com a força de vontade, ou melhor, boa vontade, digamos que deverei implementar para atingir meu objetivo, que de resto, não é mais do que para a minha saúde e bem-estar. Faço-o, repito, pra me impingir este compromisso comigo mesmo. Quantos já o fizeram ?


Mudando de assunto e como estamos em pleno verão e o mar se nos convida a visitá-lo, na minha condição de escrevinhador de versos desde sempre, me permito transcrever abaixo meu: Soneto ao Sol - “Nesta tarde sem chuva até parece/ que a claridade abraça nossa terra,/ o sol risonho aos poucos se descerra/ e alegremente brilha e resplandece...// Oh! Rei dos Astros, quanta luz encerra/ tua mensagem pura como a prece,/ minh’alma consternada te agradece/ a paz que trazes afastando a guerra !// Fugindo ao teu calor, buscando as águas,/ a Humanidade olvida suas mágoas/ e vai achar sossego à beira-mar...// Fazes crescer a planta com carinho/ que produz folha, flor e até o espinho;/ e as folhagens enfeitando o Lar.”- Canoas - 16 de fevereiro de 1984 - idem, idem cfe. acima. -pg. 86


Sobre o assunto principal destas linhas, não abdico de continuar meu empenho em consegui-lo,e desejar a todos um ano próspero e que as promessas que se fizerem sejam concretizadas.


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Poeta e cronista - E-mail: menestel@brturbo.com






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EM 31.12.2008



quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Soneto de Ialmar Pio - Falecimento do poeta Olavo Bilac em 28.12.1918 - Imagem: retrato do poeta na Internet




S O N E T O    A    O L A V O    B I L A C


(In memoriam)






Jamais se extingue o mágico talento


que ao verso devotava o gênio culto


e lendo teus poemas eu exulto


ao ver tamanho amor e tanto alento.






Ourives da poesia, nunca o insulto


de abandonar a forma ou o sofrimento


de sentir relegada ao esquecimento


tua Profissão de Fé, sublime culto !






Enquanto nossa Língua tão sonora


tiver o gosto amargo da saudade,


no peito de quem ama ou de quem chora






não morrerá a música do verso,


a quem deste um sabor de eternidade


na infinita amplidão deste Universo !


____________________________


Ialmar Pio Schneider






CANOAS,21.10.83 - O TIMONEIRO - PÁG. 15

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em 26.6.2011

sábado, 24 de dezembro de 2011

Soneto de Natal II de Ialmar Pio - Imagem: presépio na Internet




SONETO DE NATAL II







Ialmar Pio Schneider






Quando chega o Natal as almas creem;


e lembram do Menino que nasceu


na manjedoura pobre de Belém,


pois eu penso que não existe ateu...






O ser humano neste mundo vem


para seguir a estrada que escolheu,


porquanto não se sabe de ninguém


que por aqui passou e não sofreu...






Que a Paz se estenda a toda a Humanidade


para que aprenda o exemplo de bondade


da Sagrada Família de Jesus...






Que os corações de todas as pessoas


se irmanem a viver só coisas boas,


iluminados por Divina Luz !






Porto Alegre – RS, 23 de dezembro de 2011,


às 16h37min. – olhando as águas do Guaíba –


Bairro Tristeza.










CLIQUE EM






http://www.sonetos.com.br/sonetos.php?n=19927






Vote em meu soneto. Me dê esta força. Agradeço-lhe.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Trova de Ialmar Pio - NATAL - Imagem: Papai Noel na Internet




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TROVA de IALMAR PIO
TROVA lendo Iracema de José de Alencar, aproveitando o tema:






NATAL






Eu peço ao Papai Noel,






num ardor sentimental,






"a virgem lábios de mel",






meu presente de Natal !






Ialmar Pio








Escrito por IALMAR PIO às 18h11


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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Soneto de Ialmar Pio - Falecimento do poeta Bocage em 21.12.1805 - Imagem: retrato do poeta na Internet



SONETO A BOCAGE, na data do seu aniversário - - 15 de Setembro - . -







Bocage, que chorastes vosso pranto


nos versos cruciais e derradeiros,


dos sonetos de dor e desencanto,


tão realistas quanto aventureiros!...






Mas, fostes o poeta que no canto


lírico dos amores verdadeiros,


soluçastes e padecestes tanto,


pelas Musas dos sonhos mais fagueiros...






