quarta-feira, 30 de dezembro de 2015









SONETO PARA O ANO-NOVO
IALMAR PIO SCHNEIDER
Há quanto tempo não escrevo um verso,
De amor ardente ou de filosofia…
Quem me dera, fazê-lo neste dia
De Ano-Novo no esplêndido Universo !
Vede a luz que dos céus tanto irradia
Raios difusos quando me disperso
Em pensamentos e me vejo imerso
No mar azul da linda fantasia !…
E quem sinto povoar-me a solidão,
nessas horas em que o sol vai se pôr ?!
– Posso dizer que é uma grande paixão !
E aquela que a causou não vou falar,
Talvez nem saiba compreender o ardor
De minh´alma… Terá que adivinhar !
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Publicado no Almanaque Gaúcho da ZERO HORA, de hoje, 29 de dezembro de 2015.
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terça-feira, 22 de dezembro de 2015


Presépio no Santuário Nossa Senhora da Salette em Marcelino Ramos - RS 


Soneto publicado no Almanaque Gaúcho do jornal Z|ero Hora  -


Feliz Natal e próspero ano novo de 2016


terça-feira, 8 de dezembro de 2015



SONETO à Florbela Espanca – Data de aniversário e morte da divina poetisa portuguesa, *8.12.1894  - +8.12.1930

IALMAR PIO SCHNEIDER

Foi amando teus versos que aprendi
a soluçar também o mal do amor,
nos desencontros e no frenesi
que envolveram meu estro sonhador...

Soubeste extravasar todo o calor
que sentias, assim como senti,
das paixões que me fazem ser cantor
dos mesmos temas que provêm de ti.

Ó divina poetisa, os teus tormentos
expressos na poesia e nos lamentos,
que soluçaste, fazem-te imortal...

Ninguém foi tão sincera e tão brilhante,
fazendo versos de mulher e amante,
enaltecendo sempre Portugal !

Porto Alegre, RS, Tristeza,
em 28.6.2010 às 13h10min.

em 8.12.2010

em 8.12.2010


em 8.12.2011


quinta-feira, 3 de dezembro de 2015







SOBRE ‘PHOTOPLASMA’ DE CHARLES KIEFER

IALMAR PIO SCHNEIDER

         O texto abaixo foi confeccionado em preleção ministrada pela professora Maria Luíza Bonorino Machado - Mestre em Literatura/UFRGS, na Oficina Literária - O conto gaúcho, em 10 de julho de 2002, no Centro Municipal de Cultura - Biblioteca Pública Municipal Josué Guimarães, à Av. Érico Veríssimo, 307 - P. Alegre, em cima do conto e autor à epígrafe.
         Aparecera aquela fotografia em meio aos papéis antigos que ele guardara em seu arquivo. A pessoa que estava retratada nela ostentava um bigode largo. Apesar de ter praticado um crime medonho, aparentava uns traços fidalgos. Recordou-se que ao chegar ao paço, havia um preto de libré no conto de Machado de Assis. Por que ficar tantas tardes vazias a vasculhar esses papéis velhos ?  Se não fosse por isto acreditaria que se tratava de uma casa de loucos.
         Naquele tempo passavam-se as noites em saraus e bordados até altas horas. Lembrou-se de que o braço esquerdo havia sido destroncado e agora o tinha em uma tipóia. Pensou que fora um pequeno acidente e distante estava ainda o sarcasmo da morte. Por isso, apesar de certo temor, desatou num riso inconsciente. Desejou tomar algo e não o fez, pois teve receio de que havia veneno no leite que se encontrava num litro na cozinha.

A crônica de um conto

         Solicitam-me que escreva um conto sobre um dos seguintes temas: Uma Estrada no Bosque ou Um Caçador contemplando uma fogueira. Ambos para minha verve são difíceis, apesar de já haver percorrido, num tempo remoto da minha infância, nas matas de minha terra natal, cujo nome diz tudo - Sertão - algumas trilhas, justamente na condição de caçador de passarinhos. Mas ficar contemplando uma fogueira ?  Nunca presenciei tal cena, somente em filmes tenho a impressão... Faz muito tempo, inclusive.
         São aquelas estórias de Robin Hood ou Tarzã (quem sabe !) que me atraíam sobremaneira no rústico cinema de aldeia em que nós assistíamos às fitas referidas, nos fins de semana. Apareciam as selvas com rios enormes e cipós gigantescos. Entretanto, em minha memória isso está quase apagado. A vida foi passando repleta de outras agruras que não aquelas de menino aventureiro e solitário. Nem fui um caçador contemplando uma fogueira, apesar de haver percorrido uma estrada no bosque, digamos, preferindo outras modalidades de caça. Apenas andei desfiando alguns versos que constituem a mochila que me acompanha, qual o soneto: “Consolação  - ‘Os meus versos não servem mais pra nada; / quero jogá-los fora, pobres versos, / foram meus companheiros de jornada / nos momentos felizes ou adversos ! // Muitos escritos pela madrugada, / tristes soluços na paixão imersos / parecem uma história inacabada / com fragmentos avulsos e dispersos... // Entretanto, por que jogá-los fora ? / se nasceram do fundo de minh’alma / e já não servem pra mais nada, agora ? ! // São versos pobres, versos, enfim, tristes, / mas fazem que eu mantenha a minha calma / e me dizem que tu neles existes...’”
         Pode que não seja um conto o que acabo de escrever. Entretanto, esforcei-me para que o fosse - bem sei - é um pedaço desta existência, quiçá de contista frustrado. Ou devo insistir e não abandonar o barco em que navego por águas ainda desconhecidas ? -  (desculpem os clichês - foram inevitáveis).  Espero não sofrer um naufrágio e ancorar em porto seguro...
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   Cronista e poeta
   Publicado em 07 de agosto de 2002 - no Diário de Canoas.
EM 04.07.2009
EM 04.07.2009
29.05.2010
em 14.10.2010
em 25.4.2011




quarta-feira, 2 de dezembro de 2015




Nas Águas Termais em Marcelino Ramos - RS, de 26 a 30 de novembro de 2015 - em frente ao hotel e na piscina do balneário.