terça-feira, 24 de julho de 2012

Nascimento do escritor francês Alexandre Dumas, pai - em 24.7.1802 - Imagem da Internet





A LEITURA QUE ATRAI É A QUE FICA


Ialmar Pio Schneider


Se alguém me perguntar o que estou lendo atualmente, responderia que é um dos livros “mais conhecidos e apreciados em todo o mundo depois da Bíblia. E com justa razão: as qualidades e os defeitos do ser humano, como indivíduo e não como peças de uma sociedade fria e desumana, tecem o pano de fundo destas aventuras sensacionais que ninguém se cansa de ler e reler ao longo dos tempos”. Isto li na contracapa deste romance que atravessa décadas e gerações e todos encontram em suas páginas aventuras cinematográficas insuperáveis. Lembro-me que o li na adolescência em texto reduzido e agora o faço em edição de texto integral. Assisti a alguns filmes que fizeram baseados em sua história. Sempre com sucesso. E o lema perdurará – “Todos por um, um por todos.”


Sabe-se que os Três Mosqueteiros, de Alexandre Dumas, père, eram na realidade quatro com a incorporação do jovem e belo d’Artagnan, que tanto atrai o público feminino e as aventuras de capa-e-espada que empolgam os leitores. Seus nomes serão sempre lembrados: Athos, Porthos, Aramis e d’Artagnan, e quantas pessoas conhece-se com os nomes que os pais escolheram para os seus filhos. Isto prova a força que a literatura criativa e engenhosa exerce sobre o público de todas as idades.


Mas por que me ocorreu escrever a respeito deste famoso romance daquela época romântica da França ? Justamente para justificar o título desta crônica despretensiosa. Também por que ouvi professores abordando o tema de leitura em um programa de rádio, em que uma pesquisa acusou que cerca de 60% disseram que lêem livros regularmente, 24% o fazem ocasionalmente e 17% simplesmente não. É possível que a enquete demonstre a realidade, não obstante saiba-se que hoje em dia a leitura de livros para entretenimento só seja realizada por aficionados, uma vez que existem tantos outros canais de diversão, tais como cinemas, TV aberta e a cabo, Internet, etc. Outrossim, o desemprego que grassa em nossa sociedade leva as pessoas a procurarem se especializar em moderna tecnologia que abrange, com certeza, a Informática. Acontece que não sei até quando isto é válido, uma vez que a leitura sistemática de bons livros de assuntos os mais variados, sempre nos abre novos horizontes e a visão de empreendimentos de sucesso. Aos que rebatem dizendo que não têm tempo para ler, respondo com a resposta que ouvi de uma psicóloga em programa de TV: “Não é a falta de tempo o problema para não lerem, e sim a falta de prioridade”. Digo mais: é a falta de gostar de ler. E está, mais uma vez, formado o círculo vicioso: não sabe, por que não lê; e não lê porque não sabe. Espero que me compreendam, ou reflitam. Um dos nossos melhores poetas escreveu: “Ler um livro é desinteressar-se a gente deste mundo comum e objetivo para viver noutro mundo. A janela iluminada noite adentro isola o leitor da realidade da rua, que é o sumidouro da vida subjetiva. De vez em quando passam passos. Lá no alto estrelas teimosas namoram inutilmente a janela iluminada. O homem, prisioneiro do círculo claro da lâmpada, apenas ligado a este mundo pela fatalidade vegetativa de seu corpo, está suspenso no ponto ideal de uma outra dimensão, além do tempo e do espaço. No tapete voador só há lugar para dois passageiros: leitor e autor.” – Augusto Meyer (1902-1970), À Sombra da Estante: “Do Leitor”. – Dicionário Universal de Citações – Paulo Rónai. Quero acrescentar que o escritor acima citado, foi nosso representante na Academia Brasileira de Letras para a qual foi eleito em 12.05.1960. Até mais ler e “Leiam para a Paz”, conforme o lema da 19ª Feira do Livro de Canoas, que encerrou-se no Sábado, dia 12, com sucesso. Mas também, leiam para saber mais.






Poeta e cronista – E-mail: menestrel@brturbo.com






Publicado em 23 de julho de 2003 – no Diário de Canoas.