Lamentando d´Elmano a triste sorte,


conseguistes galgar os graus da fama,


de magno sonetista português...






E não sei se houve alguém de altivo porte,


que vos pudesse suplantar na gama,


porque creio que assim ninguém o fez!






IALMAR PIO SCHNEIDER
 
 

sábado, 17 de dezembro de 2011

Soneto de Ialmar Pio - Falecimento da escritora Marguerite Yourcenar em 17.12,1987 - Imagem: retrato na Internet





SONETO A MARGUERITE YOURCENAR – In Memoriam – Nascimento da escritora em 8.6.1903 - . – ao escritor e jornalista Walter Galvani.






Ialmar Pio Schneider






Outrora li “Memórias de Adriano”,


da autora Marguerite Yourcenar,


que tendo sido Imperador Romano,


soube com sapiência governar...






Foram vinte e cinco anos a pesquisar,


disse Walter Galvani em texto lhano,


que a escritora levou para criar


o memorial do grande soberano...






E quinze vezes leu o livro culto,


dizendo “que nos sirva de lição”,


esse trabalho ingente de valor !






Pode deixar... que a frase toma vulto,


e aqui lhe aviso, agora, de antemão,


há de ser minha meta este labor !...






http://www.sonetos.com.br/sonetos.php?n=18670










Porto Alegre – RS, 8 de junho de 2011 – às 13h7min.,


olhando as águas reluzentes do Guaíba – Tristeza.






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em 8.6.2011



sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Crônica de Ialmar Pio - Imagens: retratos do compositor e do poeta na Internet






BILAC (O Príncipe dos Poetas) e BEETHOVEN (O Gênio Musical do Mundo), ambos de 16 de dezembro...






IALMAR PIO SCHNEIDER






Na Escola da Poesia Parnasiana Brasileira, destaca-se Olavo Braz Martins dos Guimarães Bilac (nome completo que forma um perfeito verso alexandrino que ele tanto empregou em suas poesias), como um dos mais populares, até hoje lido e recitado pelos pares enamorados. Em sua História da Literatura Brasileira, Sílvio Romero, assim se refere: “Se Teófilo Dias é o mais ardente, Raimundo Correia o mais sereno, Alberto de Oliveira o mais artista destes poetas, Olavo Bilac é o mais espontâneo, o mais natural de todos eles. Os versos lhe saem correntios, deslizam-lhe doces, maviosos, como se fossem falas decoradas e repetidas sem o mínimo esforço. Em suas composições avultam dois gêneros principais: idealizações históricas, feitas com invejável maestria, e efusões amorosas como não há melhores em línguas românticas”.


Escrevo estas linhas, lembrando que seu aniversário de nascimento ocorre em 16 de dezembro. Há alguns anos dediquei-lhe um soneto para celebrar-lhe a passagem por aqui, magnânimo bardo brasileiro que despertou tantas paixões. Consta do meu livro Poesias Esparsas Reunidas: SONETO A OLAVO BILAC---------In memoriam------Jamais se extingue o mágico talento/ que ao verso devotava o gênio culto/ e lendo teus poemas eu exulto/ ao ver tamanho amor e tanto alento.// Ourives da poesia, nunca o insulto/ de abandonar a forma ou o sofrimento/ de sentir relegada ao esquecimento/ tua Profissão de Fé, sublime culto !// Enquanto nossa Língua tão sonora./ tiver o gosto amargo da saudade,/ no peito de quem ama ou de quem chora/ não morrerá a música do verso,/ a quem deste um sabor de eternidade/ na infinita amplidão deste Universo !


Enquanto vou lendo suas poesias, escuto as sinfonias do gênio musical insuperável Ludwig Van Beethoven, cuja data de nascimento também ocorreu em 16 de dezembro. De posse de sua carta testamento escrita em Heiligenstadt, no dia 6 de outubro de 1802, traduzida pelo maior escritor gaúcho, quiçá brasileiro, Érico Veríssimo e declamada pelo grande ator Paulo Autran, restrinjo-me a transcrever apenas o seu Post scriptum no dia 10 de outubro de 1802: “Assim me despeço de ti, com tristeza. Sim a doce esperança que até agora me tem acompanhado, abandona-me de todo. Como as folhas de outono que murcham – ela secou para mim. Vou-me embora como vim: a coragem que me susteve tantas vezes nos dias de verão desapareceu. Oh! Providência, faze-me conhecer ainda uma vez um puro dia de alegria! Há tanto tempo que a ressonância profunda do verdadeiro contentamento me é estranha! Quando, ó divindade, poderei eu ainda senti-la no templo da natureza e dos homens? Nunca? Não! Oh! Isso seria cruel demais!”


