quinta-feira, 28 de novembro de 2013



Falecimento do escritor Érico Veríssimo em 28.11.1975 - Imagem da Internet

CENTENÁRIO DO NASCIMENTO DE ÉRICO VERÍSSIMO




IALMAR PIO SCHNEIDER



Tendo nascido em 17 de dezembro de 1905, em Cruz Alta, neste corrente ano acontece o centenário de nascimento do escritor gaúcho que tanto elevou o nome de nossa terra pelo mundo inteiro. O primeiro livro que tive a oportunidade de ler do renomado autor foi Clarissa, Editora Globo – 1960 – 3ª edição – 1ª impressão, que trata da história de uma jovem que desponta para transformar-se em uma linda mulher, em meio ao burburinho da cidade e a poesia dos jacarandás floridos. Depois fui lendo os outros livros que vieram na sucessão de sua obra em que já havia escrito um livro de contos intitulado Fantoches, bem como os romances Música ao Longe, Caminhos Cruzados, Um Lugar ao Sol e Olhai os Lírios do Campo, este último sendo o marco do início do seu sucesso, daí em diante mais e mais crescendo. Foi apresentado pela TV Globo em memorável novela. Um romance inesquecível foi O Resto é Silêncio, que trata de uma tragédia urbana que volta e meia tem acontecido em cidades de certo porte, ou seja, de elevado número de habitantes.

No ano de 1948 começou a lançar sua grande epopéia riograndense intitulada “O Tempo e o Vento”, (também apresentado pela TV Globo em uma minissérie) com os livros O Continente, O Retrato e Arquipélago, que formam a trilogia da história romanceada do Rio Grande do Sul, remontando, por assim dizer, às suas origens.

Por último apareceram os romances O Senhor Embaixador e o Incidente em Antares, que tanto sucesso fizeram junto ao público leitor, sendo que este foi apresentado como uma minissérie pela TV Globo.

Viriam ainda os dois volumes de sua autobiografia Solo de Clarineta – memórias – I e II, não conseguindo completar o segundo volume, pois faleceu em 28 de novembro de 1975, quando estava escrevendo a parte final, ou melhor, o texto ainda incompleto e vários dos originais em manuscrito. Foram concluídos pelo professor de Literatura Brasileira da UFRGS, Flávio Loureiro Chaves, conhecedor abalizado da obra de Érico Veríssimo e de acordo com o solicitado pela família do autor. Nestes livros o escritor narra toda sua luta para conseguir atingir os seus objetivos literários. Seu grande amor para com a cidade de Porto Alegre onde viveu e escreveu seus romances, transparecem pelas páginas fluentes e agradáveis de sua escrita. Isto despertou-me nem sei de onde um intento de compor um soneto, como segue:

SONETO PARA PORTO ALEGRE-



-Ao Érico Verríssimo (in memoriam)-



-Risonha Capital do meu Estado,/

eu me orgulho de ti, desta pujança/

de arranha-céus; do solo conquistado/

do Guaíba que pra lagoa avança...//



E quando a noite desce, reclinado/

em meu leito de crença e de esperança,/

amores que ficaram no passado/

surgem saudosos, vivos na lembrança...//



Hoje bem sei que não deixaram mágoas/

nas páginas viradas desta vida,/

e partiram levados pelas águas...//



Canta, meu estro, um hino heróico e forte/

à cidade que elejo a preferida/

pra todo sempre, enfim até na morte !...//



PORTO ALEGRE (RS), 29 de novembro de 2005-- Às 10h25min. na Siqueira Campos, próximo à Paineira.



Quero que este simples e modesto verso represente minha homenagem à cidade e ao genial escritor gaúcho, brasileiro e mundial que foi Érico Veríssimo, que quando indagado, no exterior, de que local estava vindo, respondeu: “Minha cidade tem uma orquestra sinfônica”.

