quinta-feira, 9 de setembro de 2010

SONETO de IALMAR PIO - IMAGEM da INTERNET Reprodução

Coruja







S O N E T O

Ialmar Pio Schneider

Aquela noite que eu sonhei contigo
não foi tão triste como as outras mais.
Aquele sonho belo eu não maldigo,
naquelas horas eu te amei demais.

Sonhei imensamente e não consigo
esquecer teus abraços irreais.
O destino era então o meu amigo
e tu, meus devaneios ideais...

Hoje, volto pra o quarto novamente,
sem vontade de me atirar ao leito
que me espera num único convite.

Por fim, meu corpo pálido consente
e na esperança de sonhar-te deito,
ouvindo os pios que a coruja emite!...

SOLEDADE (RS) - 1963

***

Publicado no Jornal O Paladino


Nenhum comentário:

Postar um comentário