quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

SONETO de IALMAR PIO


V Í T I M A

IALMAR PIO SCHNEIDER

Nestas horas serenas e patéticas
eu canto um rio de amor em profusão;
e faço dos meus sonhos comunhão
das ondas rubro-verdes e poéticas...

As minhas esperanças são proféticas
e existe nelas uma solidão,
por quem bate em delírio o coração
` se desfazendo em pulsações atléticas.

Oh! cantar tristemente noite e dia
sem demonstrar nos olhos a alegria
dos que estão satisfeitos com a vida,

é a tristeza suprema que atraiçoa,
é o copo envenenado de água boa
que nos mata sem vermos a ferida !

Publicado em O TIMONEIRO - Pág. 13 - de 22.10.82 - CANOAS (RS)______________________________________________________________________

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