quarta-feira, 29 de junho de 2011

Soneto de Ialmar Pio - Imagem: Tela de Glaucia Scherer

Tela de Glaucia Scherer



DILETANTE






Ialmar Pio Schneider






Escrever versos como diletante,


numa tarde de sol, nas horas vagas,


a recordar alguém que está distante,


talvez em outros braços, n’outras plagas...






Sentir na própria carne a dor das chagas


e sem coragem de seguir adiante,


comprometer-se em previsões aziagas


de quem por tanto amar sofreu bastante...






E não esmorecer porque é preciso


muita força, também muita esperança,


para afinal não se perder o juízo;






mas cantar sendo embora um amador


que não esquece os sonhos de criança


nem as doidices do primeiro amor...






Pág. 22 - O TIMONEIRO - CANOAS, 31.8.84

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EM 23.10.2009

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em 26.6.2011

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