A vida do compositor insuperável de todos os tempos, a quem se referiu Mozart, em Viena, em 1787, ouvindo-o improvisar exclamou: Eis um rapaz de quem muito se falará em todo o mundo. - tinha ele dezessete anos, foi muito atribulada e na maturidade foi atingido pela surdez que o prostrou cruelmente. Pode-se dizer que viveu para a música, os seus 56 anos, tendo falecido vítima de um resfriado e de hidropisia. Sua obra-prima foi a IX Sinfonia ou Coral, à qual tive a oportunidade de assistir pela OSPA, tempos atrás. É magnífica !


Quis prestar esta modesta homenagem ao poeta e ao músico, que nasceram num mesmo dia e que me deliciaram com suas obras numa tarde quente de fim de primavera e inicio de verão. Que suas almas encontrem a paz e a luz onde estiverem, pois ambos fizeram neste planeta muito de emoção aos corações sensíveis! Valeu a pena sua existência e Deus os tenha em sua glória ! Até outra oportunidade...










DIÁRIO DE CANOAS VIRTUAL EM 16.12.09


Poeta e cronista – E-mail: menestrel@brturbo.com


Publicado em 30 de março de 2005 – no Diário de Canoas.

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em 16.12.2010

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EM 16.12.2008

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Crônica de Ialmar Pio - Falecimento do escritor José de Alencar em 12.12.1877 - Imagem: retrato do escritor na Internet

José de Alencar



UMA PEQUENA OBRA-PRIMA


IALMAR PIO SCHNEIDER


Por esses dias, sem querer querendo, ao vasculhar certos livros depositados em prateleira de uma estante da minha desorganizada biblioteca, enxerguei um opúsculo que me chamou a atenção e despertou-me certa nostalgia de uma época distante já envolta na névoa do passado. Lembrei-me da ocasião em que li pela primeira vez o romance poético Iracema, de José de Alencar, lá pela década dos anos 50, quando cursava o antigo curso ginasial. Aquelas páginas que me embeveceram a juventude outrora e me suscitaram, conjuntamente com outras obras, o espírito para a poesia, estavam a merecer uma releitura, pois além do mais, recordar é viver. E neste intuito abri o livro e comecei a ler o início do sentimental poema em prosa do nosso romancista, considerado o maior expoente nacional no gênero indianista, cuja culminância se deu com o Guarani. Mas fiquemos com o citado Iracema, cujos versos assim principiam: “Verdes mares bravios de minha terra natal, onde canta a jandaia nas frondes da carnaúba; Verdes mares, que brilhais como líquida esmeralda aos raios do Sol nascente, perlongando as alvas praias ensombradas de coqueiros; Serenai, verdes mares, e alisai docemente a vaga impetuosa, para que o barco aventureiro manso resvale à flor das águas”.


Percorro algumas linhas e surge o leitmotiv da história: “Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema. Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado”. Daí por diante sinto uma aura de poesia impregnando as páginas que se seguem, cantando o amor que une duas almas que se encontraram em meio às ínvias matas tropicais da exuberante natureza americana. E o estrangeiro Martim, o filho de guerreiro, é aceito por Araquém, o pai de Iracema, em cuja cabana fica hospedado. Tudo acontece de acordo com os ritos nativos da nação indígena, magistralmente engendrado pelo autor.


Escrevo estas breves considerações a respeito desta pequena obra-prima da literatura brasileira por devotar-lhe uma particular simpatia pelo que representa de romanesco e poético. O final melancólico ainda deixa uma certa impressão de amargura e saudade nas seguintes palavras:


“A jandaia cantava ainda no olho do coqueiro; mas não repetia já o mavioso nome de Iracema. Tudo passa sobre a terra”.


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Poeta e cronista


Publicado em 29 de novembro de 2000 - no Diário de Canoas.