A leitura dos seus livros sempre desperta o mundo que existe nas páginas que retratam a formação de nosso Estado e a nossa capital gaúcha de inúmeros atrativos e que amanhece sorrindo à margens do Guaíba, rio ou lago, pouco importa, é um cartão postal com seu pôr-do-sol maravilhoso, quiçá o mais lindo do planeta. Leiam-no e apreciem-no, que um centenário não é nada para um grandioso romancista e contador de histórias tal como o foi o nosso ilustre conterrâneo, o saudoso Érico Veríssimo. Até mais...



Cronista colaborador



Publicado em 07 de dezembro de 2005 – no Diário de Canoas.





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Tu mereces muito mais

Daquilo que posso dar-te,

Mas um dia entenderás

Que te dei toda minha arte.



Visite meu blog de trovas. Obrigado.

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terça-feira, 26 de novembro de 2013



Em Balneário Marcelino Ramos - RS, de 21 a 24 de novembro, vendo-se na foto: Glaura, Laís, Nestor, Helena e Ialmar Pio. Num belvedere no caminho ao Santuário de N. Sra. Salette.

É um balneário de águas termais muito boas.


terça-feira, 19 de novembro de 2013



Dia da Bandeira - 19 de novembro - Poesia esrita aos 14 anos em Getúlio Vargas - RS, na 2ª série ginasial em 1957.




Versos muito antigos, escritos dos l3 aos l6 anos de idade do autor, quando estudava em Getúlio Vargas (RS), no internato do Ginásio Cristo Rei, dos Irmãos Maristas, e fazia o curso ginasial do ano de l956 a l959, durante quatro anos.



A BANDEIRA DO BRASIL

I

Bandeira bela de cores,...

Não posso te descrever,

Pois és mais bela que as flores,

Mais linda que o amanhecer.

II

Teu verde é parte maior,

Porque exprime florestas;

E campos cheios de amor,

Onde gaúchos têm festas.

III

A cor que exprime teu sol,

Também exprime teu ouro,

Que amarelo é o arrebol

E declina cor de ouro.

IV

Azul tão lindo o teu véu,

Tão lindo quanto este anil,

Que tinge este imenso céu

O céu deste meu Brasil.

V

Tua cor branca é candura

E exprime uma paz que existe

Em nossa terra tão pura

Que nunca pode estar triste.

VI

São estas cores mimosas,

Farrapo ideal e singelo,

As esperanças e as rosas

De um futuro grande e belo.

VII

Escuta meu pobre canto,

Dar-lhe mais brilho não posso,

Pois demais é o teu encanto

Que neste papel não o esboço.

VIII

Bandeira bela de cores

Não posso te descrever,

Pois és mais bela que as flores

Mais linda que o amanhecer.



F I M

sábado, 16 de novembro de 2013



Foto na Feira do Livro de Porto Alegre de 2013 com o professor Yoshio Mukai, autografando seu livro AMOR E DEDICAÇÃO A UM IDEAL.


Hoje, dia 15 de novembro, estivemos na Feira do Livro de Porto Alegre e fomos adquirir o livro AMOR E DEDICAÇÃO A UM IDEAL, do prof. Yoshio Mukai, às 16 horas, ao qual autografei meu livro Trovas para um Mundo de Poesias. Aproveitei o ensejo para adquirir outros seis (6...)livros, quais sejam, Os Personae - Poemas de Carlos Nejar, pai do Carpinejar, Sabre & Palanque, de Rogério Lima da Costa, Poesias, Provérbios e Sentenças de Zeferino Rossa, Olhos Azuis, Cabelos Pretos romance de Marguerite Duras, Confidências de um espermatozóide careca de Carlos Eduardo Novaes, Gente como a gente, romance de Judith Guest. Logo após tomamos uma chuvarada daquelas. BOA NOITE A TODAS E TODOS.

