sexta-feira, 1 de julho de 2011

Soneto de Ialmar Pio - Imagem: Aquarela de Ângela Ponsi

Aquarela de Ângela Ponsi



S O N E T O






Ialmar Pio Schneider






Não quero o verso dos amores impossíveis


que nos fazem sofrer nas longas madrugadas,


nem quero o verso das formas indefiníveis


para esconder a dor das ilusões passadas.






Na minha solidão há fúrias invisíveis


despertando em meu ser canções desesperadas,


hão de compreendê-las as almas mais sensíveis


e aquelas que também forem abandonadas.






Quero o verso levando um pouco de consolo


ao coração que sofre a sangrenta ferida


de sentir-se sozinho andando pela vida...






ou tem um grande amor, ou chora de saudade;


se é na tristeza que permaneço a compô-lo


não pretendo que lhe falte felicidade...






Pág. 18 - O TIMONEIRO - CANOAS, 14-12-84


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EM 29.10.09

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