sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Trovas de Ialmar Pio - Aquarela de Ângela Ponsi

Aquarela de Ângela Ponsi







--------------------------------------------------------------------------------



TROVAS de IALMAR PIO - AQUARELA de ÂNGELA PONSI


TROVAS


1


A trova é o verso que nasce


de um coração sonhador;


fica estampada na face


de quem vive um grande amor !

2

Versos de amor quando os faço


me causam tanta emoção;


cada palavra é um pedaço


que arranco do coração !


3


És a força que eu preciso


para deixar de sofrer.


Oh ! querida, toma juízo


e vem comigo viver !


4


Quantos versos escrevi


sem que pudesse entendê-los...


Agora me encontro aqui


a lembrar os teus desvelos...





Escrito por IALMAR PIO às 14h
[ (1) Apenas 1 comentário] [ envie esta mensagem ]
 
[luizaSoaresBenicio de Moraes] [luizabeniciomoraes@yahoo.com.br]

São sempre benvindos seus poemas e trovas.Parabens!


20/08/2010 15:51

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Sonetilho de Ialmar Pio - Imagem: flores na Internet


SONETO EM REDONDILHA MENOR (5 sílabas poéticas) - em 10.9.2011 - .



Se tens esperança,


procures alguém


que a tenha também


pra tua confiança;






porque não convém


entrar numa dança


na qual não se alcança


algum querer bem.






Assim a existência


com tua paciência,


irás desfrutar






e por muitos anos,


sem ter desenganos,


poderás amar...






IALMAR PIO SCHNEIDER
 
***
 
Clique em
 
http://www.sonetos.com.br/sonetos.php?n=19787
 
Vote em meu soneto. Agradeço-lhe.
 

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Crônica de Ialmar Pio - Nascimento do saudoso poeta Nelson Nilo da Lenita Fachinelli em 9.11.1935 - falecido em 26.4.2006 - Imagem: foto na Internet

Nelson Fachinelli


O FUNDADOR DE CASAS DO POETA



In Memoriam a Nelson da Lenita Fachinelli


IALMAR PIO SCHNEIDER




Foi lá pelos idos de 1982 que conheci o poeta e literato, Nelson da Lenita Fachinelli, o vulgo “operário das letras”, que por muitos anos preside e carrega em seus ombros o encargo de manter viva e atuante a Casa do Poeta-Rio-Grandense, cuja fundação nos remete ao longínquo 24 de julho de 1964. Residia por aquela época, o nobre companheiro, no Bairro Cristal, na rua Dr. Campos Velho, a “faixa preta”, ainda tão citada hoje em dia. Lembro-me que fui de táxi e ele me disse depois que não precisava fazê-lo por este meio de transporte, porque passavam por ali lotações e ônibus. Em todo caso não havia me dado conta disto e agradeci-lhe a informação. Bem que eu poderia ter economizado uns cobres.


Naquele distante ano participei pela primeira vez de uma antologia organizada por ele, Trovadores do Rio Grande do Sul, de que participavam também outros nove consagrados poetas e que lançamos na Feira do Livro de Porto Alegre, em 13 de novembro de 1982. Foram dezesseis trovas, sendo a primeira: A trova é o verso que nasce/ de um coração sonhador;/ fica estampada na face/ de quem vive um grande amor !


E a última, ou seja a décima sexta, diz: O vento leva o meu verso,/ - afinal nada o detém -/ pelos confins do Universo/ e pra quem me queira bem.


O que me leva a prestar esta homenagem é o sonetista que ele também demonstrou ser, notadamente pelos dois sonetos a seguir: “UM ROSTO DE MULHER--Nelson Fachinelli/Hoje estive relendo comovido,/as cartas que você mandou-me outrora/quando ainda sentia-me iludido/por quimeras que o tempo jogou fora.//É mesmo assim a vida... o tempo ido/não há aquele ser que não o chora,/embora o coração, nele ferido/tenha sofrido mágoas, hora a hora.//Nosso romance que durou tão pouco,/mas quase fez de mim um triste louco/teve bem um desfecho inacabado.//Por isso, que prossigo procurando/achar nas que, por mim, vivem passando,/um rosto de mulher, do meu passado !”