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- EM 1212.2008


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em 1.5.2011

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Soneto de Ialmar Pio - Imagem: aquarela de Ângela Ponsi



S O N E T O



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Ialmar Pio Schneider
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A noite está chegando e sopra o vento;


as árvores balançam sem cessar,


esta canção que soa como um lamento


parece vir de longe, vir do mar...






Escutando-a me ponho a meditar:


onde estejas, talvez, neste momento


e se amaste e não queres mais amar,


por que viver um drama tão violento ?!






Pois, quem sabe dirás, quando sozinha:


“O que afinal meu coração anseia ?”


E nem hás de supor quanto és mesquinha...






Oh! vem comigo olhar a lua cheia,


e te sabendo finalmente minha,


eu serei teu, fantástica sereia !


_______________________________


Canoas - dezembro de 1981


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Publicado na pág. 12 de O TIMONEIRO de 23.4.82 de CANOAS(RS)






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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Poesia gauchesca de Ialmar Pio Tressino Schneider - Imagem do rodeio na Internet



VERSOS AO 12º RODEIO DE VACARIA
***
Ialmar Pio Tressino Schneider
***

Para saudar os gaúchos


irmanados no Rodeio


de pingo alçado no freio


laçando com galhardia,


trago aqui minha poesia


que num último arremate


eu compus tomando mate


nos pagos de Vacaria.






Vaqueiros de toda parte:


do Brasil, do Paraguai,


da Argentina, do Uruguai,


Chile, Texas e Arizona,


cuja bravura se entona


cultivando a Tradição


como a maior devoção


à mãe terra redomona.






Tauras e prendas faceiras


neste conclave sem luxo


trazem o culto gaúcho


legado dos ancestrais.


Domadores de baguais,


trovadores e gaiteiros,


todos bravos e altaneiros


cada qual é mais audaz.






Meu verso não é de longe,


é ali de trás da coxilha


mas feito de uma tropilha:


sangue luso e castelhano,


de charrua, do minuano,


do imigrante ou guarani,


acolherados aqui


neste recanto serrano.






E arrematando no mais


meu canto xucro e nativo,


golpeio o mate do estrivo


em qualquer lugar que ande...


Meu verso sempre se expande


quando se encontra inspirado


junto ao chão abençoado


da Porteira do Rio Grande!...






VACARIA (RS), janeiro de l978.






Do livro em preparo: “Verso Xucro e Recuerdos do meu Rincão”.






- Versos gauchescos


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em 7.7.2010



domingo, 4 de dezembro de 2011

Soneto de Ialmar Pio - Falecimento do cantor e trovador repentista gaúcho Gildo de Freitas em 4.12.1982 - Foto na Internet



OUÇA - CLIQUE EM

http://letras.terra.com.br/gildo-de-freitas/1558388/#selecoes/1156971/

***

SONETO A GILDO DE FREITAS – In Memoriam – Nascimento do trovador repentista gaúcho em 19.6.1919 - -







Ialmar Pio Schneider










Dezenove de junho foi o dia


em que nasceu o Rei dos Trovadores


repentistas gaúchos, que sabia


também ser um dos grandes cantadores...






Houve uma trova em que cantou louvores...


Padre Rubens Pilar o desafia


e cantam demonstrando seus pendores


na inteligente e nobre cantoria.






Gildo de Freitas tinha vocação


pra cantar de improviso muitos versos


que fazia com naturalidade...






Onde houver à gaúcha tradição,


recuerdos a lembrar feitos diversos,


seu nome vai viver barbaridade !






Porto Alegre – RS, 19 de junho de 2011-06-19


às 0h51min. – Tristeza



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em 19.6.2011


CLIQUE EM

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VOTE NO SONETO. ME DÊ DESTA FORÇA. AGRADEÇO-LHE.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Soneto de Ialmar Pio publicado no jornal COMUNIDADE Zona Sul - Porto Alegre - RS em novembro de 2011 - Imagem na Internet



CLIQUE EM


http://www.sonetos.com.br/sonetos.php?n=6208

Vote em meu soneto. Me dê esta força. Agradeço-lhe.




A O L E I T O R


____________________________


Ialmar Pio Schneider






Quando escrevo me assalta um pensamento


indeciso de não saber a quem


possa atingir meu louco sentimento


e duvidar assim não me faz bem...






