segunda-feira, 12 de julho de 2010

CRÔNICA e SONETO PARA PABLO NERUDA - homenagem póstuma - nascimento 12.7.1904

Pablo Neruda - foto da Internet


CRÔNICA E SONETO A PABLO NERUDA

Ialmar Pio Schneider

Ao transcorrer a data de aniversário do nascimento de um dos maiores poetas, senão o maior, da América do Sul, fiz-lhe o soneto abaixo, que ora transcrevo. Começou ainda jovem a compor seus poemas de um lirismo a toda prova e ao longo dos anos se dedicou também à política, visando os menos favorecidos como foi a história da sua vida. Lembro-me de uma passagem em que ele fala que o piano de sua infância foi o barulho que as goteiras faziam ao cair nas vasilhas que sua mãe colocava para receber a água que caía dentro de casa. Diz ele que aquelas notas o acompanharam, caindo sobre o seu coração e sobre a sua poesia.
Em 21 de outubro é escolhido ganhador do "Prêmio Nobel de Literatura", viajando a Estocolmo para recebê-lo das mãos do monarca sueco, em 1971.
E no 2º terceto do seu soneto XXIX, conclui: “Eres del pobre Sur, de donde viene mi alma: / en su cielo tu madre sigue lavando ropa/ con mi madre. Por eso te escogí, compañera”.

Eis o soneto:

SONETO PARA PABLO NERUDA – homenagem póstuma

Ialmar Pio

Li seus Poemas e a Canção Desesperada,
há quantos anos, quando enfrentei a paixão
que invadiu minh´alma e não fiz quase nada,
porque não contrariei a voz do coração...

E fui andando... andando e a vida abandonada,
às vezes me deixou na dor da solidão,
pensando na mulher que fora minha amada
e que só meu causou uma desilusão...

Quem pôde cantar tanto, ainda sendo moço,
em plena juventude, os cânticos de amor
que senti produzir o maior alvoroço

no peito varonil onde o sonho não muda?!
O Poeta Genial, de saudades e dor,
produzindo poesia... O irmão Pablo Neruda !

Porto Alegre, RS, Tristeza
em 12/07/2010 – às 9h43min. –

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