E este outro, místico e em que lembra as reuniões do Cafezinho Poético, no Restaurante Dona Maria, na José Montauri, de tão saudosa memória: “QUANDO A MORTE CHEGAR...Nelson Fachinelli--/Quando a morte chegar em meu árduo caminho,/que venha sem alarde, sorrateiramente:/de olhos abertos vou aguardá-la, com carinho/como aquele que espera a amada, longamente...//Quando a morte surgir... hei de ir tão sozinho/tal como vim ao mundo - voluntariamente./Vou partir sem lamúria, bem devagarinho/como quem sabe que vai voltar novamente...//Quando eu me for... não quero, por favor, tristeza./Eu auguro uma longa ronda de beleza,/de quentes cafezinhos, poemas e canções.//Aos que eu feri, perdão, rogo por meus pecados,/aos que meu mal quiseram, estão perdoados,/pois só deve reinar Amor nos corações !”


Mas esta é uma minúscula faceta do dinâmico poeta e trovador que tem se esmerado na fundação de diversas Casas de Poetas no Estado, inclusive há pouco tempo em nossa cidade de Canoas, juntamente com a presidente Maria Santos Rigo, batalhadora incansável na divulgação da cultura. Uma de suas trovas do livro Cantigas de Amor e Paz, diz o seguinte: “Sou herdeiro de Esperança/ num mundo que não é meu:/ - a minha única herança/ é a vida que Deus me deu !” Ele assim se considera...


Sua figura característica, percorrendo as ruas a carregar uma pasta e uma sacola de livros e convites e avisos, lembra um Dom Quixote enfrentando os moinhos de vento, a passear seu ideal aventureiro. Dir-se-ia um Cavaleiro Andante.


_________________________________________________


Poeta e cronista - E-mail: menestrel@brturbo.com


http://ialmarpioschneider.blogspot.com/


em 24.7.2010


NO JORNAL DE NH em 24.7.2010

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Soneto de Arvers - tradução de Ialmar Pio Schneider - Falecimento do poeta Félix Arvers em 7.11.1850 - Imagem: retrato na Internet

Félix Arvers


SONETO DE ARVERS
Félix Arvers – (1806-1850) – poeta francês


Minh´alma tem segredo e a vida seu mistério,


um amor eternal no instante conhecido,


o mal sem esperança é também muito sério,


mas aquela que o fez jamais terá sabido.






Ai de mim ! Passarei perto dela perdido,


sempre junto a seu lado e, no entanto, gaudério,


e terei justamente aqui meu tempo térreo,


não ousando pedir e nada recebido.






Por ela, que Deus fez de espírito tão brando,


ela caminhará, distraída e ignorando


o murmúrio de amor que aos seus passos irá;






para austero dever, piedosamente fiel,


dos meus versos dirá, repletos do seu mel:


“Que mulher será esta? E não compreenderá.










Tradução de Ialmar Pio Schneider






Porto Alegre – RS, 6 de novembro de 2011-11-06






http://www.sonetos.com.br/sonetos.php?n=19750



sábado, 5 de novembro de 2011

Soneto de Ialmar Pio Schneider - Aquarela de Ângela Ponsi

Aquarela de Ângela Ponsi

SONETO

Ialmar Pio Schneider


Os versos que escrevi me trazem, hoje,


à lembrança, aventuras que sonhei,


mas vivo a presenciar que o tempo foge


e aquelas metas nunca realizei...






Posso dizer que alguém eu muito amei,


e sem usar a culta metagoge,


deva esquecê-la... como poderei?


para que deste carma me despoje?!






Mas as minhas poesias ´stão aí


e formam os momentos que vivi,


sempre cantando tristes madrigais...






Se algumas penas sofro nesta vida,


são o produto da missão cumprida,


procurando no amor meus ideais !


Porto Alegre – RS, 5 de novembro de 2011, às 13h32min., Bairro Tristeza.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

57ª FEIRA DO LIVRO DE PORTO ALEGRE - RS - 9 de novembro - Lançamento da Coletânea da Casa do Poeta Riograndense.




De: IALMAR PIO



Data: 3/11/2011 12:58:22


Para: undisclosed-recipients


Assunto: Fw: Convite Sessão de Autógrafos Na Feira do Livro de Porto Alegre RGS Coletânea da Casa Do Poeta Rio-Grandense 47 anos/2011




Prezadas amigas e amigos ! Como participante da Coletânea da Casa do Poeta estou lhe convidando para a tarde de autógrados da mesma, conforme o convite abaixo.






Muito grato com sua presença,






apresento-lhe as minhas






Saudações Poéticas,






Ialmar Pio Schneider



Nossa Coletânea em Prosa e Verso






CASA DO POETA


RIO-GRANDENSE 47 ANOS /2011


Organização : Ieda Cunha Cavalheiro


estará na


57ª FEIRA DO LIVRO DE PORTO ALEGRE


em


SESSÃO DE AUTÓGRAFOS


na


09/11/11


- dia dos 76 Anos de Nelson Fachinelli -


às 14 horas no


Memorial do Rio Grande do Sul


Praça da Alfândega


CONTAMOS CONTIGO!