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sábado, 21 de julho de 2012

Falecimento do Padre João Batista Reus em 21.7.1947 - Imagem da Internet








Ocorre-me que hoje é o dia do falecimento do Padre João Batista Reus ,(Pottenstein, Baviera, 10 de julho de 1868 — São Leopoldo, 21 de julho de 1947) que foi um religioso teuto-brasileiro) e algumas vezes, quando residia em Canoas, visitávamos seu túmulo em São Leopoldo e assistíamos à missa. Também comprávamos lembrancinhas e terços para colocar no espelhinho do carro.



Muitas pessoas sempre vão ao Santuário para pagar promessas e orar. Deve ser lembrado pelas muitas graças que são alcançadas. É uma simples lembrança que presto à sua alma e invocando a sua bênção a todos nós, seus devotos.










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em 10.07.2010


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em 21.07.2010


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em 10.7.2011





quinta-feira, 19 de julho de 2012

Nascimento do escritor A. J. Croni em 19.7.1896 - Imagem da Internet






O SAUDOSO ROMANCISTA A . J. CRONIN E SUAS OBRAS SEMPRE ATUAIS







IALMAR PIO SCHNEIDER






Um dos escritores mais interessantes que já tive a oportunidade de ler, foi sem dúvida, o célebre médico e romancista escocês A. J. Cronin (Archibald Joseph), que nasceu a 19 de julho de 1896, em Cardross, Dumbartoshire, Escócia, filho único de Patrick Cronin e Jessie Montgomerie. Faleceu no dia 6 de janeiro de 1981, na Suíça, para onde se transferira em 1955. O primeiro dos seus livros que li foi A Cidadela, e isto há muitos anos. Trata-se da história de um médico que provocou a manifestação do Parlamento Inglês no sentido de proibir a circulação do livro, uma vez que o romance foi considerado um “tremendo libelo contra a mercantilização da Medicina”. Diga-se que encerrava passagens autobiográficas do autor e foi a consagração definitiva de sua carreira literária.


Depois vieram os livros que fui lendo ao longo do tempo e foram As Chaves do Reino, Sob a Luz das Estrelas, Noites de Vigília, Pelos Caminhos de Minha Vida, Um Erro Judiciário, etc. Mas ele escreveu mais de 20 romances.


Terminei de ler por esses dias a sua primeira obra O Castelo do Homem sem Alma ( A Família Brodie), tradução de Rachel de Queiroz, que constitui um drama vivido em um lar que poderia ser feliz, porém, cuja imposição de um pai autoritário transformou em um inferno. Quando publicou este romance, escrito em apenas 3 meses em uma granja onde foi recuperar a saúde abalada por excesso de trabalho, obteve um grande êxito na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos. Foi adaptado ao teatro e ao cinema.


“Sua obra já foi traduzida em quase todos os países, e no Brasil foi bem recebida pela crítica. O ensaísta e professor Genolino Amado, grande conhecedor de Literatura, especialmente da inglesa, a propósito de A Cidadela afirma: “... Um novo, intenso e singular novelista surgira na Inglaterra, trazendo na sua vocação criadora essa mescla de patético e de humour, de imaginação surpreendente e de observação direta da realidade cotidiana, tão marcada e típica nos escritores de sangue escocês.””


Outras opiniões de escritores brasileiros sobre a obra de Cronin: “É extraordinário que certa crítica, que tanto se comoveu com o superficial teosofismo de Charles Morgan em Fountain, persista em desconhecer o poeta e pensador destes dois romances admiráveis (As Chaves do Reino e Três Amores). Destes dois romances verdadeiramente singulares, pela sua força de vida e pelo seu significado de espírito na massa da produção intelectual hodierna, tão desprovida do senso da profundidade, como só o entendem os que sabem que Deus existe...” - Tasso da Silveira (in o Diário, B. Horizonte)


“O autor de As Chaves do Reino é o mesmo de A Cidadela, A . J. Cronin. E este seu novo romance não é menos interessante do que o outro. Nem podia ser: Cronin tem o gênio do romance. Quero dizer, o segredo de surpreender a vida nos seus momentos mais dramáticos de expressão. O segredo de condensar toda uma situação psicológica num gesto, numa atitude, numa palavra, às vezes num silêncio. De ir além da superfície sem mistério nenhum dos homens e das coisas como são ordinariamente vistas. E ir a essas profundidades sem torturas de análise, sem usar escafandro, sem ele mesmo fazer-se antes um personagem de aventura para o leitor.” - Olívio Montenegro ( in Diário de Pernambuco, Recife)


