gato preto
SONETO INSTANTÂNEO
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Ialmar Pio Schneider
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Da sacada onde estou eu vejo um gato preto
saltar o muro e vir correndo para os boxes
dos carros imóveis. Vou fazer o soneto,
porém as rimas já se tornam indóceis...
De compô-lo a contento eu não me comprometo
(raposas em inglês são chamadas de “foxes”),
e nada tem a ver com este gato preto...
Atrozes em latim a gente diz “atroces”.
Eis formados os dois quartetos desnonexos,
não falam das paixões e tampouco dos sexos;
antecedem, no entanto, os pendentes tercetos
que pretendo concluir falando deste gato
vivendo por aí, de casa e não do mato,
e assim encerro um dos meus inglórios sonetos.
PÁG. 22 - O TIMONEIRO - CANOAS, 23.12.83
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EM 07.08.2009
segunda-feira, 27 de junho de 2011
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Um soneto bastante diferente e exótico. Valeu ter lido! Um abraço, Yayá.
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