quinta-feira, 13 de maio de 2010

SONETO de IALMAR PIO - Imagem da Internet

musa
SONETO TRISTE

Não devo mais ousar... eu me contento
com meu destino triste sem alguém;
e quando o sol descamba e a noite vem,
na solidão procuro o esquecimento...

Escuto, então, gemer na voz do vento
almas sentidas a vagar no Além
e nessas horas quedo-me também
perante a dor cruel do meu tormento.

Resta-me, todavia, uma esperança
que não me deixa sucumbir na mágoa
presente nos meus dias de amargura...

E quando volto aos tempos de criança
meus olhos tristes ficam rasos d’água,
pois sei que pra saudade não há cura.

IALMAR PIO SCHNEIDER




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