domingo, 16 de dezembro de 2012
O Jogador de Bocha - Ialmar Pio Schneider - Poesia premiada em 2º Lugar pela Estância da Poesia Crioula - Imagem da Internet
A Estância da Poesia Crioula tem a honra de apresentar o resultado final dos
Concursos Literários do 2º Semestre de 2012,
que contou com a participação de poetas de vários municípios gaúchos
e estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco, Santa Catarina,
Pará, Paraná, Minas Gerais, Bahia e Piauí, além dos países
Argentina, Portugal, Japão, Chile e Estados Unidos.
A solenidade de premiação ocorrerá em Porto Alegre, RS,
dia 15 de dezembro de 2012, em local a ser definido e
previamente comunicado.
RESULTADOS CONCURSOS LITERÁRIOS
2º SEMESTRE 2012
3º CONCURSO LITERÁRIO DE POESIA
EXALTANDO O RIO GRANDE – 2012
1º Lugar
Progresso dos tempos
Autor: Darci Éverton Dárgen
Porto Alegre - RS
2º Lugar
O jogador de bocha
Autor: Ialmar Pio Schneider
Porto Alegre - RS
3º Lugar
Levando a vida
Autor: Marco Aurélio Vasconcellos
Porto Alegre - RS
4º Lugar
Laus Sus Cris
Autor: Mário Amaral
Eldorado do Sul - RS
5º Lugar
Ferreiro de campanha
Autor: Jorge Moreira
Encantado – RS
Comissão Avaliadora:
Cristiano Ferreira, Sidnei Azambuja e Norberto Castro
*** O JOGADOR DE BOCHA
Ialmar Pio Schneider
Cancha do jogo de bocha
transformada em tradição,
onde encontro a diversão
para as horas de lazer,
eu não posso te esquecer
e te trago na lembrança
desde quando fui criança
e começava a entender.
Pois até sinto saudade
das façanhas que eu fazia,
quando no braço soerguia
uma bocha e arremessava
num estilo de tuxava
que desfere com certeza,
a boleadeira na presa
e uma clavada na tava.
E mesmo jogando a ponto
sempre fazia por mim,
pois colava no bolim
uma riga ou uma lisa
e como quem não precisa
de seguir por mão alheia,
não provocava peleia:
que briga não dá camisa.
Por estes pagos então,
neste jogo de campanha,
dono de muita façanha,
era muito respeitado,
porque dentro do tablado
que neste verso retrato
jogava até por barato,
nunca apostava fiado.
Outro princípio que trago
desde os tempos de piazote:
quem se atira de garrote
contra touro colmilhudo
e de chifre pontiagudo,
nunca consegue vantagem,
mesmo que tenha coragem
acaba perdendo tudo.
Mas até por passatempo
a bocha tem muita graça,
por um copo de cachaça
ou um maço de cigarro,
que o guasca feito de barro
nesta terra se apresilha
ao moirão de coronilha
do velho pago bizarro.
Hoje os recuerdos me trazem
grandes partidas de bocha
e como uma acesa tocha
certa doença me invade,
queimando barbaridade
no peito meu coração,
quero voltar ao rincão
onde me leva a saudade!
E numa sombra campeira
reviver meu jogo antigo;
e se outra coisa não digo
neste sentimento adverso,
para encerrar o meu verso
minh’alma xucra se plancha
junto ao mistério da cancha
que envolve todo o Universo!...
*** Troféu e medalha recebidos em 15 de dezembro de 2012 na Casa de Cultura Mario Quintana - Sala C2 - 2º andar - Centro de Porto Alegre - Rio Grande do Sul
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