Aquarela de Ângela Ponsi
ALMA DE POETA
Ialmar Pio Schneider
Agora não é tarde nem é cedo;
é a vida que prossegue amargurada,
são soluços de dor, enfim, mais nada,
os versos que componho em meu degredo...
Alimentei amores em segredo.
Oh! quanta tentativa malograda
levo comigo em frente pela estrada !...
Quantas paixões morreram sem enredo !
Indiferente quero prosseguir,
porém a solidão me desinquieta...
Não sei o que será do meu porvir !
E viverei assim, triste viandante,
procurando ter a alma de poeta
p’ra suportar o Mundo em cada instante.
PÁG. 14 - O TIMONEIRO - Canoas, 12-7-85
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sábado, 9 de julho de 2011
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