DIREITOS DA CRIANÇA
IALMAR PIO SCHNEIDER
Muito se tem falado sobre os direitos da criança, ultimamente. Também não é para menos, em vista dos acontecimentos trágicos que envolveram a FEBEM, tanto em Porto Alegre como em São Paulo. Até houve quem escreveu, defendendo que se o Governo destinasse as verbas vultosas que despende neste setor, aos religiosos em geral para educarem os jovens infratores ou não, é provável que se conseguissem resultados mais eficazes e duradouros. No entanto, tudo é polêmico e discutível, pois o problema requer uma solução correta e não paliativos sem consistência.
Outros opinam no sentido de que os adolescentes devam trabalhar mais cedo e não permanecerem pelas ruas, abandonados e expostos aos riscos inevitáveis de convívio marginal. Aqui verifica-se que a causa fundamental desse perigo é a desintegração da família e a falta de perspectivas de milhares de desempregados entregues à doença do alcoolismo e que transferem aos filhos seus desequilíbrios. Enquanto não houver uma educação de base, alicerçando a cultura dessas pessoas, continuará existindo um círculo vicioso qual um moto-contínuo funcionando indefinidamente. Há que se cortar a corrente; e o caminho para isto, acreditamos, é a educação e o trabalho adequados.
Ao procurarmos escrever sobre tema tão importante, sentimo-nos sob uma carga de responsabilidade das mais acentuadas. Se por um lado não é fácil discorrer a respeito do assunto, de outro, encontramos ânimo para fazê-lo, em vista de que fomos crianças e do que deveremos legar a nossos filhos.
Como principal direito da criança podemos colocar o da vida, sem o qual os outros não poderão existir. Sem dúvida, ao nascer, ela deverá ter todas as condições de sobrevivência a fim de que se desenvolva naturalmente.
Em seguida, passemos ao direito de alimentação sadia, incluindo agasalho e abrigo satisfatórios, para que não venha a carecer destes elementos, e, por falta deles, até a perecer na tenra idade como é o caso da mortalidade infantil que ocorre em certas regiões do mundo.
Depois, chegamos à recreação da primeira infância, acompanhada do carinho dos pais e familiares. Aí, então, a criança aprende a amar, o que é deveras salutar na formação do ser humano.
Por último, dentro dos limites destas notas, colocaremos o direito à educação. É necessário que a criança se prepare para enfrentar o mundo que a espera.
_______________________________
Poeta e cronista
Publicado em 15 de janeiro de 2000 - no Diário de Canoas.
http://www.jornalnh.com.br/site/interativo/minhas_cronicas,canal-5,ed-90,ct-452.htm
EM 27.07.2010
IALMAR PIO SCHNEIDER
Muito se tem falado sobre os direitos da criança, ultimamente. Também não é para menos, em vista dos acontecimentos trágicos que envolveram a FEBEM, tanto em Porto Alegre como em São Paulo. Até houve quem escreveu, defendendo que se o Governo destinasse as verbas vultosas que despende neste setor, aos religiosos em geral para educarem os jovens infratores ou não, é provável que se conseguissem resultados mais eficazes e duradouros. No entanto, tudo é polêmico e discutível, pois o problema requer uma solução correta e não paliativos sem consistência.
Outros opinam no sentido de que os adolescentes devam trabalhar mais cedo e não permanecerem pelas ruas, abandonados e expostos aos riscos inevitáveis de convívio marginal. Aqui verifica-se que a causa fundamental desse perigo é a desintegração da família e a falta de perspectivas de milhares de desempregados entregues à doença do alcoolismo e que transferem aos filhos seus desequilíbrios. Enquanto não houver uma educação de base, alicerçando a cultura dessas pessoas, continuará existindo um círculo vicioso qual um moto-contínuo funcionando indefinidamente. Há que se cortar a corrente; e o caminho para isto, acreditamos, é a educação e o trabalho adequados.
Ao procurarmos escrever sobre tema tão importante, sentimo-nos sob uma carga de responsabilidade das mais acentuadas. Se por um lado não é fácil discorrer a respeito do assunto, de outro, encontramos ânimo para fazê-lo, em vista de que fomos crianças e do que deveremos legar a nossos filhos.
Como principal direito da criança podemos colocar o da vida, sem o qual os outros não poderão existir. Sem dúvida, ao nascer, ela deverá ter todas as condições de sobrevivência a fim de que se desenvolva naturalmente.
Em seguida, passemos ao direito de alimentação sadia, incluindo agasalho e abrigo satisfatórios, para que não venha a carecer destes elementos, e, por falta deles, até a perecer na tenra idade como é o caso da mortalidade infantil que ocorre em certas regiões do mundo.
Depois, chegamos à recreação da primeira infância, acompanhada do carinho dos pais e familiares. Aí, então, a criança aprende a amar, o que é deveras salutar na formação do ser humano.
Por último, dentro dos limites destas notas, colocaremos o direito à educação. É necessário que a criança se prepare para enfrentar o mundo que a espera.
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Poeta e cronista
Publicado em 15 de janeiro de 2000 - no Diário de Canoas.
http://www.jornalnh.com.br/site/interativo/minhas_cronicas,canal-5,ed-90,ct-452.htm
EM 27.07.2010
Parabéns. Excelente texto com idéias pautadas na objetividade sem os atalhos costumeiros para um problema tão sério.na verdade, concordo, plenamente, quando cita educação como solução, visto que educação de base é extamente o que nos falta e todos nós temos consciente da importância e da falta desta, na vida doas nossas crianças e dos nossos jovens. Nenhuma casa pode se manter de pé, se não houver alicerce sólido que a sustente.
ResponderExcluirMais uma vez, parabéns e um grande abraço.