Espero apenas que o meu sofrimento


não vá prejudicar... ferir ninguém...


Ponho aqui realidade e fingimento


para a escolha daqueles que me lêem.






Segue junto comigo se te apraz


conhecer solidão e fantasia,


às vezes desespero, às vezes paz:






meus “Sonetos e Cânticos Dispersos”


dizendo que no mundo da poesia


cada qual é o poeta dos seus versos...






(Do livro “SONETOS E CÂNTICOS DISPERSOS”,


em preparo).






CANOAS, 20.4.84 - O TIMONEIRO - PÁG. 17


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em 04.12.09


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EM 25.07.2009


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em 25.6.2011


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em 28.6.2011

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Trovas de Ialmar Pio - Aquarela de Ângela Ponsi

Aquarela de Ângela Ponsi







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TROVAS de IALMAR PIO - AQUARELA de ÂNGELA PONSI


TROVAS


1


A trova é o verso que nasce


de um coração sonhador;


fica estampada na face


de quem vive um grande amor !

2

Versos de amor quando os faço


me causam tanta emoção;


cada palavra é um pedaço


que arranco do coração !


3


És a força que eu preciso


para deixar de sofrer.


Oh ! querida, toma juízo


e vem comigo viver !


4


Quantos versos escrevi


sem que pudesse entendê-los...


Agora me encontro aqui


a lembrar os teus desvelos...





Escrito por IALMAR PIO às 14h
[ (1) Apenas 1 comentário] [ envie esta mensagem ]
 
[luizaSoaresBenicio de Moraes] [luizabeniciomoraes@yahoo.com.br]

São sempre benvindos seus poemas e trovas.Parabens!


20/08/2010 15:51

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Sonetilho de Ialmar Pio - Imagem: flores na Internet


SONETO EM REDONDILHA MENOR (5 sílabas poéticas) - em 10.9.2011 - .



Se tens esperança,


procures alguém


que a tenha também


pra tua confiança;






porque não convém


entrar numa dança


na qual não se alcança


algum querer bem.






Assim a existência


com tua paciência,


irás desfrutar






e por muitos anos,


sem ter desenganos,


poderás amar...






IALMAR PIO SCHNEIDER
 
***
 
Clique em
 
http://www.sonetos.com.br/sonetos.php?n=19787
 
Vote em meu soneto. Agradeço-lhe.
 

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Crônica de Ialmar Pio - Nascimento do saudoso poeta Nelson Nilo da Lenita Fachinelli em 9.11.1935 - falecido em 26.4.2006 - Imagem: foto na Internet

Nelson Fachinelli


O FUNDADOR DE CASAS DO POETA



In Memoriam a Nelson da Lenita Fachinelli


IALMAR PIO SCHNEIDER




Foi lá pelos idos de 1982 que conheci o poeta e literato, Nelson da Lenita Fachinelli, o vulgo “operário das letras”, que por muitos anos preside e carrega em seus ombros o encargo de manter viva e atuante a Casa do Poeta-Rio-Grandense, cuja fundação nos remete ao longínquo 24 de julho de 1964. Residia por aquela época, o nobre companheiro, no Bairro Cristal, na rua Dr. Campos Velho, a “faixa preta”, ainda tão citada hoje em dia. Lembro-me que fui de táxi e ele me disse depois que não precisava fazê-lo por este meio de transporte, porque passavam por ali lotações e ônibus. Em todo caso não havia me dado conta disto e agradeci-lhe a informação. Bem que eu poderia ter economizado uns cobres.


Naquele distante ano participei pela primeira vez de uma antologia organizada por ele, Trovadores do Rio Grande do Sul, de que participavam também outros nove consagrados poetas e que lançamos na Feira do Livro de Porto Alegre, em 13 de novembro de 1982. Foram dezesseis trovas, sendo a primeira: A trova é o verso que nasce/ de um coração sonhador;/ fica estampada na face/ de quem vive um grande amor !


E a última, ou seja a décima sexta, diz: O vento leva o meu verso,/ - afinal nada o detém -/ pelos confins do Universo/ e pra quem me queira bem.