Spam.

Conto/crônica de Ialmar Pio Tressino Schneider - Dia do Cabeleireiro e do Barbeiro em 3 de novembro - Imagem na Internet




FRUSTRAÇÃO
Ialmar Pio Schneider


Casos como o que se descreve abaixo acontecem amiúde, tanto nas cidades grandes e médias, quanto nas vilas do interior. É possível que o leitor já tenha convivido com uma estória destas ou ao menos presenciado alguma. Geralmente, para não dizer sempre, as pessoas que encarnam o tipo de personagem focado, agem assim por ter bom coração, diz o povo. Quem sabe mergulhando-se na psicologia humana, encontre-se uma explicação plausível e até aceitável, a fim de conseguir-se penetrar num comportamento ou atitude dessa natureza.


Outrossim, quando existe uma possibilidade alternativa de sair da situação angustiante, pode-se dar graças a Deus e seguir em frente de cabeça erguida. Foi o que houve no relato ficção-realidade aqui desenvolvido, mais ou menos de maneira sucinta.


Nada poderia ter sido pior do que enfrentar aquela situação que se apresentava neste momento em sua vida. Passara todo o tempo, ganhando e esbanjando dinheiro, sem se preocupar com o futuro. Agora, no entanto, sentia o quanto havia errado, mas era tarde para evitar a decadência, ou melhor, a derrocada total de sua micro-empresa. Sempre ouvira dizer que quando a água atinge a cintura, aprende-se a nadar e levara o barco da existência na flauta, despreocupadamente, como se nada estivesse acontecendo. Aprendera a lição a posteriori.






***






O BARBEIRO






Ialmar Pio Schneider










Não adiantou a placa pendurada na parede, em seu armazém de secos e molhados e armarinhos, que rezava: FIADO SÓ AMANHÃ ! Fidêncio Sapopema, proprietário da casa “A BARATEIRA”, nem atentara para os dizeres da frase, como quem não compreendesse o significado da mesma, nem se lembrara do ditado que diz: Fazer o bem, sem saber a quem, seus perigos tem. Dera de comer a tanta gente, vestira outros e hoje estava quebrado. Para competir com os concorrentes tivera que vender fiado, a fim de angariar fregueses. Fora um péssimo negócio. Olhava para as prateleiras quase que vazias e finalmente, caindo na realidade, vivia um drama que lhe causava profundo abatimento. Entretanto, não se deixaria esmorecer perante o fracasso. Tinha fé e esperança. Afinal de contas, a profissão que exercera desde o início de sua juventude e de quanto se vangloriava, poderia salvá-lo. Foram três anos de médio comércio, para não dizer pequeno, que o frustraram sem atingir seu objetivo que era crescer. Também, apesar de tudo, não ficara devendo a ninguém, pois tinha verdadeira fobia de fazer dívidas, e falira, porque comprava a vista e vendia a prazo, ou melhor, a perder de vista, como se diz vulgarmente.


Finalmente, sem se lamentar, guardando a mágoa para si mesmo e a lição tardia na memória, retorna à sua antiga ocupação. Era barbeiro.






Jornal de Novo Hamburgo


em 6.9.2010


http://ial123.blog.terra.com.br/


em 6.9.2010










Poeta e contista


http://www.diariodecanoas.com.br/site/interativo/minhas_cronicas,canal-5,ed-90,ct-452.htm


EM 13.10.2009


http://ial123.blog.terra.com.br/


em 27.05.2010



Soneto de Ialmar Pio - Falecimento do poeta Gonçalves dias em 3.11.1864 - Imagem: retrato do poeta na Internet

Gonçalves Dias


SONETO A GONÇALVES DIAS - Nascimento do poeta em 10.8.1823 - . -



Poeta das palmeiras e também


dos indígenas, com força genial,


cantou grandes amores que ninguém


houvera feito assim sentimental...






Lendo seus versos a saudade vem


me visitar de modo especial,


da minha terra que palmeiras tem


onde o sabiá modula sem igual.






Gonçalves Dias, vate da natura,


és um astro que em nosso céu fulgura,


com tuas mais românticas poesias...






Soubeste transmitir a inspiração


que as Musas te trouxeram na soidão


do mundo ideal das alegorias !






IALMAR PIO SCHNEIDER






Porto Alegre – RS, 10 de agosto de 2011


às 10h7min. – Bairro Tristeza.






http://www.sonetos.com.br/sonetos.php?n=19092


http://ialmar.blog.terra.com.br/






em 10.8.2011