Ialmar Pio

quinta-feira, 14 de novembro de 2013



59ª FEIRA DO LIVRO DE PORTO ALEGRE - RS - Estive hoje, dia 13 de novembro de 2013, de novo na Feira, onde adquiri os seguintes livros: Os sonhos nas mãos - poesias - de Armindo Trevisan, 80 Anos de POESIA de Rui Cardoso Nunes, Morcegos e outras poesias de Zeno Cardoso Nunes, Romance sem palavras - romance - de Carlos Heitor Cony, Lira pós-moderna de J.H. Dacanal, Nuas na Rua - poesia - de Jane Pei...xoto, Crisbal, o guerreiro de Paulo Roberto do Carmo, O Último Sangue de 93 - de Franciso Pereira Rodrigues, Cultura Argentina de Roberto Mara, A vida é ouro, é o nosso tesouro de Wilson Santos, A Mulher do espelho de Alcy Cheuiche, Rimas Primas de José Zokner, Notícia dos Combates de FErnando O.M. O´Donnel, Vermônia - romance - William Kennedy, Antologia Del´Secchi de diveros autores e principalmente o livro dos meus confrades de poesias: ANTOLOGIA CASA DO POETA RIO-GRANDENSE 2013 de diversos autores. Haja tempo para digerir estes 16 volumes de versos e prosa. BOA NOITE A TODOS.


terça-feira, 12 de novembro de 2013



Autografando os livros POESIAS ESPARSAS REUNIDAS e SONETOS E CÂNTICOS DISPERSOS, de minha autoria, para a Academia Passo-Fundense de Letras, na 59ª FEIRA DO LIVRO DE PORTO ALEGRE - RS, para os Acadêmicos Osvandré Lech e Marilise Brockstedt Lech, em 7 de novembro de 2013., às 15 horas.




sábado, 9 de novembro de 2013



Nascimento do poeta Nelson Fachinelli em 9.11.1935 - Imagem na Internet

O FUNDADOR DE CASAS DO POETA*




IALMAR PIO SCHNEIDER



Foi lá pelos idos de 1982 que conheci o poeta e literato, Nelson da Lenita Fachinelli, o vulgo “operário das letras”, que por muitos anos preside e carrega em seus ombros o encargo de manter viva e atuante a Casa do Poeta-Rio-Grandense, cuja fundação nos remete ao longínquo 24 de julho de 1964. Residia por aquela época, o nobre companheiro, no Bairro Cristal, na rua Dr. Campos Velho, a “faixa preta”, ainda tão citada hoje em dia. Lembro-me que fui de táxi e ele me disse depois que não precisava fazê-lo por este meio de transporte, porque passavam por ali lotações e ônibus. Em todo caso não havia me dado conta disto e agradeci-lhe a informação. Bem que eu poderia ter economizado uns cobres.

Naquele distante ano participei pela primeira vez de uma antologia organizada por ele, Trovadores do Rio Grande do Sul, de que participavam também outros nove consagrados poetas e que lançamos na Feira do Livro de Porto Alegre, em 13 de novembro de 1982. Foram dezesseis trovas, sendo a primeira: A trova é o verso que nasce/ de um coração sonhador;/ fica estampada na face/ de quem vive um grande amor !

E a última, ou seja a décima sexta, diz: O vento leva o meu verso,/ - afinal nada o detém -/ pelos confins do Universo/ e pra quem me queira bem.

O que me leva a prestar esta homenagem é o sonetista que ele também demonstrou ser, notadamente pelos dois sonetos a seguir: “UM ROSTO DE MULHER--Nelson Fachinelli/Hoje estive relendo comovido,/as cartas que você mandou-me outrora/quando ainda sentia-me iludido/por quimeras que o tempo jogou fora.//É mesmo assim a vida... o tempo ido/não há aquele ser que não o chora,/embora o coração, nele ferido/tenha sofrido mágoas, hora a hora.//Nosso romance que durou tão pouco,/mas quase fez de mim um triste louco/teve bem um desfecho inacabado.//Por isso, que prossigo procurando/achar nas que, por mim, vivem passando,/um rosto de mulher, do meu passado !”

