O CURA D’ARS: UM EXEMPLO A
SEGUIR...
IALMAR PIO
SCHNEIDER
Já faz muitos anos, na minha pré-adolescência, lembro-me com certos
resquícios de nostalgia, assisti a um filme que me impressionou deveras.
Tratava-se da vida de São João Batista Maria Vianney, sacerdote francês,
exemplo de fé, dedicação e altruísmo, conseguindo reunir milhares de pessoas
que ouviam as suas pregações da palavra de Deus e acatavam seus ensinamentos
com toda devoção.
Aquelas cenas ainda estão vivas em minha memória, e penso que seres
dessa magnificência foram ungidos para que não percamos a Esperança... Desde
então, eu o elegi como um dos meus guias espirituais, a quem recorro, e também
por ser hoje a data de seu passamento para a Vida Eterna, dedico-lhe estas
despretensiosas linhas.
Para ilustração, transcrevo abaixo, conforme a Enciclopédia Brasileira
Mérito, Vol. 20 – pgs. 323, 324, sua minibiografia: “Sacerdote francês; n. em Dardilly, nas proximidades de Lião, em
8-5-1786; m. em Ars, em 4-8-1859. Ordenado em Grenoble em 1815, tornou-se pároco de Écully e depois
de Ars, na diocese de Belley, em 1818. Promoveu um reavivamento religioso na
região e fundou organizações filantrópicas, transformando a cidade num centro
de peregrinações de fiéis ao qual acorriam cerca de 20.000 indivíduos por ano.
Canonizado em 1925, recebeu o título de patrono dos párocos em 1929”.
Mas para conhecer melhor sua existência iluminada, li o livro João Maria Vianney – “O Cura d’Ars”, de
Marc Joulin – 2ª Edição - Paulinas, de onde extraí estes tesouros de
pensamentos: Palavras sobre o sacerdote: “O padre não é padre para si mesmo.
Ele não se absolve, nem se administra sacramentos. Ele não existe para si
mesmo, e sim para os outros.” – Palavras sobre o sofrimento: “Se amarmos a
Deus, seremos felizes por sofrer por seu amor, Ele que tanto quis sofrer por
nós.” - Palavras sobre a pobreza: “Você tem desejo de rezar ao bom Deus, de
passar o dia na igreja; pense, porém, que seria mais útil trabalhar por alguns
pobres que você conhece e que passam por grandes dificuldades; isso é bem mais
agradável a Deus que o dia passado diante dos santos tabernáculos.” – Palavras
sobre a oração: “Não são necessárias muitas palavras para rezar bem. Você sabe
que o bom Deus lá está, no santo sacrário; abra a ele seu coração; alegre-se
com sua santa presença. Eis a melhor oração”. Palavras sobre o amor de Deus:
“Pobres pecadores, quando penso que há os que morrem sem haver saboreado, por
uma hora que seja, a felicidade de amar a Deus...” - Palavras sobre o perdão: “O Bom Deus tudo
sabe. Para começar, ele sabe que, depois de você se confessar, você pecará de
novo e, mesmo assim, ele lhe perdoa. Que amor o de nosso Deus, que chega a
esquecer o futuro para nos perdoar !”
Quanto aos pobres, assim se refere o seu biógrafo Marc Joulin: “Desde
sua chegada a Ars, João Maria Vianney percebeu que algumas pessoas viviam na
mais profunda miséria. Catarina Lassagne lembra: “Sua caridade jamais diminuía
diante dos que vinham pedir-lhe esmolas; ele lhes levava, ou fazia chegar até
eles, dinheiro, pão e trigo”.”
A fim de dirimir dúvida sobre seu nome completo, consta em uma gravura à
pg. 88 de sua biografia, acima e abaixo, de seu retrato, escrito em francês:
“Veritable portrait du Cure D’Ars – né à Dardilly en 1786. (Verdadeiro retrato
do Cura D’Ars – nascido em Dardilly em 1786) – Jean-Marie-Baptiste-Viannay)”.
Eis algumas idéias expostas com tanta clarividência e honestidade pelo
humilde servo de Deus, que pregou a solidariedade e a misericórdia entre os
seres humanos. Nesta data em que se comemora o Dia do Pároco, invoquemos-lhe a
memória para que surjam vocações sacerdotais a se espelharem em sua obra
exemplar e humanitária.
Cronista colaborador – publicado no DIÁRIO
DE CANOAS – RS===========
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