Aquarela de Ângela Ponsi
S O N E T O I
Ialmar Pio Schneider
Quando leres meus versos, na calada
da noite escura e não te contiveres,
ao relembrar que foste minha amada
e eu poderei estar com outras mulheres...
Ao te sentires só e abandonada,
de minha companhia não dispuseres,
mas sem dormir em alta madrugada
conciliar o sono não puderes...
Quando em teus olhos rebentar o pranto
com amargura que te roube a paz,
perdida em solidão e desencanto,
de me esquecer não fores já capaz,
minha presença vai pesar-te tanto
que fatalmente te arrependerás!
pág. 14 - “O TIMONEIRO” - 18.9.81 - CANOAS (RS)
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quarta-feira, 18 de maio de 2011
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