E este outro, místico e em que lembra as reuniões do Cafezinho Poético, no Restaurante Dona Maria, na José Montauri, de tão saudosa memória: “QUANDO A MORTE CHEGAR...Nelson Fachinelli--/Quando a morte chegar em meu árduo caminho,/que venha sem alarde, sorrateiramente:/de olhos abertos vou aguardá-la, com carinho/como aquele que espera a amada, longamente...//Quando a morte surgir... hei de ir tão sozinho/tal como vim ao mundo - voluntariamente./Vou partir sem lamúria, bem devagarinho/como quem sabe que vai voltar novamente...//Quando eu me for... não quero, por favor, tristeza./Eu auguro uma longa ronda de beleza,/de quentes cafezinhos, poemas e canções.//Aos que eu feri, perdão, rogo por meus pecados,/aos que meu mal quiseram, estão perdoados,/pois só deve reinar Amor nos corações !”

Mas esta é uma minúscula faceta do dinâmico poeta e trovador que tem se esmerado na fundação de diversas Casas de Poetas no Estado, inclusive há pouco tempo em nossa cidade de Canoas, juntamente com a presidente Maria Santos Rigo, batalhadora incansável na divulgação da cultura. Ele mesmo assim se define: “Tu dizes que eu sou da farra.../ puro engano, minha amiga:/ - eu canto como a cigarra:/ trabalho como a formiga !”

Sua figura característica, percorrendo as ruas a carregar uma pasta e uma sacola de livros e convites e avisos, lembra um Dom Quixote enfrentando os moinhos de vento, a passear seu ideal aventureiro. Dir-se-ia um cavaleiro andante.

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Poeta e cronista - E-mail: menestrel@brturbo.com

Publicado no Diário de Canoas – RS.



• Faleceu em 26 de abril de 2006




Feira do Livro de Porto Alegre - RS - de 1º a 17 de novembro de 2013

.FEIRA DO LIVRO DE PORTO ALEGRE 2013 - Estive ontem, dia 7 de novembro, na Feira do Livro, em que estava sendo lançado o livro 75 ANOS da Academia Passo-Fundense de Letras, de Osvandré Lech e Marilise Brockstedt Lech, às 15h., tendo sido agr...aciado com um exemplar do mesmo e também um exemplar do O Imortal MOacyr Scliar de diversos autores e autoras. Também a Marilise me trouxe um livro da poetisa sua mãe Glaura Hilário Brockstedt, minha cunhada e comadre, POETIZANDO PALAVRAS, o qual prefaciei, com muito prazer.


Ofertei para a Academia Passo-Fundense de Letras, meus livros SONETOS E CÂNTICOS DISPERSOS e POESIAS ESPARSAS REUNIDAS.

Aproveitei o ensejo para adquirir alguns livros na Feira, quais sejam, NATIVO - Poesia Regionalista, de Cândido Brasil, atual Presidente da Estância da Poesia Crioula, meu confrade e amigo, QUINTILHAS DO MEU TEAR, do dr. FRANCISCO PEREIRA RODRIGUES, meu confrade e amigo, UM CRIME DE LESA-HISTÓRIA, também de Franacisco Pereira Rodrigues, meu confrade e amigos, já centenário e que foi meu candidato a Patrono da Feira, MUSA NATIVA de Antonio Carlos Kati de Alencastro, CAMPOS DE AREIA - Poesia Crioula, 2ª edição, do saudoso J.O.Nogueira Leiria, grande poeta e tradutor do MARTIN FIERRO, do qual possuo um exemplar, e PAMPA AMOR de Roberto Mara, poeta nativista.



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Agradeço a todas e todos os presentes.



***

Imagem da Feira de 2013

quinta-feira, 7 de novembro de 2013



POEMA PUBLICADO NO ALMANAQUE GAÚCHO DA ZERO HORA, HOJE QUINTA-FEIRA - 7 DE NOVEMBRO DE 2013 - PÁG. 58 -



O D E







Ialmar Pio Schneider





Do pouco-muito ...



que foste para mim



recordarei



das esperas infrutíferas



não esquecerei



quando o inverno surgir austero



e as noites forem infindáveis



também pensarei



no sempre-nunca



que fez meus dias desagradáveis.






terça-feira, 5 de novembro de 2013




Parabéns ao município de Sertão - RS, minha terra natal, pelo transcurso do seu cinquentenário, pois foi fundada em 5 de novembro de 1963 - Soneto de Ialmar Pio Schneider, no caso quem escreve estas linhas. Imagem extraída do livro A Maldição do Padre, de Camilo Simon.