“Cronin é inegavelmente um grande romancista, Católico, nos seus livros passa o sopro suave da caridade cristã, que ressalta ao contraste da sua ausência. Quem não leu A Cidadela e Noites de Vigília, e não sentiu esse espírito de caridade? – Mas o escritor é um realista, no bom sentido. Faz seus romances sobre a vida. As Chaves do Reino é um grande livro.” – Padre Negromonte ( in O Diário, B. Horizonte)


O que me atrai neste autor é sua maneira magistral de organizar a trama de seus romances, e ainda toda a experiência adquirida no exercício da Medicina que imprime em suas páginas um sentido humanitário.






Cronista colaborador






Publicado em 25 de maio de 2005 – no Diário de Canoas.



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quarta-feira, 18 de julho de 2012

Dia Nacional do Trovador - 18 de julho - Trova e Soneto em homenagem - Foto de Luiz Otávio na Internet

Luiz Otávio



TROVA em HOMENAGEM AO DIA DO TROVADOR em 18 de julho





UBT - União Brasileira de Trovadores



18 DE JULHO - DIA DO TROVADOR NO BRASIL -


FELIZ DIA DO TROVADOR !


TROVA de Ialmar Pio Schneider: ao Trovador




O Dia do Trovador


deve ser comemorado


com muitas trovas de amor,


mesmo não sendo Feriado !


Saudações Trovadorescas


Ialmar


Também por ser o dia do nascimento de Luiz Otávio,


envio o soneto abaixo, publicado em meu blog:


Dia do Trovador - 18 de julho - Soneto de Ialmar Pio - Imagem: retrato de Luiz Otávio na Internet


luiz_otavio


SONETO A LUIZ OTÁVIO – In Memoriam – Dia do Trovador – Nascimento do trovador em 18 de julho de 1916 –




Ialmar Pio Schneider




Luiz Otávio foi dos trovadores,


o Príncipe que divulgou a trova


e a revestiu de uma roupagem nova,

 
para que fosse a das mais belas flores…




Pois em cada ano sempre se renova


e vai angariando admiradores

 que curtem os seus mágicos amores,

das ardentes paixões, vívida prova !




Em dezoito de julho é celebrado,

Dia do Trovador, sempre lembrado,

 pois nasceu Luiz Otávio, nesse dia.




E todos aos que a trova têm paixão,

podem prestar-lhe em forma de oração,

a homenagem de sua nostalgia…




Porto Alegre – RS, 17 de julho de 2011-07-17


às 18h16min. – Tristeza.




http://www.sonetos.com.br/sonetos.php?n=18899



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***

VOTE NO SONETO. AGRADEÇO-LHE. CLIQUE EM


http://www.sonetos.com.br/sonetos.php?n=18899



sexta-feira, 13 de julho de 2012

Dia do Cantor - 13 de julho - Imagem da Internet






Dia do Cantor 13.07.2008 - Soneto de Ialmar Pio - Imagem: cantor na Internet



Cantor - Internet



MUSA CONSOLADORA


Ialmar Pio Schneider


Foge-me a inspiração levada pelo vento
e junto vais, oh musa sedutora,
deixando-me sozinho envolto em meu tormento
e a se desesperar minh’alma sofredora !


Foste minha ilusão e meu contentamento,
a luz que prende a alma e a torna sonhadora,
e se hoje tua ausência em vão choro e lamento,
é porque te perdi, fada consoladora !




Aguardo teu retorno, encantada revinda,
pra que volte a cantar e a bendizer o amor…
Na noite mais atroz te concebo mais linda




e necessito, enfim, de teu magno esplendor
que me faça entender, talvez um pouco ainda,
o sonho genial de ser poeta e cantor…




Publicado em O TIMONEIRO - Pág. 14 de 6.8.82 - CANOAS (RS)



http://ialmarpioschneider.blogspot.com/



EM 13.11.09



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EM 20.10.2008



http://ialmar.pio.schneider.zip.net/



EM 16.05.2009



http://ialmarpioschneider.blogspot.com/



em 6.6.2011


VOTE NO SONETO. AGRADEÇO-LHE. CLIQUE EM

http://www.sonetos.com.br/sonetos.php?n=6156

Foge-me a inspiração levada pelo vento
e junto vais, oh musa ardente e sedutora,

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Falecimento do poeta Guilherme de Almeida em 11.7.1969 - Imagem da Internet






Tudo muda, tudo passa,



neste mundo de ilusão,


vai para o céu a fumaça,


fica na terra o carvão !






