terça-feira, 2 de agosto de 2011

Crônica republicada de Ialmar Pio Schneider - Imagem: livros na Internet






SOBRE OFICINAS LITERÁRIAS...


IALMAR PIO SCHNEIDER


          Durante um longo período de minha vida, praticamente cerca de um quarto de século ou mais, permaneci, por assim dizer, numa espécie de limbo literário com respeito a escrever prosa, não obstante cultivasse a poesia, quer compondo, quer lendo, em suas mais diversas modalidades. Isto não exclui, porém, minha condição de leitor contumaz e permanente, de romances, contos e crônicas, literatura em geral, o que fiz durante todo o tempo.


         De fato, desde a década de sessenta, quando havia iniciado a escrevinhar uma espécie de romance que intitulara SONHO DE AMOR, não havia me aventurado no gênero, a não ser elaborando algumas redações, seja para o exame vestibular e ao longo do curso de Direito nas Faculdades Integradas Ritter dos Reis de Canoas - RS.


         Entretanto, no ano de 1998, despertou-me o desejo de fazer prosa e iniciei tentando alguns contos e crônicas, também para participar de uma oficina de criação literária com o escritor já consagrado Charles Kiefer, e que frequentei, com mais uma dúzia de colegas, durante um semestre. Estávamos nos programando para continuar nesta atividade, uma vez que o citado autor não dispunha de tempo para fazê-lo, o que poderá conseguir, quiçá, neste ano. Ele próprio escreveu uma crônica intitulada As oficinas literárias não ensinam a escrever, pág. 31 de seu livro O GUARDIÃO DA FLORESTA - Mercado Aberto - 1997, assim se expressando: “Nenhuma oficina literária séria e honesta terá a pretensão de ensinar a escrever, até porque este é o aprendizado de uma vida inteira, mas certamente deverá levar os alunos a dessacralizar o próprio texto e a compreender-lhe as estruturas compositivas.”; o que realmente constatei durante o curso. Entretanto, a orientação recebida, e a convivência desfrutada com nossos pares, que perseguem o mesmo objetivo, não deixam de ser um incentivo à leitura e ao desenvolvimento de pretensos dotes literários.


         De minha parte, porque sou muito afeito à apreciação de pequenos pensamentos lidos ao acaso em jornais, revistas e livros, quero transcrever abaixo dois deles, atribuídos, ou melhor, de autoria de gênios universais, quer sejam: Ludwig van Beethoven: “O gênio se compõe de dois por cento de talento e 98% de perseverante aplicação no trabalho.”; e de Albert Einstein: “O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário.” Assim também posso dizer que só se consegue obter um pequeno lugar ao sol que seja, através da dedicação efetiva ao labor, à persistência no sentido de lutar até conseguir a nossa realização. Tudo o mais, a meu entender, é mera perfumaria.


P.S. - Resta-me acrescentar, por oportuno, que freqüentei grande parte da “Oficina de Escritores”, evento promovido pela Fundação Cultural Canoas, Centro Universitário La Salle e Senac, com apoio do Diário de Canoas, em que tive a oportunidade de adquirir mais conhecimentos sobre a Literatura em geral.


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Poeta e cronista






Publicado em 31 de agosto de 1999 - no Diário de Canoas.

http://ial123.blog.terra.com.br/

http://ialmar.pio.schneider.zip.net/

EM 22.05.2009

http://www.diariodecanoas.com.br/site/interativo/minhas_cronicas,canal-5,ed-90,ct-452.htm

EM 16.11.09

http://ial123.blog.terra.com.br/

em 16.10.2010


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