SONETO A SERTÃO

(Minha terra natal)

...

Oh! terra onde nasci, berço de minha infância,

que sempre levarei dentro do coração

batendo com ardor, em serena constância,

lembrando os tempos bons que já bem longe vão !...



Teu nome a recordar saudades e distância

flores silvestres e quem sabe solidão,

há de permanecer tal suave fragrância

cá dentro de minh’alma, oh! saudosa Sertão !



Se assim Deus o quiser, em teu solo bendito

reviverei um dia o passado aos pedaços,

como o filho que volta ao lar: cansado, aflito...



Porém que, em retornando ao seu torrão natal,

lugar onde ensaiou os seus primeiros passos,

consegue um elixir pra curar o seu mal...

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IALMAR PIO SCHNEIDER





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em 5.11.2010

http://www.diariodecanoas.com.br/site/interativo/interativo_blog5,ed-105,ct-99.htm

EM 3.8.09

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PÁG. 16 - O TIMONEIRO - CANOAS, 3.6.83

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EM 10.11.2008

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domingo, 3 de novembro de 2013


Falecimento do poeta Gonçalves Dias em 3.11.1864 - Imagem da Internet



SONETO A GONÇALVES DIAS - Nascimento do poeta em 10.8.1823 - . -



Poeta das palmeiras e também

dos indígenas, com força genial,

cantou grandes amores que ninguém

houvera feito assim sentimental...



Lendo seus versos a saudade vem

me visitar de modo especial,

da minha terra que palmeiras tem

onde o sabiá modula sem igual.



Gonçalves Dias, vate da natura,

és um astro que em nosso céu fulgura,

com tuas mais românticas poesias...



Soubeste transmitir a inspiração

que as Musas te trouxeram na soidão

do mundo ideal das alegorias !



IALMAR PIO SCHNEIDER



Porto Alegre – RS, 10 de agosto de 2011

às 10h7min. – Bairro Tristeza.



http://www.sonetos.com.br/sonetos.php?n=19092

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em 10.8.2011

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em 3.11.2011


sábado, 2 de novembro de 2013





SONETO DE FINADOS



Lembramos nossos mortos neste dia

que consagramos tristes aos finados;

passaram para o Além e a lájea fria

apenas guarda os corpos sepultados.



Hoje tudo é perpétua nostalgia...

Ouvem-se preces, prantos desolados,

um porquê inexplicável excrucia

até os corações mais resignados.



Dos páramos celestes desce a luz,

iluminando a terra que se habita;

e a verdade mais crua se traduz



pela certeza natural e aflita

que fatalmente a todos nos conduz

à noite eterna... trágica... infinita...



IALMAR PIO SCHNEIDER





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EM 02.11.2008




sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Imagem da Internet


O AUTOR DE “O HOMEM QUE SABIA JAVANÊS”




Ialmar Pio Schneider



Nunca um escritor brasileiro me despertou tanto a emoção e o sentimento quanto esse de o Triste Fim de Policarpo Quaresma. Lembro-me que adquiri alguns de seus livros na Livraria Americana de Passo Fundo, RS, editados pela Editora Brasiliense, no ano de 1965, e que eram Recordações do Escrivão Isaías Caminha, cujo prefácio de Alceu Amoroso Lima (Tristão de Ataíde) é um panegírico dos mais eloqüentes dos que já conheci; Triste Fim de Policarpo Quaresma, Numa e a Ninfa, Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá, Diário Íntimo e o Cemitério dos Vivos. Posteriormente, comprei outros livros desse literato inigualável de nosso céu literário, pois nos seus apenas quarenta e um anos de idade nos legou uma obra, que pela contingência de sua vida de pobre solitário e qual nosso Mário Quintana, sofreu o revés de não ser eleito para a Academia Brasileira de Letras, compõe-se de dezessete volumes, entre romances, contos, crônicas, impressões de leitura, memórias e correspondência.