O que me leva a prestar esta homenagem é o sonetista que ele também demonstrou ser, notadamente pelos dois sonetos a seguir: “UM ROSTO DE MULHER--Nelson Fachinelli/Hoje estive relendo comovido,/as cartas que você mandou-me outrora/quando ainda sentia-me iludido/por quimeras que o tempo jogou fora.//É mesmo assim a vida... o tempo ido/não há aquele ser que não o chora,/embora o coração, nele ferido/tenha sofrido mágoas, hora a hora.//Nosso romance que durou tão pouco,/mas quase fez de mim um triste louco/teve bem um desfecho inacabado.//Por isso, que prossigo procurando/achar nas que, por mim, vivem passando,/um rosto de mulher, do meu passado !”


E este outro, místico e em que lembra as reuniões do Cafezinho Poético, no Restaurante Dona Maria, na José Montauri, de tão saudosa memória: “QUANDO A MORTE CHEGAR...Nelson Fachinelli--/Quando a morte chegar em meu árduo caminho,/que venha sem alarde, sorrateiramente:/de olhos abertos vou aguardá-la, com carinho/como aquele que espera a amada, longamente...//Quando a morte surgir... hei de ir tão sozinho/tal como vim ao mundo - voluntariamente./Vou partir sem lamúria, bem devagarinho/como quem sabe que vai voltar novamente...//Quando eu me for... não quero, por favor, tristeza./Eu auguro uma longa ronda de beleza,/de quentes cafezinhos, poemas e canções.//Aos que eu feri, perdão, rogo por meus pecados,/aos que meu mal quiseram, estão perdoados,/pois só deve reinar Amor nos corações !”


Mas esta é uma minúscula faceta do dinâmico poeta e trovador que tem se esmerado na fundação de diversas Casas de Poetas no Estado, inclusive há pouco tempo em nossa cidade de Canoas, juntamente com a presidente Maria Santos Rigo, batalhadora incansável na divulgação da cultura. Uma de suas trovas do livro Cantigas de Amor e Paz, diz o seguinte: “Sou herdeiro de Esperança/ num mundo que não é meu:/ - a minha única herança/ é a vida que Deus me deu !” Ele assim se considera...


Sua figura característica, percorrendo as ruas a carregar uma pasta e uma sacola de livros e convites e avisos, lembra um Dom Quixote enfrentando os moinhos de vento, a passear seu ideal aventureiro. Dir-se-ia um Cavaleiro Andante.


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Poeta e cronista - E-mail: menestrel@brturbo.com


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em 24.7.2010


NO JORNAL DE NH em 24.7.2010

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Soneto de Arvers - tradução de Ialmar Pio Schneider - Falecimento do poeta Félix Arvers em 7.11.1850 - Imagem: retrato na Internet

Félix Arvers


SONETO DE ARVERS
Félix Arvers – (1806-1850) – poeta francês


Minh´alma tem segredo e a vida seu mistério,


um amor eternal no instante conhecido,


o mal sem esperança é também muito sério,


mas aquela que o fez jamais terá sabido.






Ai de mim ! Passarei perto dela perdido,


sempre junto a seu lado e, no entanto, gaudério,


e terei justamente aqui meu tempo térreo,


não ousando pedir e nada recebido.






Por ela, que Deus fez de espírito tão brando,


ela caminhará, distraída e ignorando


o murmúrio de amor que aos seus passos irá;






para austero dever, piedosamente fiel,


dos meus versos dirá, repletos do seu mel:


“Que mulher será esta? E não compreenderá.










Tradução de Ialmar Pio Schneider






Porto Alegre – RS, 6 de novembro de 2011-11-06






http://www.sonetos.com.br/sonetos.php?n=19750



sábado, 5 de novembro de 2011

Soneto de Ialmar Pio Schneider - Aquarela de Ângela Ponsi

Aquarela de Ângela Ponsi

SONETO

Ialmar Pio Schneider


Os versos que escrevi me trazem, hoje,


à lembrança, aventuras que sonhei,


mas vivo a presenciar que o tempo foge


e aquelas metas nunca realizei...






Posso dizer que alguém eu muito amei,


e sem usar a culta metagoge,


deva esquecê-la... como poderei?


para que deste carma me despoje?!






Mas as minhas poesias ´stão aí


e formam os momentos que vivi,


sempre cantando tristes madrigais...






Se algumas penas sofro nesta vida,


são o produto da missão cumprida,


procurando no amor meus ideais !


Porto Alegre – RS, 5 de novembro de 2011, às 13h32min., Bairro Tristeza.