Guilherme de Almeida






***


SONETO PARA GUILHERME DE ALMEIDA – homenagem póstuma – falecimento em 11.07.1969






Ialmar Pio Schneider






Dos poetas maiores que conheço,


um deles despertou-me alta emoção,


sua poesia trouxe-me o começo


para amar a saudade e a solidão...






Cantou que neste mundo de ilusão,


têm horas de prazer e de tropeço,


falando da fumaça e do carvão,


nos versos simples que jamais esqueço...






Também foi príncipe dos menestréis,


respeitado por todos seus fiéis


leitores dos poemas preferidos;






ó Guilherme de Almeida, nobre vate,


que aceitando reunir, num arremate,


nos brindou com “Meus Versos mais Queridos”!






Porto Alegre, RS, Tristeza,


em 10/06/2010


às 17h20min.



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em 11.7.2010

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em 11.7.2011





sábado, 7 de julho de 2012

Crônica de Ialmar Pio - Imagem da Internet






SÉRGIO JOCKYMANN: Romancista




Ialmar Pio Schneider



Sempre apreciei as crônicas do Sérgio Jockymann, que considero um dos melhores, senão o melhor de nossos cronistas. Não o conhecia como romancista, o que agora estou tendo a oportunidade de fazê-lo, ao ler o seu romance Clô Dias & Noites. Pelo que tenho observado, trata-se da história de Clotilde Dias Ramão, cujo, por assim dizer, alter ego, embora impropriamente por mim aqui empregado, seria Clô, que nascera já com dezenove anos, e que detinha diversos apelidos, conforme a situação onde se encontrasse: no útero de sua mãe, dando chutes, Tildezinha ou Tilde; das colegas do Colégio Sevigné, Tilda; das amigas de verão em Torres, mais tarde, Tite. “Clotilde só se tornou inteiramente Clotilde por um breve instante, quando seu marido, Pedro Ramão, anunciou para a criadagem da estância: - Esta aqui é minha mulher, dona Clotilde Dias Ramão.” Mas, mesmo assim, não ficaria livre de outros, tais como Titinha e Clotirde.

O livro está composto de capítulos pequenos e numerados com algarismos arábicos, sendo que no momento em que escrevo esta, estou na altura do 8. Julgo muito interessante a feitura neste sistema, pois nos dias atuais de tantas atribulações quotidianas, com a mídia televisiva, bem como revistas, as mais variadas, ainda o rádio e os jornais, invadindo nossos lares a todo o momento de todas as partes do mundo, o tempo de que dispomos para a literatura romântica fica muito reduzido, não nos proporcionando excursionarmos em capítulos intermináveis, muitas vezes enfadonhos e rebuscados, tornando-se até incompreensíveis. Pretendo viajar ao longo das 468 páginas do livro, dividido em 149 capítulos, saboreando, dia a dia, o estilo simples e jocoso do autor, cujo enredo me desperta certa curiosidade por conhecê-lo agora romancista.

Tenho lido diariamente suas crônicas no DC e as considero da melhor qualidade, tanto no sentido da abordagem dos temas, como pela inteligência com que discorre no assunto. Algumas pessoas de minhas relações com quem tenho falado ultimamente a respeito de colunistas de jornais e/ou cronistas, são unânimes em confirmar a opinião que ora externo, o que não deixa a menor dúvida sobre estas palavras.

Enquanto existirem escritores do jaez do Sérgio Jockymann, acredito que poderemos apreciar a leitura diária de crônicas e invariavelmente de romances, pois tenho certeza de que jamais nos decepcionaremos. “Vamos em frente que atrás vem gente”, dizem por aí; mas é necessário que meditemos antes de enfrentar este mundo de Deus, onde só vencem os afoitos, e os apressados, quase sempre, naufragam e morrem na praia. Resta-me, enfim, proclamar: Viva a Literatura e... o Humanismo !



DC (16-10-1998)



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em 17.2.2011