Tomei conhecimento, isto já faz muitos anos, de sua literatura através de uma revista em quadrinhos e que narrava a história sucinta de Recordações do Escrivão Isaías Caminha, que me ficou na memória. Mais tarde foi publicada pela Editora Civilização Brasileira S.A. , do Rio de Janeiro, em 1964 a 3ª edição de sua biografia magistralmente escrita, através de pesquisas exaustivas, do grande entusiasta de sua obra, o acadêmico imortal Francisco de Assis Barbosa, A Vida de Lima Barreto (1881-1922), Prêmio Fábio Prado,1952, que adquiri também naquele ano e que faz parte de minha modesta biblioteca até hoje.

Mas ele foi também um contundente jornalista crítico de costumes e em seu livro Os Bruzundangas, de suas crônicas publicadas em jornais da época, deixou páginas e mais páginas de sátiras até agora sempre válidas para a atualidade. Em o conto A Nova Califórnia, expõe uma descoberta inusitada que não vou aqui dizer para não tirar ao leitor a surpresa. E o final de o Clara dos Anjos é de uma resignação comovente ! Este é o desabafo, por assim dizer conformado, de quem teve uma vida carente das coisas mais simples e nem por isto deixou de ser um dos escritores mais importante da Literatura Brasileira. Hoje em dia todos o reverenciam.

E para finalizar esta crônica, quero fazer minhas as palavras de nosso ínclito crítico literário, no prefácio que fez à obra Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá, como segue: “A gloria de Lima Barreto cresce de ano para ano. Seus livros possuem tal marca de sinceridade, de humanidade, de verdade, de dramaticidade silenciosa e honesta, que as gerações se sucedem, as modas passam, os cabotinos aparecem e morrem, os tempos mudam, os acontecimentos mais patéticos enchem os anais dos tempos modernos, dentro e fora do Brasil, e no entanto o Pobre do Subúrbio, o burocrata do Ministério da Guerra, o homem que não tinha dinheiro nem prestígio para publicar seus livros, o homem que fugia de casa e refugiava-se no álcool para não assistir ao drama pungente da loucura paterna, o homem que tinha mais talento literário do que qualquer dos seus contemporâneos e no entanto viveu e morreu quase na indigência,

esse homem Bom para quem a vida foi tão má é hoje uma das glórias mais puras do firmamento literário brasileiro e americano, que amanhã será “descoberto” pelo norte-americano ou pelos europeus, como só há pouco o foi Machado de Assis. Sua vida, sua morte e sua obra nos confirmam, uma vez mais, que só por exceção deixa o sofrimento de ser o preço amargo da glória. – Fazenda São Lourenço, 16-VII-1954 – Alceu Amoroso Lima (Tristão de Ataíde)”.

Esta é uma simples e modesta homenagem que pretendo prestar ao escritor do meu despertar para a Literatura, que já vai longe.



Poeta e cronista – E-mail: menestrel@brturbo.com

Publicado em 6 de agosto de 2003 – no Diário de Canoas.

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http://ialmarpioschneider.blogspot.com/

em 6.10.2010

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em 13.5.2011



Dia de Todos os Santos - 1º de novembro - Imagem da Internet

01/11/2013




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DIA DE TODOS OS SANTOS - 1º de novembro - Imagem da Internet





Dia de Santo Antônio - 13 de junho - Imagem da Internet









Santo Antônio de Pádua







SONETO A SANTO ANTÔNIIO II - em 13.6.2011 - Porto Alegre - RS . -



É dia de Santo Antônio,

o santinho milagroso,

que alegra quem é tristonho

com seu gesto poderoso...



Realiza qualquer sonho,

num momento esplendoroso,

e abençoa o matrimônio,

seja jovem, seja idoso.



Pra que vivamos felizes,

pedimos que nos acuda

em toda nossa existência.



Assim teremos raízes,

e com sua forte ajuda,

uma linda convivência...



IALMAR PIO SCHNEIDER



Obs.: Prestando esta reverência ao Santo Antônio, desejo também fazê-lo a TODOS OS SANTOS, que hoje é seu dia.



Escrito por IALMAR PIO às 00h49