SONETO DA SAUDADE
Ialmar Pio Schneider
Sinto-a que chega quando a noite desce
e fala-me de ti com persistência;
uma incerteza os olhos me entristece
fazendo-me chorar a tua ausência.
Fito depois a estrela que aparece,
crendo até que por uma coincidência
talvez murmures também tua prece
por alguém que precisas na existência.
Se leres estes versos, olha os astros
que povoam ao longe o firmamento
e sonha que eles sejam quais os mastros
das naus alvissareiras da ventura;
e assim unidos pelo pensamento
consigamos juntar-nos lá na altura.
Canoas, 12-10-84 CANOAS, 19-10-84 - O TIMONEIRO - Pág. 19 http://ial123.blog.terra.com.br/ EM 27.07.2009
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