quarta-feira, 18 de maio de 2011

Soneto de Ialmar Pio - Imagem: Aquarela de Ângela Ponsi

Aquarela de Ângela Ponsi




S O N E T O I






Ialmar Pio Schneider






Quando leres meus versos, na calada


da noite escura e não te contiveres,


ao relembrar que foste minha amada


e eu poderei estar com outras mulheres...






Ao te sentires só e abandonada,


de minha companhia não dispuseres,


mas sem dormir em alta madrugada


conciliar o sono não puderes...






Quando em teus olhos rebentar o pranto


com amargura que te roube a paz,


perdida em solidão e desencanto,






de me esquecer não fores já capaz,


minha presença vai pesar-te tanto


que fatalmente te arrependerás!






pág. 14 - “O TIMONEIRO” - 18.9.81 - CANOAS (RS)


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